OTAN priorizará a implantação de mísseis Patriot na fronteira turco-síria

O secretário geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Anders Fogh Rasmussen, anunciou nesta segunda-feira que a Aliança considerará “assunto urgente” uma solicitação formal da Turquia para implantar mísseis da OTAN em sua fronteira com a Síria.

Rasmussen alegou que, se a OTAN implantar mísseis “Patriot”, será um assunto “puramente defensivo para proteger a Turquia”, acrescentando que o sistema seria colocado em território turco e que a OTAN não está pensando em impor uma zona de exclusão aérea sobre a Síria.

O chefe da OTAN também assinalou que a situação da fronteira entre a Síria e a Turquia é de “grande preocupação” e manifestou que a OTAN tem “todos os planos prontos para defender e proteger a Turquia caso se faça necessário”.

Rasmussen concedeu estas declarações em sua chegada a uma reunião com os ministros de Defesa da União Europeia (UE), em Bruxelas.

Por outro lado, o ministro alemão de Defesa, Thomas de Maizière, disse à imprensa que a petição turca para a implantação de mísseis terra-ar “Patriot” da OTAN em seu território poderia ser colocado em prática no mesmo dia (segunda-feira, 19/11).

Segundo fontes da OTAN, a Alemanha, a Holanda e os Estados Unidos são os países da Aliança Atlântica que estariam à disposição para facilitar rapidamente essas equipes. “A Alemanha está disposta a fornecer duas baterias de mísseis Patriot à Turquia e, aos Países Baixos, uma”, revelaram as citadas fontes.

Ankara já convocou com urgência a OTAN no mês passado, outubro, para estudar a queda de projéteis procedentes da Síria sobre seu solo e considerou a possibilidade de lançar vários ataques contra o território de seu vizinho em resposta.

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB).