PRONUNCIAMENTOS DO PARTIDO COMUNISTA GREGO
Discurso, em Varsóvia, de G. Toussas, membro do Parlamento Grego e do CC do KKE.
8 de junho de 2010
Prezados camaradas e amigos.
Do alto desta tribuna, vocês condenam, mais uma vez, os esforços burgueses para proibir os símbolos comunistas na Polônia, para criminalizar a ideologia comunista e a ação do Partido Comunista da Polônia. Expressamos nossa solidariedade total ao Partido Comunista da Polônia. Estamos aqui para lhes expressar a solidariedade internacionalista do KKE e dos comunistas gregos.
A nossa presença aqui faz parte da atividade do nosso partido contra o anticomunismo. Hoje, perante a Embaixada Polonesa em Atenas, membros e amigos do KKE e da KNE (Juventude Comunista da Grécia) estão realizando uma demonstração e exigindo a abolição das inaceitáveis medidas anticomunistas e de proibições. Além disso, o nosso partido protestou contra o anticomunismo durante a recente visita do Presidente do Parlamento Europeu, J. Buzek, em Atenas, em 03 de junho.
A plutocracia na Polônia que ataca a propriedade pública e as conquistas e realizações do socialismo na Polônia no passado, está, hoje¸ liderando um duro ataque contra a classe trabalhadora e as camadas pobres da populaação.
Com a crise capitalista em em pleno curso, está-se provando que o capitalismo não pode resolver sequer os problemas básicos do povo. E o interesse da burguesia, nesse esforço anticomunista, visa desviar o pensamento e a ação dos trabalhadores e dos povos em relação ao socialismo que é a única saída e verdadeira solução (para a crise).
Ao mesmo tempo, a União Européia, servindo ao plano da classe burguesa, está desempenhando um papel determinante na campanha orquestrada pelos centros imperialistas para reescrever a história. No âmbito desta iniciativa que tem como alvo direto a classe trabalhadora e os movimentos populares, assistimos a institucionalização oficial do anticomunismo e da difamação do socialismo do século 20. A proibição dos símbolos comunistas na Polônia e os procedimentos similares na Moldávia constituem um novo e perigoso avanço do anticomunismo. O capital e seus representantes políticos estão formando a base de um quadro jurídico e político mais reacionário para a criminalização da luta de classes, dos movimentos populares e dos trabalhadores e a ação dos partidos comunistas.
Eles sabem muito bem que essa política gera reações, constitui pré-condições para a revolta do povo com conseqüências imprevisíveis para o sistema politico dos monopólios. Por essa razão, a União Européia, o Parlamento Europeu e os governos burgueses ativam e lideram a campanha anticomunista abjeta através da falsificação da História ao tentarem equiparar o nazi-fascismo com o comunismo, da difamação da construção do socialismo e de suas conquistas, das calúnias e perseguições aos partidos comunistas que não abandonaram as bandeiras do marxismo-leninismo e da criminalização da ideologia comunista.
O anticomunismo constitui uma condição indispensável para a aprovação das bárbaras “medidas de austeridade” antipopulares e se tormam um golpe aos movimentos populares e dos trabalhadores.
A atual campanha representa a continuação e o desenvolvimento do reacionário “Memorando Anticomunista”, das probições de uso dos simbolos comunistas e do difamatório esforço em equiparar nazismo e comunismo, pretendendo contaminar a consciência dos povos e em especial da juventude. Os jovens são considerados como o “caso mais fácil” porque eles não vivenciaram a história da luta, dos povos e da URSS, contra o fascismo, nem o período de construção do socialismo, nem a contribuição socialista para a substancial melhoria da vida das pessoas. Essa campanha resulta numa evolução do movimento anticomunista, aprovado em 02 de abril de 2009, pelo Plenário do Parlamento Europeu e sugere a proclamação da data de 23 de Agosto como o “Dia da Lembrança, em toda a Europa, das vítimas de todos os regimes totalitários e autoritários”. Os responsáveis por essa campanha anticomunista acreditam que as pessoas esqueceram a verdadeira História cuja continuidade é representada, hoje, pelos movimentos populares e comunistas. Isso é o que eles pretendem apagar da consciência das pessoas.
Com essas ações, os quadros do capitalismo buscam atingir objetivos múltiplos, tais como:
. garantir a volta do sistema de exploração e possibilitar a seus representantes que, em vez de serem responsabilizados pelos crimes do imperialismo, espalhem a difamação sobre os sacrifícios daqueles que combateram o monstro do nazismo;
. criar indulgências ao imperialismo e seus crimes;
. atualizar a frente imperialista contra a teoria, a política e a ideologia marxista-leninista.
