Encontro no Brasil discute campanha midiática e enfoca solidariedade ao país
Entre os 4 e 6 de junho, a cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi palco de mais uma Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba. O evento, que acontece todos os anos desde 1993, reuniu cubanos, militantes e representantes de entidades do Brasil que atuam em solidariedade à ilha caribenha.
De acordo com Zuleide Faria de Melo, presidente da Associação Cultural José Martí do Rio de Janeiro (ACJM-RJ), o objetivo da Convenção é “congregar as entidades para discutir o que está acontecendo em Cuba e se solidarizar com o país”. Segundo ela, a ideia é que a Convenção ocorra em um local diferente a cada ano. “Esse [encontro] aconteceu no Rio Grande do Sul. O próximo será em São Paulo”, revela.
A presidente da ACJM-RJ destaca que, somente no Brasil, há quase 50 entidades que realizam atividades em apoio à causa humanitária cubana. Em todo o mundo, segundo ela, são 3.000 organizações, incluindo países da Europa. Apesar da solidariedade internacional não ser uma ação recente, Zuleide afirma que o número aumentou com o passar dos anos.
Segundo ela, a situação atual do mundo, com a ameaça do capital, mostrou para as entidades a importância da luta contra a violência e contra os ataques internacionais. “A solidariedade é o alicerce, a base para a paz mundial”, acredita, acrescentando que o apoio a Cuba é “fundamental contra o bloqueio e as tentativas dos Estados Unidos de prejudicar o país”.
Tal apoio, de acordo com ela, pode ser tanto através do envio ao país de materiais e brigadas de solidariedade, quanto por meio da divulgação da realidade de Cuba aos demais países. “A solidariedade ocorre de diversas formas: através de filmes, seminários e debates sobre a situação do país; e também de brigadas que realizam trabalho voluntário e de conhecimento das vitórias, lutas e conquistas de Cuba”, comenta.
Mídia
Bloqueio Midiático. Esse foi o tema central dos debates da Convenção Nacional deste ano. De acordo com Zuleide de Melo, é importante observar como as grandes empresas de comunicação internacionais apresentam a situação de Cuba para, a partir dessa observação, fazer uma ação que contraponha essa visão midiática. “Há muito tempo os grandes conglomerados de mídia acusam Cuba de coisas que não são verdade”, afirma.
Segundo ela, o que a grande imprensa alardeia são ações ocorridas em Cuba realizadas por pequenos grupos financiados pelos Estados Unidos “para fazer uma revolução interna”. Por conta disso, Zuleide destaca que é fundamental haver uma divulgação que mostre o que acontece no país e o que a grande mídia destaca.
Essa ação já começou nessa 18ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, com o lançamento de um jornal mensal realizado pela ACJM-RJ e do livro “Cuba sim – em nome da verdade”. Para Zuleide, as publicações são necessárias para as pessoas terem uma “contrapartida do que a grande imprensa diz”. Os materiais são distribuídos gratuitamente na sede da Associação (Av. 13 de maio, 23, salas 1623/1624, Centro – Rio de Janeiro/RJ).
* Jornalista da Adital