PCB apoia campanha “Petrobrás Fica em Minas”
O PODER POPULAR – MG
A Refinaria Gabriel Passos da Petrobrás em Betim está na mira das privatizações do governo federal, como já relatado em matéria do Poder Popular MG. Neste momento, a privatização está paralisada por decisão do STF, que avalia um processo contra a venda das refinarias sem que a decisão passe pelo legislativo. Enquanto o governo federal tenta a qualquer custo vender o patrimônio brasileiro por trás dos panos, os petroleiros da REGAP levantam a campanha “Petrobrás Fica em Minas”, com uma carta-compromisso para os candidatos à eleições municipais.
A carta afirma que “a privatização da REGAP é o primeiro passo para a saída completa da Petrobrás do estado de Minas Gerais, que conta também com a Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros, e Usinas Termelétricas, em Ibirité e Juiz de Fora – outras unidades em processo de venda pela estatal. Inaugurada em 1968, a REGAP é a maior unidade da Petrobrás em Minas Gerais e é responsável por, aproximadamente, 7% da capacidade de refino do Brasil, capaz de suprir o estado de Minas Gerais e, ocasionalmente, o estado do Espírito Santo.”
“Atualmente, a REGAP é a maior recolhedora de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do estado de Minas Gerais (R$ 9,1 bilhões em 2018) e da cidade de Betim (cerca de 56% da arrecadação do município). A unidade emprega cerca de 800 trabalhadores próprios e 1200 terceirizados, além de uma extensa cadeia empregos indiretos”, destaca o documento, assinalando os graves impactos da privatização para o estado.
O Partido Comunista Brasileiro, através de suas candidaturas, assina esse compromisso de defender a Petrobrás no estado de Minas Gerais hoje e sempre. Seguindo o exemplo histórico dos comunistas brasileiros que participaram ativamente da campanha “O Petróleo É Nosso” na década de 1950, o PCB se mantém ao lado dos trabalhadores da empresa e de todo povo trabalhador brasileiro na defesa deste que é um dos maiores patrimônios do país.
Amaury Alonso (21.123), candidato a vereador pelo PCB em Betim, avalia que a privatização da refinaria tende a afetar gravemente a cidade e gerar uma redução nos postos de trabalho, visto que uma das primeiras medidas da empresa que assume, em casos como estes, é a redução dos custos de produção. Amaury e Zulu (21) – candidato a prefeito pelo PCB em Betim – estão usando esse momento de debate público sobre os rumos da cidade para discutir a defesa da refinaria e denunciar esse crime de lesa-pátria que está sendo cometido pelo governo federal e pela atual direção da empresa.
O PCB em Betim participa do grupo de apoio aos petroleiros desde a greve que ocorreu no começo desse ano, tendo participado de manifestações e ações de apoio. É no apoio às lutas dos petroleiros que o partido assume seu compromisso, todos anos, e não só nas eleições. A Unidade Classista, corrente sindical do PCB, participa da luta sindical dos petroleiros e entende que a defesa do monopólio estatal do petróleo, sem concessões e sem o fatiamento da empresa, é uma batalha que deve ser travada por todos os trabalhadores do país.