GARANTIR A VONTADE POPULAR E DEFENDER A PÁTRIA

Tribuna Popular TP/ DEPARTAMENTO DE IDEOLOGIA DO PCV (*)

O TERROR COMO MEIO DE AÇÃO OPOSICIONISTA

Há muito tempo estamos sendo invadidos de maneira silenciosa e constante. Não outra coisa é a presença de paramilitares colombianos, sob cuja orientação criam grupos internos que atuam abertamente em alguns lugares; possuem o domínio territorial e submetem nossa população ao terror de sua presença. O medo se espalha e o silêncio encobre estas atividades.

Isto acontece enquanto os meios de comunicação criam a imagem do governo atual, como tolerante ao excesso da criminalidade comum e necessitado de vontade política para enfrentar a violência que assola os campos e cidades. São criticadas algumas medidas tomadas para frear o crime, enquanto nas cidades mais importantes cresce o trabalho de inteligência dos organismos internacionais, como a OTAN, com suas boinas azuis não camufladas.

A INFILTRAÇÃO DA CIA DE LONGO ALCANCE

Desde a década de 90 do século passado, quando o imperialismo previu a mudança brusca de regime político que ocorreria na Venezuela, em detrimento dos abundantes lucros do petróleo retido em suas mãos, plantou agentes da inteligência em nosso território, disfarçando-os, como sempre, de ONGs, entre elas, algumas que alegam defender os Direitos Humanos, porém não são outra coisa senão uma máscara para a intervenção militar direta no país.

Desta maneira, os fatos violentos e os massacres que aconteceram nos últimos tempos em diversas partes do país, aparentemente, precisam de conexão entre eles. Ao aprofundar a análise de suas causas, podemos encontrar o fio condutor que os une já que, de uma ou outra maneira, se encontram vinculadas aos interesses em jogo: de Paragua, pelo domínio da exploração ilegal de ouro e diamantes, que beneficia transnacionais situadas na Guiana, com a cumplicidade interna; do município de La Fría, no Táchira, acerca do domínio territorial paramilitar no processo de consolidação da fronteira com a Colômbia, assim como de Apure. Todos, ainda que isolados, obedecem ao mesmo padrão: criar uma imagem negativa do atual governo, como incapaz de controlar a violência.

DA INCERTEZA, ABRIR CAMINHO À AÇÃO

Estes fatos semeiam a desconfiança, a dúvida, a incerteza sobre o rumo do processo revolucionário na consciência do povo e fomentam a opinião de setores muito desinformados da realidade, que são manipulados pelos meios de comunicação a serviço do imperialismo. Além disso, cria-se a imagem de um Estado belicista, armamentista, perigoso para a região, porque está rompendo o equilíbrio bélico e criando condições para um conflito internacional e mil sandices mais.

Não obstante o anterior, o processo revolucionário venezuelano conta com a enorme força de ter escolhido para seu desenvolvimento, a via mais difícil e tortuosa, a do caminho da paz, da democracia, da participação e da mais absoluta e completa liberdade de pensamento e expressão de todos os meios de comunicação sem discriminação alguma.

OFENSIVA DE MASSAS É A RESPOSTA POPULAR

É pelos fatores descritos que estamos alertando sobre a importância do atual processo eleitoral em curso, no marco da mais aguda confrontação no plano da ideologia, para frustrar a vontade popular, enfraquecê-la e abrir um buraco no processo revolucionário, a fim de retornar ao domínio daqueles que saquearam o país por mais de cem anos e querem a volta dos privilégios dos imperialistas.

Assim, é preciso desatar uma enorme ofensiva popular e de massas para que o povo se manifeste com força nas eleições, reafirmando sua vontade inquebrantável de que permaneça com o Presidente a difícil tarefa de construir um mundo melhor. É preciso desmascarar os perigos, as mentiras e as falsas promessas da oposição e comparecer em peso às urnas para defender seus resultados de todas as formas possíveis.

A ORGANIZAÇÃO DA DEFESA

Porém, também se requer passar à ofensiva, preparando a resistência popular de massas frente aos planos de desestabilização e de guerra que já se encontram em pleno desenvolvimento. O imperialismo trabalha para criar as condições necessárias para uma intervenção direta sobre nosso país.

Temos que criar amplas redes de inteligência popular que monitorem, descubram e denunciem aqueles que, de alguma maneira, se encontram comprometidos com os planos mencionados: paramilitares nacionais e estrangeiros, grandes, médios e pequenos narcotraficantes, criminosos comuns que tenham sido cooptados e financiados para praticarem sequestros, assaltos, estupros, roubos, assassinatos, funcionários que atuam dentro das instituições oficias, as FANB e os policiais que fazem o jogo da intervenção e posam de revolucionários. Todos não são mais que agentes secretos a serviço da contrarrevolução.

A UNIDADE CÍVICO-MILITAR

A reserva e as milícias territoriais têm se colocado em estado de alerta imediato para que, atuando com a maioria das FANB, que estão ganhas para o processo, atuem com energia, com rapidez e audácia, descobrindo a tempo e combatendo os criminosos apátridas a serviço do imperialismo e da guerra.

PLANO MOBILIZADOR DE MASSAS

Dessa forma, se faz necessária a organização popular e a formação de comitês de emergência em todos os lugares do país, a fim de colocar em prática os PLANOS DE CONTINGÊNCIA. Através desses planos, será possível impedirmos os planos dos inimigos, neutralizá-los e passarmos à resistência popular de massas, além de desenvolvermos a contraofensiva com firmeza, onde demonstremos, no terreno da confrontação militar e popular, a enorme força da revolução e sua capacidade de resistir e impor a vontade da maioria de nosso povo que não quer um retorno ao passado.

Estamos certos de que os partidos e organizações políticas, conselhos comunais, cooperativas, sindicatos, organizações estudantis, associações de bairros, populares, ao formarem uma grande FRENTE AMPLA DE DEFESA E RESISTÊNCIA, saberão utilizar o tempo e mecanismos a nosso favor, nos permitindo impedir os planos criminosos em marcha.

COORDENAR AS AÇÕES COM O ESTADO MAIOR POLÍTICO-MILITAR

A grande aliança política dos Partidos e movimentos que defendem a revolução em conjunto com a maioria da FANB e, se for o caso, todo o povo em armas, saberá defender o processo e impedir a ação imperialista, evitando a separação do Estado Zulia e outros, como o planejado, e manter a soberania e a integridade territorial da Venezuela.

Vamos lançar uma ofensiva diplomática que fortaleça a solidariedade com nosso país e nossa revolução em marcha.

Portanto, é preciso nos preparar para que no confronto eleitoral uma ampla maioria de votos reeleja o líder indiscutível do processo, Hugo Chávez Frías. Porém, também precisamos nos preparar para a RESISTÊNCIA e a defesa da PÁTRIA, da soberania que estão em perigo.

(*) Documento extraído da Tribuna Popular Nº 128, escrito por Italo González

Fonte:

http://www.jotaceve.org/index.php/en/nacional4/1408-la-tarea-de-hoy-afianzar-la-voluntad-popular-y-defender-la-patria

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)