Fórum de SP em Caracas: fortalecer a luta de classes

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Tribuna Popular – Imprensa do Partido Comunista da Venezuela

O 25º Encontro do Fórum de São Paulo (FSP), que aconteceu de 25 a 28 de julho, em Caracas, mobilizou cerca de 200 partidos e movimentos de esquerda da América Latina e do mundo, em tempos de incremento das ações intervencionistas agressivas do imperialismo dos EUA contra o processo bolivariano venezuelano e governos progressistas na região.

Oscar Figuera, secretário geral do Partido Comunista da Venezuela (PCV), disse que dezenas de organizações revolucionárias e comunistas de todos os continentes estavam presentes na capital da nação sul-americana para ratificar sua solidariedade ao povo venezuelano diante de medidas criminosas coercitivas que, por meio de ações econômicas, comerciais, financeiras e diplomáticas, a administração Trump impõe, assim como reforçar o apoio à luta patriótica e de classes que o PCV desenvolve.

POSIÇÕES CLASSISTAS E REVOLUCIONÁRIAS

O dirigente informou que o PCV está desenvolvendo uma agenda bilateral intensa com cerca de trinta partidos comunistas, assim como a Juventude Comunista da Venezuela (JCV) com organizações juvenis presentes, a Corrente Operária de Classe “Cruz Villegas” para a frente sindical, e também o Movimento das Mulheres «Clara Zetkin», a Corrente Classista Camponesa «Nicomedes Abreu», a Frente Popular Nacional Popular «Alberto Lovera», o Comitê de Solidariedade Internacional e Luta pela Paz (COSI) e o Instituto de Estudos Superiores « Bolívar-Marx »(IAEBM).

Os partidos, organizações e movimentos revolucionários expressaram grande interesse nas análises críticas do PCV, expressas na Comunicação do Birô Político ao Presidente Nicolás Maduro, consignada no Palácio de Miraflores em 10 de maio, bem como sobre as violações do Acordo Unitário PSUV-PCV, assinado em 26 de fevereiro de 2018 pelo próprio Maduro como compromissos para o apoio comunista à sua candidatura presidencial.

Nos dias que antecederam o início desta edição da FSP – a segunda que acontece em Caracas -, o PCV e outros partidos do Grande Pólo Patriótico “Simón Bolívar” assinaram o Manifesto de Caracas, no qual condensavam avaliações nacionais e internacionais e abordagens acordadas para apresentar ao 25º Encontro, mas adicionalmente, explicou Figuera, os comunistas venezuelanos estão trazendo suas “Propostas de Ação Revolucionária” para cada espaço.

O PCV, dentre estas propostas, enfatiza a defesa irrestrita dos direitos do povo trabalhador contra as políticas antipopulares aplicadas por qualquer governo, bem como a importância de assumir um plano continental de luta reivindicativa, política e cultural pela independência e libertação dos povos.

Nesse contexto, o Partido do Galo Vermelho apresenta a necessidade de promover uma Frente Anti-imperialista Internacional, ao mesmo tempo em que confirma que o socialismo – em bases científicas, de classe e revolucionárias – é a única alternativa para os povos diante da crise geral do capitalismo; para o que reivindica o direito dos povos de empregar todas as formas de luta de massas contra o imperialismo e as oligarquias.

Finalmente, consistente com o internacionalismo proletário, o PCV promove a constituição de Comitês pela liberdade do revolucionário colombiano Simón Trinidad, preso em cárceres dos EUA, e pelo repatriamento de Ilich Ramírez Sánchez, combatente venezuelano pela causa palestina, preso na França.

PRESENÇA COMBATIVA E PROPOSTA

O primeiro dia do 25º Encontro foi repleto de atividades políticas e de coordenação, a partir da reunião do Grupo de Trabalho do FSP, na qual participou uma delegação do Birô Político do PCV, liderada por Carolus Wimmer, secretário de Relações Internacionais, complementada por Yul Jabour e Héctor Alejo Rodríguez.

Posteriormente, foi realizada a segunda edição do “FSP – Diálogo com as Plataformas, Articulações e Redes do Movimento Social e Popular”, do qual participaram Elio Pimentel, chefe do Movimento Comunidade Popular, Eduardo Linárez, Secretário Nacional Agrário do Comitê Central do PCV, e Gabriel Aguirre, secretário geral do COSI, contribuindo para a elaboração de um plano comum de luta.

À tarde realizou-se em «Encontro de Centros de Estudos e Escolas de Formação Política», com a presença de membros do Birô Político Carlos Ojeda Falcón, secretário nacional de Ideologia, e Carlos Lazo, diretor de Pesquisa da IAEBM, intercambiando sobre a planificação de estratégias e iniciativas que visem ao fortalecimento dos espaços e mecanismos para a socialização das diferentes experiências e propostas que, a partir do viés teórico e metodológico, contribuem para os processos de formação política e ideológica.

Simultaneamente, a Juventude Comunista da Venezuela apresentou um contingente de propostas voltadas ao desenvolvimento político e organizacional para dar continuidade à campanha internacional de solidariedade “Imperialismo: Mãos fora da Venezuela!”, com as diferentes organizações de jovens que visitam o país.

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

Fonte: https://prensapcv.wordpress.com/2019/07/26/foro-de-sao-paulo-escenario-para-fortalecer-la-lucha-de-clases/#more-13824

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