Nova agressão contra o PCM (Partido Comunista de México)
Nota do CC do PCB: Os comunistas brasileiros expressam sua irrestrita solidariedade ao irmão Partido Comunista de México, cujos militantes têm sido vítimas da moreviolência do estado burguês mexicano, na vã tentativa de deter o crescimento da organização e da luta do proletariado, da juventude e dos trabalhadores frente às reformas estruturais antipopulares em curso. Exigimos que apareça vivo o camarada Enrique López!
O camarada Enrique López Gutiérrez, Secretário Político do Comitê Regional em Tamaulipas e candidato a membro do Comitê Central do Partido Comunista do México (PCM) foi sequestrado e desaparecido na noite de sábado, 18 de julho, por um grupo armado que invadiu sua casa violentamente. Nos últimos quatro anos, o camarada Enrique López desempenhou um trabalho político aberto e reconhecido entre os sindicatos da região de Tampico e Altamira, através da Federación de Trabajadores Independientes (FTI) [Federação de Trabalhadores Independentes]; dentro do movimento popular com comerciantes mediante a Frente de Izquierda Revolucionaria (FIR) [Frente de Esquerda Revolucionária]; e no movimento estudantil, lutando para baixar as cotas de inscrição na universidade pública de Tamaulipas; assim como no desenvolvimento de trabalhos políticos de um comunista exemplar. Daí receber a inimizade dos setores reacionários daquela região e do próprio Estado. Na luta de classes não existem coincidências. Durante este fim de semana, em várias entidades do país, foram registradas repressões, hostilidades e assassinatos a diferentes integrantes do movimento popular. No domingo, 19 de julho, a comunidade de Ostula, em Michoacán, foi agredida por elementos do exército que dispararam contra a população, assassinando um menor. Além disso, deixaram feridas outras quatro pessoas. Na segunda-feira, 20 de julho, membros da Polícia Estatal de Michoacán reprimiram normalistas e detiveram 12 deles na saída de Salamanca, em Morelia Michoacán. Nesse mesmo dia, em Chilpancingo, Guerrero, um grupo de choque da Coalición de Servidores del Transporte del Estado de Guerrero (COSTEG) [Coalizão do Transporte do Estado de Guerrero], comandada pelo PRI, desalojou com violência integrantes da Coordinadora Estatal de Transportistas Independientes de Guerrero (CETIG) [Coordenadoria Estatal de Transportadores Independentes de Guerrero], que se mantinham na vigília da dignidade exigindo a apresentação com vida dos 43 normalistas desaparecidos. Eventos que deixaram o saldo de um morto, um ferido à bala e dezenas de feridos da CETIG. Somado a isto, no dia de hoje, 21 de julho, chegaram ao estado de Oaxaca milhares de elementos do exército, marinha, polícia federal e guardas, depois do anúncio do governador de Gabino Cué sobre o desaparecimento do Instituto Estatal de Educación Pública de Oaxaca (IEEPO) [Instituto Estatal de Educação Pública de Oaxaca], e a criação de um novo instituto de educação descentralizado da administração pública estatal. Isto como medida de intimidação ante a jornada de mobilizações do magistério no estado. Além da intimidação contínua, acosso e espionagem que denunciou o companheiro Ángel Gonzalo Zamorano, no estado de Puebla, por parte de agentes estatais e federais que mantém em vigilância sua casa. Por isso, denunciamos que o sequestro e o desaparecimento forçado do camarada Enrique López foi um contexto de repressão generalizada a nível nacional realizado pelo Estado mexicano mediante suas forças repressivas e paramilitares, como parte de uma campanha de intimidação contra o movimento docente popular para que desista de sua luta contra a aplicação das reformas estruturais e de maneira especial, a educacional. Apontamos o Estado burguês mexicano, encabeçado por Enrique Peña Nieto, como responsável executor deste atentado contra nosso camarada Enrique López, assim como os eventos de violência contra o movimento docente popular e normalista nas distintas entidades do país. Fazemos um chamado às organizações políticas e sociais a solidarizarem-se e gerar espaços de coordenação para fazer frente comum à onda de assassinatos, hostilidades e repressão contra o povo mexicano. Recordamos que o México vive um período de submissão resultante das medidas econômicas e políticas bárbaras aplicadas pelos monopólios em prejuízo aos trabalhadores e às camadas populares. Por isso, reiteramos que nem com repressão, desaparecimentos e assassinatos poderão deter a onda de indignação e rebeldia que irromperá nas próximas jornadas com maior contundência. Exigimos a apresentação com vida de nosso camarada Enrique López. Vivo o levaram, se o queremos! Proletários de todos os países, uni-vos! Comissão de Imprensa do Partido Comunista do México Fonte: http://www.solidnet.org/mexico-communist-party-of-mexico/cp-of-mexico-nueva-agresion-contra-el-pcm-es Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)