Mercenários treinam policiais brasileiros para a Copa do Mundo

Segundo as autoridades, o foco do programa é passar as experiências práticas vividas pelas tropas americanas no combate ao terrorismo. É uma tropa especializada que será empregada durante uma ameaça de ataque terrorista em São Paulo. Entretanto, o Brasil jamais sofreu qualquer tipo de atentado terrorista nas últimas décadas. Objetivo é fortalecer o grupo mercenário Blackwater, que mudou o nome para Academi, após promover ações terroristas em diversos países.

A empresa americana Academi, que antes se chamava Blackwater, está treinando policiais militares e agentes da Polícia Federal para ações antiterrorismo na Copa. A Blackwater ficou conhecida por agir como um exército terceirizado dos Estados Unidos, com mercenários atuando nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

A empresa está envolvida em ações terroristas contra civis indefesos em diversos países ocupados pelos EUA. Ex-funcionários da Blackwater são acusados formalmente de terem matado 17 civis iraquianos no massacre da praça Nisour, em 2007. Mas as denúncias comprovam centenas de assassinatos de civis indefesos.

Na semana passada, um grupo de 22 policiais militares e agentes federais brasileiros voltou de um treinamento de três semanas no centro da Academi em Moyock, na Carolina do Norte. O curso foi bancado pelo governo dos EUA e faz parte de uma série de ações de intercâmbio entre as forças policiais dos dois países. Através desses cursos, a CIA faz o trabalho ilegal de cooptar agentes entre os melhores policiais estrangeiros.

O treinamento “Interdição Marítima de Terrorismo” teve instrutores militares reformados, Navy Seals [força especial da Marinha] e membros da guarda costeira dos EUA.

O objetivo: “segurança portuária com foco em como terroristas operam em ambiente marinho e como reconhecer ameaças e mitigá-las quando necessário”, segundo informa em seu site a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, que organizou o intercâmbio.

Segundo o governo americano, esse treinamento é apenas um entre diversos programas de cooperação militar. “O governo americano gastou cerca de US$ 2,2 milhões nos últimos dois anos em cooperação com as polícias do Brasil para megaeventos”, disse um funcionário do governo americano à imprensa.

A Academi foi escolhida porque tem um centro de excelência, dizem os americanos. A empresa mudou sua diretoria e não é mais a Blackwater, acrescentam, tentando despistar a opinião pública sobre a realidade das ações terroristas que esses mercenários executam em diversos países do mundo.

Segundo o tenente Nogueira, os americanos têm “know-how” de explosivos improvisados, ataques químicos e biológicos. No treinamento dos brasileiros também estavam militares da Índia e da Indonésia e “rangers” (membros de elite do Exército dos EUA).

A Blackwater foi a principal empresa terceirizada a fornecer serviços de segurança para o governo americano nas guerras do Iraque e Afeganistão e já treinou integrantes do exército afegão.

A Secretaria de Segurança para Grandes Eventos (do governo brasileiro) diz que o programa foi uma parceria com a Embaixada dos EUA, ofertada por agentes do Regional Security Office -Agência de Segurança Regional da embaixada. Segundo a secretaria, “não houve indicação prévia de que haveria terceirização dos instrutores.”

Fonte: Marcha Verde