Dez laureados com o prêmio Nobel reivindicam junto aos EUA liberdade para Os Cinco Cubanos
“Os Cinco”, como são conhecidos em mais de 180 países que clamam por sua liberação, foram encarcerados injusta e ilegalmente há quase 12 anos por alertar a Cuba e ao próprio governo dos EUA, através das autoridades da Ilha, das ações terroristas que os agentes e grupos terroristas – registrados pelo FBI e pela CIA – residentes em Miami, planejavam realizar em aviões civis, hotéis turísticos, embaixadas, universidades e outros locais frequentados por cidadãos cubanos ou estrangeiros.
Dezenas de Chefes de Estado ou de Governo, assim como numerosas personalidades da cultura, da arte, do esporte, do cinema e especialistas em direito penal expressaram sua solidariedade com os Cinco, a quem durante estes doze anos – apesar de serem inocentes das causas que lhes imputam- violaram seus direitos civis e os direitos humanos de seus familiares e dos povos em geral que reclamam uma proteção ante as ações terroristas lançadas desde o território estadunidense.
Recentemente, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, ao comemorar o 98° aniversário do seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC, por sua sigla em inglês), declarou que seu partido continuará comprometido com a causa dos cubanos em luta contra o bloqueio e pela liberação dos Cinco.
Os especialistas em ciências jurídicas penais, incluídos os de organismos especializados da ONU, chegaram à conclusão de que todos os julgamentos realizados foram ilegítimos e com altos indícios de ilegalidade, devido à manipulação dos jurados, decisões das cidades sedes dos julgamentos onde o clima de imparcialidade e objetividade foi nulo, operações encobertas da juíza contra os advogados dos Cinco, utilização de provas infundadas e negação da juíza em considerar os critérios e conclusões dos órgãos da segurança estadunidenses que estimaram que nenhum dos Cinco teve acesso a documentos restritos e, portanto, não emitiram informações secretas que violassem a segurança dos EUA.
Sobre isso, o Presidente do parlamento cubano, Ricardo Alarcón, apresentou internacionalmente diversos exemplos de casos de alta espionagem cometidos nos EEUU, com potentes danos para esse país, que somente receberam penas entre 3 e 5 anos, o que indica que o processo jurídico contra os Cinco esteve viciado de interesses políticos que afetam não apenas os cidadãos estadunidenses relacionados com o julgamento, senão também o prestígio da justiça estadunidense e da própria segurança dos EUA.
É de tal injustiça o encarceramento desmedido dos Cinco, que dez prêmios Nobel se dirigiram ao presidente dos EUA para que, com seu poder jurídico e constitucional, ponha fim a tamanha ignomínia cometida pelas administrações anteriores.
Entre os Prêmios Nobel de Literatura que se pronunciaram a favor dos Cinco heróis cubanos, presentes nos cartões postais dirigidos a Barack Obama, se encontra o alemão Günter Grass (prêmio 1999) que passou vários anos em um presídio e tem feito desde então um trabalho exemplar em matéria de direitos humanos; o dramaturgo português José Samarago (prêmio 1998) que centra parte de sua obra no estudo da Bíblia; o crítico italiano Darío Fo (prêmio 1997) autor de “Aqui ninguém paga”; a escritora sul-africana Nadime Gordimer (prêmio 1999), especialista em estudos sobre racismo e a história do apartheid; e o nigeriano Wole Soyinka (prêmio 1986) primeiro escritor africano a receber o Prêmio e também vítima de prisões políticas.
Zhores Alferov, Prêmio Nobel de Física no ano 2000 e bielorrusso de nascimento, que realizou grandes contribuições para a criação de semicondutores para instrumentos de alta tecnologia médica, é outro dos destacados laureados que saíram em apoio a liberdade dos Cinco heróis.
No ramo da Paz, porém, diferente do Presidente Obama, com uma atitude e conduta de acordo com seus pensamentos, quatro prêmios Nobel da Paz pronunciaram em várias ocasiões o seu apoio a liberdade dos Cinco heróis cubanos. A pacifista irlandesa Máiread Corrigan Maguire (prêmio 1976), que sofreu prisão e incomunicabilidade em celas israelenses em 2009, é uma dos prêmios Nobel da paz que diariamente honra a humanidade com suas ações em defesa da paz e da justiça, e tem reclamado a liberdade para os Cinco, assim como a guatemalteca e ex-candidata presidencial Rigoberta Menchú (prêmio 1992).
Dois laureados de dois continentes distantes, América Latina e Ásia, o argentino Adolfo Pérez Esquivel e o timorense José Ramos Horta, são dois dos prêmios Nobel da Paz (1980 e 1996 respectivamente) que se dirigiram pessoalmente a Barack Obama reclamando justiça para os Cinco. A defesa sistemática de Ramos Horta sobre o direito dos povos à autodeterminação foi uma constante que, lógica e eticamente, o conduz para a defesa de Cuba para construir seu próprio destino e encaminhar-se até ele, destino esse violado pelos EUA com o cruel bloqueio financeiro, econômico e comercial aplicado contra a Ilha até o ponto de encarcerar injustamente a esses cinco jovens por tratar de defender uma causa justa e humana.
Por sua parte, Pérez Esquivel, um escritor argentino de índole pacifista e construtor de ideias maravilhosas para o bem humano, tomou uma dinâmica participação em toda a campanha em favor da liberdade dos Cinco heróis.
A posição destes 10 prêmios Nobel reforça a decisão do Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, divulgada em 27 de Maio de 2005, quando declarou arbitrária a detenção de Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González, instando o Governo dos Estados Unidos a adotar de imediato as medidas necessárias para solucionar esta situação. A humanidade crê no que afirmam a maioria dos prêmios Nobel, por isso consideram com otimismo que o prêmio Nobel da paz e atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apreciará muito esta oportunidade que a história e a Constituição colocaram no âmbito da decisão presidencial; poderá ser justo com a humanidade e com a vida destes cinco lutadores antiterroristas.
Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1〈=ES&cod=45003
Retirado de http://www.rebelion.org/noticia.php?id=100247
Comp. fotogr. RCBáez_10 Nobel esperan por Obama
Lic. Rosa Cristina Báez Valdés “La Polilla Cubana”
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