Ato reúne militantes em usina onde presos foram incinerados

Cerca de 200 pessoas participaram nesta quinta-feira (16) de ato em usina onde dez presos políticos foram incinerados durante a ditadura militar

17/08/2012

Luiz Otávio Ribas

do Rio de Janeiro

Cerca de 200 pessoas participaram nesta quinta-feira (16) de um ato conjunto pela memória, verdade e justiça, e pela reforma agrária na região de Campos, RJ. O coletivo  prestou uma emocionante homenagem às vítimas da ditadura civil-militar nos fornos da Usina Cambahyba, onde, conforme relatado no livro “Memórias de uma guerra suja”, dez corpos foram incinerados.

O grupo prestou homenagem aos militantes mortos com flores e um minuto de silêncio. Durante o protesto os manifestantes aproveitaram para pedir agilidade ao Poder Judiciário no processo de desapropriação, tanto da área da Usina Cambahyba, quanto outras terras improdutivas da região.

O MST tem cerca de 15 acampamentos próximos das antigas usinas e sofre constantes ameaças de representantes dos ex-produtores.

No centro de Campos, a articulação realizou um julgamento popular do antigo proprietário da Fazenda Cambahyba, Heli Ribeiro, condenando-o pela participação no encobrimento dos crimes da ditadura de tortura e assassinato e pelo desaparecimento dos corpos – o que realça a parceria civil-militar nos anos de chumbo no país.

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