Cessem a sabotagem nas relações entre a Colômbia e a Venezuela

A reunião do presidente Santos com o conspirador Capriles não é um fato casual. Sucede logo após a visita do senhor Biden, vice-presidente dos Estados Unidos cuja política instiga a desestabilização da Venezuela.

Este fato político marca a ofensiva da ultradireita continental para mudar a correlação de forças e reverter os processos democráticos de independência e auto determinação latino-americanos. A pretensão é destruir as conquistas bolivarianas na Venezuela que consideram um bastião estratégico da  Alba, Unasul, Mercosul e Celac. Após a cúpula da Aliança do Pacífico, com a presidência colombiana na mesma e a aceitação da candidatura para ingressar na OECD, é evidente o compromisso de Santos com a nova orientação de Washington.

É nesta estrutura de fatos e não exclusivamente na situação interna da Venezuela onde temos que analisar a virada de Santos. Trata-se de enquadrar o processo de diálogos e acordos entre o governo e as Farc em Havana em um contexto de  derrota e contrarrevolução na América Latina. Esta conduta põe em grave risco o diálogo em curso e representa uma concessão aos declarados inimigos da paz na Colômbia. Amplia a  dúvida, uma vez mais, sobre a real vontade de paz do governo colombiano.

Perante esta situação crítica, o PaCoCol exige do presidente Santos aclarar sua posição diante do povo colombiano e da América Latina com relação ao governo legítimo da Venezuela, reconhecido oficialmente.

Fazemos um chamado ao governo nacional para priorizar as relações amistosas, de respeito e não ingerência nos assuntos internos de um ou outro país.

Alertamos o movimento popular para a necessidade de se ampliar o acompanhamento internacional sobre o processo de diálogo em Havana e chamamos a redobrar o respaldo popular mais decidido ao processo de diálogo para a solução política.

PARTIDO COMUNISTA COLOMBIANO

Comité Executivo

Bogotá, 31 de maio de 2013

Tradução: PCB Partido Comunista Brasileiro