PCV denuncia golpe contra a educação integral na Venezuela

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Redução do horário nas escolas é um golpe contra a educação integral e de qualidade

Tribuna Popular – Partido Comunista da Venezuela

O Partido Comunista da Venezuela (PCV) denunciou o “desmantelamento do Estado Docente” com o anúncio da redução do horário escolar e do regresso à dupla jornada no ensino básico da educação no país através do Boletim 4953.

“As atividades de aprendizagem que por mais de 15 anos nas escolas de educação básica tinham um horário integral (manhã e tarde) agora estão reduzidas a cinco horas”, disse Maribell Díaz, membra do Bureau Político do Comitê Central do PCV.

Díaz chamou a atenção para “a organização do horário dentro e fora dos estabelecimentos de ensino” e questionou se “existem condições adequadas nas comunidades para que crianças e adolescentes tenham uma educação integral” .
A dirigente do PCV salientou que a promulgação deste boletim “não levou em conta a consulta estabelecida pelo marco constitucional” e “também não está resolvendo as condições de trabalho dos e das profissionais da educação”. “Esta decisão tenta responder de forma muito oportunista a uma situação crítica do setor: a falta de professores”, explicou Díaz.

Díaz lembrou que essa falta é resultado da política de destruição salarial e da imposição do peso da crise sobre os ombros dos trabalhadores e das trabalhadoras no país. Díaz também destacou que as precárias condições de trabalho que obrigaram os trabalhadores do setor a abandonar suas funções e a deterioração da infraestrutura são aspectos essenciais não considerados pelo Executivo para enfrentar a crise da educação venezuelana.

Licença 41 do Departamento de Estado dos EUA é um retorno ao gomecismo

Os acordos da Mesa de Diálogo no México “reafirmam o pacto de elite que tanto os porta-vozes do governo de Nicolás Maduro quanto a oposição de direita levaram a favor do grande capital”, disse a membra do Bureau Político do PCV. “É um pacto que não é muito transparente para os trabalhadores e para o povo em geral”, afirmou Díaz depois de apontar: “naquele espaço não encontramos discussões de aspectos tão prementes como salários e pensões”.

A dirigente do PCV também se referiu à licença emitida pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos para permitir as operações da petroleira Chevron na Venezuela, “sem pagar impostos nem benefícios”. “Onde está a Lei dos Hidrocarbonetos?”, se perguntou Díaz, e depois acrescentou: “Será que nessa mesa de diálogo e entrega estamos voltando aos tempos do gomecismo”?

Exitosa Assembleia do Conselho Mundial da Paz

O PCV saudou a exitosa realização da XXII Assembleia do Conselho Mundial da Paz (CMP) no Vietnã, onde participou o Presidente do Comitê de Solidariedade Internacional (COSI), Carolus Wimmer.

“Desde sua fundação em 1949, o CMP luta pelo desarmamento, contra a guerra e pela paz. Saudamos a eleição do novo presidente do CMP, Pallab Sengupta e do restante da direção”, finalizou Díaz.