A Revolução que Não se Apaga
O sete de novembro ficou marcado na História. Não pelo feito de algum general, não pela decisão de um governante, não por algum decreto ou tratado oficial. A marca foi deixada de forma indelével pelo movimento firme e consciente de uma maioria de operários e camponeses, de enormes contingentes de explorados e oprimidos, em direção a sua libertação e da construção de uma nova sociedade, objetivando a superação da exploração e do egoísmo como regra, para edificar a organização socialista fundamentada na solidariedade e na cooperação coletiva.
Nem mesmo o retrocesso ao capitalismo, com a desintegração da União Soviética, pôde apagar o monumental avanço que representou a Revolução de 1917 na Russia, que em poucos anos, graças aos esforços de proletários e camponeses, organizados pela economia planificada, transformou um país atrasado e semifeudal em uma potência mundial.
Além disso, o alcance internacional da Revolução, se revelou no ânimo e na organização dos trabalhadores em todo o mundo. O exemplo soviético frutificou e municiou de esperanças milhões de seres humanos, até então esmagados e humilhados pelo sistema capitalista. Graças a isso, mesmo nos países sob a órbita do Capital, foram arrancadas muitas conquistas sociais, que atualmente os governantes a serviço da burguesia e do imperialismo fazem de tudo para retirar.
Passados 93 anos, quando a continuidade do capitalismo se mostra como ameaça concreta até mesmo à sobrevivência da humanidade, nos ameaçando com um futuro de predomínio da barbárie, podemos dizer que o projeto da gloriosa Revolução Soviética mantém sua atualidade e nos serve como referência. Já os descaminhos que levaram a restauração capitalista nos forneceram boas lições, entre elas, a de que a Revolução é uma construção permanente, e que seu objetivo estratégico, é internacional.
Ney Nunes (militante do PCB-RJ)
Rio de Janeiro, 07 de novembro de 2010.