Homenagem a Piedad Córdoba e ratificação do apoio a Chávez na Argentina
Piedad Córdoba acompanhada por Atilio Borón, o presidente da FUBA, Igal Kejsefman, e o diretor de Resumen Latinoamericano, Carlos Aznárez, no ato realizado no Hotel Bauen, em Buenos Aires.
A ex-senadora colombiana Piedad Córdoba foi calorosamente ovacionada pelo grande público que encheu as instalações do teatro do Hotel Bauen, no centro de Buenos Aires. Duplamente homenageada por sua luta consequente em defesa dos direitos humanos e por não baixar a cabeça diante da prepotência do atual governo colombiano que não para de criminalizá-la, a integrante do partido Marcha Patriótica recebeu por parte da Federação Universitária de Buenos Aires (FUBA), a distinção “Deodoro Roca”, que foi entregue pelo presidente da dita organização estudantil, Igal Kejsefman.
O ato foi coorganizado pela FUBA, a Marcha Patriótica e o periódico Resumen Latinoamericano.
Tanto o titular da FUBA, como o politólogo Atilio Borón e o jornalista Carlos Aznárez, destacaram a valentia e o compromisso da ex-senadora, razões fundamentais pelas quais seus inimigos a perseguem e tentam processá-la, além das numerosas vezes em que foi ameaçada de morte.
Também subiram ao palco e se abraçaram com Piedad as Madres de Plaza de Mayo – Línea Fundadora, Nora Cortiñas e Mirta Baravalle, o que despertou um grande aplauso do público presente.
Após a leitura do manifesto em solidariedade à dirigente colombiana, assinado por inúmeras personalidades argentinas, Piedad Córdoba agradeceu todo o apoio recebido.
Destacou a importante luta que está travando com seus companheiros e companheiras da Marcha Patriótica para gerar um cenário de esperança e luta para o povo colombiano. Detalhou varias das políticas repressivas encaradas pelo atual governo, entre as quais a campanha de mentiras sobre o financiamento do novo partido pela guerrilha ou a demonização realizada nos últimos anos sobre sua própria figura, na tentativa de afastá-la da atuação política.
Pediu a todos os colombianos e colombianas que estejam fora de seu país que cerrem fileiras junto à Marcha Patriótica, somando-se às campanhas de denúncia contra os embates repressivos sofridos pelos “que lutam contra o autoritarismo dentro da Colômbia”. Também assinalou que está disposta a recorrer à Unasul (mediante uma carta), solicitando que esta aliança de países latino-americanos escute as razões dos componentes da Marcha Patriótica e não permaneçam apenas com uma versão sobre o que ocorre na Colômbia.
Por último, disse que “temos a certeza de que vamos vencer” e reiterou que “não nos assustam com as ameaças e nem com as intimidações. Continuaremos caminhando e lutando até conseguirmos a liberdade com justiça social para nosso país”.
Na segunda parte do ato de confraternidade latino-americana e dentro da convocatória realizada por Cátedras Bolivarianas do jornal Resumen Latinoamericano, foi possível escutar Atilio Borón e o conselheiro político da Embaixada da República Bolivariana da Venezuela, Juan E. Romero. Depois de ser apresentado por Aznárez, que reiterou a necessidade de multiplicar as manifestações de adesão ao processo revolucionário, justamente a menos de dois meses da estratégica eleição de 7 de outubro, Borón fez uma pormenorizada descrição das manobras realizadas pelo império para atacar os distintos cenários emancipacionistas do continente, além de aprofundar seus embates bélicos no mundo árabe e na África. Também destacou as excelentes possibilidades econômicas possuídas pelas Venezuela, apesar da crise capitalista, e o que isso provoca naqueles que tentam desestabilizá-la como país.
Finalmente, o diplomata venezuelano Romero explicou as diferentes manobras da burguesia para gerar uma situação desestabilizadora em seu país, que vão “desde o não reconhecimento do triunfo eleitoral do dia 7, com a alegação de fraudes, até as campanhas acusatórias contra a liderança de Hugo Chávez”. Assim, argumentou que se estão dadas todas as condições para a vitória (inclusive é o que apresentam as pesquisas da própria oposição) “não é preciso cair em triunfalismos, mas sim reforçar ainda mais a militância para assegurar a vitória”.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)