DECLARAÇÃO CONJUNTA DO PARTIDO COMUNISTA DO POVO CANÁRIO (PCPC) E DO PARTIDO REVOLUCIONÁRIO DOS COMUNISTAS DAS CANÁRIAS (PRCC)

CONSIDERANDO que nós, trabalhadoras e trabalhadores das Ilhas Canárias, sofremos com a crise irreversível do capitalismo nos EUA e na Europa, que exacerbou a ofensiva da oligarquia parasitária financeira contra a classe trabalhadora e os povos, utilizando seu poder econômico e seu controle sobre o poder político, a fim de destruir quase todas as conquistas que foram arrancadas da burguesia, a custa das lutas heroicas e de imensos sacrifícios, nos fazendo retroceder aos tempos mais obscuros e tenebrosos da exploração capitalista sem limites, do desmonte e da impotência sindical e política dos trabalhadores assalariados.

CONSIDERANDO que esta ofensiva de destruição das forças produtivas, provoca um ciclo infernal de deterioração das condições dignas de vida e dos direitos, o que é acompanhado, necessariamente, da eliminação de liberdades democráticas, aumento da repressão, uma maior opressão nacional, intervenções militares e guerras imperialistas, e fascistização dos Estados.

CONSIDERANDO que o capitalismo monopolista, definitivamente, se converteu num obstáculo para o progresso da economia e da sociedade, que está condenado a ser substituído por um novo e superior sistema econômico e político, o socialismo-comunismo, em que desaparecerão para sempre o poder dos monopólios financeiros, a especulação improdutiva e a obcena concentração da riqueza nas mãos de uma minoria de empresários oligarcas, banqueiros e magnatas especuladores.

CONSIDERANDO que as diferenças táticas entre comunistas, em todo caso menores, não justificam a existência de organizações separadas, mas que, pelo contrário, estas diferenças devem ser resolvidas no debate franco e sincero, no seio do Partido Comunista, com base no centralismo democrático e em seus Estatutos.

CONSIDERANDO que já não cabem meias palavras, paliativos ao capitalismo que tentem dar a ele um “rosto humano”, políticas reformistas que tentem prolongar a agonia, fantasias famigeradas sobre um “capitalismo do bem-estar”: nem a classe capitalista quer, nem os assalariados podem permitir.

CONSIDERANDO que, mais que nunca, se faz atual a dicotomia “Socialismo ou barbárie”.

CONSIDERANDO que a tarefa nos exige nos colocarmos à altura da responsabilidade histórica, porque somente com a unidade dos comunistas será possível alcançar a unidade de toda a classe operária e de todo o povo numa frente de resistência e de luta pelo Socialismo, para poder superar a época da exploração, das guerras e do sofrimento humano.

Ambas as organizações ACORDAM:

1. A incorporação do PRCC ao Partido Comunista do Povo Canário.

A integração dos militantes do PRCC será individual e como militantes de base. O PCPC atribuirá a cada um dos camaradas provenientes do PRCC as tarefas e responsabilidades, conforme suas capacidades, necessidade e conveniências da organização requeiram em cada momento.

2. Convocar todos os comunistas, independente de onde estejam, as trabalhadoras e os trabalhadores mais conscientes, os lutadores do povo, a somarem-se a este processo de unidade, a reforçarem as fileiras do Partido Comunista.

3. Chamar todas as organizações e setores anticapitalistas a se unirem em torno de programa unitário de saída socialista para a crise capitalista, numa Frente Operária e Popular pelo Socialismo.

PELA UNIDADE DOS COMUNISTAS!

PELO SOCIALISMO E PELO COMUNISMO!

Canárias, fevereiro de 2012

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza (PCB)