Mas, hoje, eles procuram algo mais: reforçar a propaganda da União Européia no ataque generalizado que a U.E. e seus governos desencadearam contra os direitos da classe trabalhadora com o objetivo da submissão popular enquanto eles golpeiam os movimentos de resistência e salvaguardam seus poderes contra toda e qualquer reação futura.
Eles temem o povo, o poder popular e a perspectiva do socialismo. Por mais que se esforcem, eles não conseguem se esconder.
Essa campanha burguesa e reacionária revela que o anticomunismo, na Europa em geral, como também aqui na Polônia, tem sido o veículo de todas as forças que servem à plutocracia e ao imperialismo. Eles admitem que a ideologia comunista, a intensificação da luta de classes, a derrubada do capitalismo e a construção do socialismo não são apenas necessárias, como também são fontes de inspiração de um número cada vez maior de pessoas, tornando-se uma ameaça real ao sistema capitalista.
Eles têm razão em se preocupar e eles virão para cima de nós. Tirem as mãos dos símbolos comunistas que são propriedade do povo! A classe trabalhadora e seus aliados não têm a intenção de entregá-los aos seus inimigos de classe. O anticomunismo não vai passar. Os movimentos sociais continuam com novas lutas pelo fim da exploração do homem pelo homem, pela prosperidade de todas as pessoas, pela construção do socialismo e do comunismo.
Fonte: http://inter.kke.gr/News/2010news/2010-06-09-toussas-warsa
Tradução da versão em inglês.
Tradutor: Humberto Carvalho, militante do Partido Comunista Brasileiro – PCB e membro de seu Comitê Central.
Denúncia de medidas anticomunistas adotadas pelo governo da Moldávia
Nota para a imprensa
A distorção da História e a adoção da propaganda imperialista sobre o socialismo vai de mãos dadas com a perseguição aos comunistas
O governo da Moldávia, recentemente, reconheceu a “contribuição” histórica ao país de todos os moldávios que serviram ao estado nazista e deu um passo adiante. O governo formou uma “comissão para condenar o regime totalitário comunista” que sugeriu a proibição dos símbolos comunistas, como também o uso da palavra “comunismo” e seus correlatos. O governo moldávio está a promover essas proposições que acrescentam mais um elo à campanha anticomunista iniciada na Europa, sobretudo nos estados-membros da União Européia onde os Partidos Comunistas (da Estônia, da Letônia, da Lituânia e da Romênia) e os símbolos comunistas foram considerados ilegais e, assim, proibidos (na Hungria e na Polônia).
O governo moldávio visa, também, proibir a foice, o martelo e a estrela vermelha que simbolizam a luta pelo término da exploração capitalista, o sangue e o sacrifício de milhões de comunistas que estiveram nos frontes da luta antifascista e desempenharam um papel de liderança na derrota do nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial, a luta política pela jornada de 8 horas de trabalho, pela seguridade social, pela universalização da educação e da saúde, bem como outras importantes conquistas obtidas pela classe trabalhadora onde os comunistas tiveram um papel preponderante, graças à influência da construção do socialismo na URSS e em outros países da Europa Oriental e Central. Nos dias de hoje, essas conquistas sofrem profundos cortes devido à política de adoção de medidas antipopulares que servem aos ganhos dos grupos empresariais e, também, devido à crise capitalista que demonstra os limites históricos do sistema capitalista.
O anticomunismo anda de mãos dadas com os ataques à classe trabalhadora que está convocada para “pagar” as conseqüências da crise capitalista e que testemunha a revogação de seus direitos trabalhistas e políticos, o incremento do desemprego e da perda das moradias, a privatização das empresas públicas, do sistemas de saúde e educação, etc.
Os principais pilares deste ataque anticomunista são a União Européia e o Parlamento Europeu, a Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa e a respectiva Assembléia da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Essa campanha está vinculada aos contínuos esforços de distorção histórica e de equiparação do fascismo ao comunismo, pela falsificação da história da Segunda Guerra Mundial e da construção do socialismo. Tem como alvo principal a consciência da juventude, visando que eles caiam na armadilha do capitalismo que é apresentado a eles como a única perspectiva.
Em muitos casos, as iniciativas anticomunistas são promovidas não somente pelos partidos liberais, como também pelos sociais democratas. As forças oportunistas que na Europa se reúnem no assim chamado Partido da Esquerda Européia são particularmente responsáveis por essa situação. E isto reside na razão do Partido da Esquerda Européia se posicionar com hostilidade às tradições comunistas e às experiências da construção do socialismo no século 20; na aceitação do basilar e elaborado conceito de “condenação do Stalinismo”; no fato de que tal partido rejeita os princípios da construção do socialismo e a contribuição socialista, para a classe trabalhadora em todo o mundo, elaborados na URSS e em outros países da Europa Oriental e Central.
