Bolívia: mulheres marcham contra o racismo
Resumen Latinoamericano
Milhares de mulheres agricultoras marcharam pacificamente pelas ruas da cidade de Cochabamba contra o ódio e o racismo incentivados pelos grupos políticos de direita, liderados pela Comunidade Cidadã, no contexto de uma greve e bloqueios de ruas no país em rejeição aos resultados das eleições gerais.
“Viemos voluntariamente para rejeitar a discriminação, o racismo e a violência contra as mulheres. Viemos para dizer: Basta!”, disse a secretária executiva da Confederação de Camponesas da Bolívia ‘Bartolina Sisa’, Segundina Flores.
Ela explicou que iniciaram a mobilização no quilômetro 1 da Avenida Villazón, que une os municípios de Cochabamba e Sacaba, com bandeiras nacionais e sinais de rejeição ao racismo e à discriminação e vão à praça ’14 de setembro’ para fazer uma concentração popular.
A líder camponesa Saida Romero disse que a mobilização foi organizada para mostrar também o apoio das mulheres do campo ao resultado das eleições nacionais, cujo vencedor foi a chapa do Movimento ao Socialismo (MAS).
«Queremos também dizer ao candidato da Comunidade Cidadã, Carlos Mesa, que ele não tem moral para poder dizer que ganhou, porque perdeu o jogo. Isso aconteceu concretamente”, ela disse.
A representante camponesa disse que a marcha também foi organizada para rejeitar as ações discriminatórias e racistas do presidente do Comitê Cívico Pró Santa Cruz, Fernando Camacho, e sua tentativa de golpe contra o presidente Evo Morales.
Presidente Evo Morales pede unidade para derrotar a os «vende pátrias» que preparam um golpe de Estado
Resumen Latinoamericano*, 5 de novembro de 2019
O presidente Evo Morales pediu, nesta terça-feira, dia 05/11, a unidade dos bolivianos para derrotar os vendilhões da pátria que preparam um golpe de estado com o objetivo de privatizar os recursos naturais que foram nacionalizados em benefício da população. Em uma concentração massiva de movimentos sociais, tendo à frente a Central Operária Boliviana (COB), na praça de São Francisco, o Chefe de Estado lamentou a onda de violência e as ações racistas registradas em diferentes regiões do país, por convocação do candidato da Comunidade Cidadã (CC), Carlos Mesa, de políticos de extrema direita e grupos de confrontos cívicos.
“Eles querem nos trazer injustiça com violência, é por isso que meu pedido é unidade; a unidade sempre será o triunfo do povo boliviano, dos setores mais humildes, da juventude; a unidade sempre será a derrota dos vendilhões da pátria, a unidade sempre será mais projetos e desenvolvimento do povo boliviano”, afirmou o presidente em um discurso inflamado diante das organizações sociais que fizeram uma marcha que desceu da cidade de El Alto, ao lado de Sede do governo.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)