As proibições objetivadas pelo governo moldávio, que já são realidades em outros países da União Européia, revelam as falsidades e hipocrisias da democracia burguesa. Elas demonstram que as instituições e os governos burgueses tem profundo medo de uma nova contra-ofensiva dos trabalhadores e dos movimentos revolucionários do povo porque eles sabem quão grande e irreconciliáveis são as contradições capitalistas e também porque eles sabem que o futuro pertence a uma sociedade sem exploração, o socialismo, o comunismo.
O KKE expressa sua solidariedade de camaradas ao comunistas na Moldávia e declara mais uma vez que os apoiará firmemente na repulsa ao anticomunismo e na tentativa de intimidar o povo que luta pelos direitos da classe trabalhadora na perspectiva de um poder estatal dos trabalhadores.
O KKE denuncia o governo da Moldávia e exige o cessar imediato das proibições dos símbolos comunistas, como também de qualquer lei de perseguição aos comunistas.
Atenas, 9 de junho de 20101. Secretaria Internacional do CC do KKE
Fonte: http://inter.kke.gr/News/2010news/2010-06-10-moldova/
Traduzido da versão em inglês.
Tradutor: Humberto Carvalho, militante do Partido Comunista Brasileiro- PCB e membro de seu Comitê Central.
Denúncia de novas medidas anticomunistas na Hungria
Nota para a imprensa
O clima de pânico diante da possibilidade de “falência” do sistema, com a crise, e a necessidade de adotar novas medidas antipopulares andam de mãos dadas com a intensificação do anticomunismo.
O KKE condena as decisões, historicamente incorretas e de provocação grotesca, tomadas pela maioria governamental do Parlamento da Hungria que equiparam os crimes dos fascistas alemães e do Holocausto Judeu com os alegados “crimes do comunismo”. Essas resoluções não hesitam em criminalizar as diferentes análises dos fatos históricos, impondo penalidades de 1 a 3 anos de prisão para qualquer pessoa que ouse negar em público os alegados “crimes” do comunismo.
O governo do partido liberal Fidesz continua em seu curso anticomunista que serve aos interesses da plutocracia húngara, encorajado por ações anticomunistas similares da União Européia, do Conselho e outras organizações imperialistas. Desse modo, ao lado da legislação que torna ilegais os partidos comunistas, acrescentaram a instauração de processos penais contra aqueles que não aceitam a abordagem oficial anticomunista dos fatos históricos.
Essas medidas são provocações contra a própria verdade histórica, uma vez que igualam o socialismo com o Holocausto dos Judeus, embora seja notório que os comunistas desempenharam um papel de liderança na derrota do fascismo e que o Exército Vermelho liberou centenas de milhares de judeus dos campos de concentração nazistas, impedindo, dessa forma, o que seria o seu inevitável extermínio.
O povo húngaro que, como também o povo grego, enfrenta a mesma propaganda de alegada falência de seus países, sabe que o governo prepara novas medidas “de austeridade” contrárias aos direitos dos trabalhadores e do povo. Essa política está intrinsicamente ligada à intensificação do anticomunismo.
Em seus esforços para garantir o seu futuro, a burguesia se volta contra o passado socialista e as contribuições desse sistema e ao mesmo tempo não hesita em abandonar seu falso discurso sobre a “liberdade”, revelando a verdadeira cara da democracia burguesa que nada mais é do que a ditadura dos monopólios.
No entanto, a instauração de processos penais, as proibições implantadas pelos governos e partidos burgueses não conseguirão dar um fim aos movimentos sociais. A época em que vivemos é uma era de transição do capitalismo para o socialismo. O ideário comunista, a luta por um poder estatal diferente do poder burguês, a luta pelo socialismo e pelo comunismo são mais atuais do que nunca. O anticomunismo não passará!
Nós queremos expressar nossa inteira solidariedade ao Partido dos Trabalhadores Húngaros e exigimos o cessar imediato das processos e proibições anticomunistas, bem como a abolição das resoluções contrárias aos movimentos populares e comunistas, no âmbito dos Estados-membros da União Européia.
Seção Internacional do CC do KKE
Fonte: http://inter.kke.gr/News/2010news/2010-06-11-hungary
Traduzido da versão em inglês.
Tradutor: Humberto Carvalho, militante do Partido Comunista Brasileiro – PCB e membro de seu Comitê Central.