Os EUA têm mais de 200 mil militares destacados em todo o mundo

imagemResumen Latinoamericano/Prensa Latina, 25 de Dezembro de 2015

Uma informação que é útil refrescar com regularidade. Com a reserva de que se trata de uma notícia que tem como fonte dados do Departamento de Defesa dos EUA, dados que não serão decerto os mais fiáveis. Se o imperialismo norte-americano se encontra em estado de guerra não declarada com o mundo inteiro, porque haveria de prestar informações exactas sobre a localização e a dimensão dos seus efectivos?

As forças armadas dos Estados Unidos têm hoje mais de 200 mil militares destacados em uma centena de países de todos os continentes, de acordo com informações do Departamento de Defesa.

Uns nove mil e 800 permanecem no Afeganistão, enquanto cerca de três mil e 500 permanecem no Iraque e Síria com o pretexto de combater o Estado Islâmico (EI), a maioria destes últimos da 82ª Divisão Aerotransportada.

A Marinha mantém destacados cerca de 40 navios, o maior dos quais é o porta-aviões USS Harry S. Truman – com uns cinco mil marinheiros e oficiais a bordo -.

Esta unidade naval cruzou o Canal de Suez nos últimos dias juntamente com os seus navios escolta para se instalar no Golfo Pérsico, e participar a partir daí nos bombardeamentos contra objetivos do EI na região.
Estas embarcações unem-se à campanha aérea que Washington e seus aliados iniciaram em de Agosto de 2014 e alargaram à Síria em Setembro do mesmo ano, operações qualificadas de ilegais pelas autoridades de Damasco.

Também nessa zona do Levante opera um grupo anfíbio de infantaria de marinha, com capacidade para desempenhar missões ofensivas de desembarque, encabeçado pelo navio USS Kearsarge, com uns cinco mil marines a bordo.

Na Asia/Pacífico há uns 50 mil militares no Japão, outros 28 mil e 500 na Coreia do Sul e cerca de mil na Austrália e Singapura.

Após a experiência do atentado em Setembro de 2012 contra o consulado dos Estados Unidos na cidade líbia de Bengasi, em que morreram o embaixador Christopher Stevens e outros três diplomatas, o Pentágono tomou medidas para responder com urgência a situações similares no futuro.

Foi assim que surgiu a Força de Tarefa Combinada Conjunta do Corno de África, instalada em Camp Lemonnier, Djibouti, a maior base norte-americana nesse continente. Há ali mais de quatro mil tropas norte-americanas, enquanto outros mil estão destacados em diversos lugares em toda a região.

Além disso, a Casa Branca ordenou em 2013 a colocação de uns 500 elementos de infantaria de Marinha na base militar de Rota, no sul de Espanha, cuja missão é actuar como elemento de intervenção rápida em caso de ameaças a interesses estado-unidenses em território africano. Segundo o diário Stars and Stripes unidades da primeira Divisão de Infantaria do Exército estado-unidense, com sede em Fort Riley, estado de Kansas, participaram nos últimos dois anos em mais de 100 exercícios e treinos em cerca de 40 países da região.

Segundo o Pentágono, mais de 64 mil militares estado-unidenses estão estacionados na Europa, em enclaves castrenses localizados na Alemanha, Espanha e nas repúblicas ex-soviéticas do Báltico e outros três mil na Turquia. Nos últimos dois anos Washington incrementou as suas actividades bélicas no continente europeu, ações denunciadas pela Rússia como uma ameaça aos seus interesses.

Na América do Sul e Central há uns cinco mil e 500 militares do país nortenho. O Pentágono mantém em áreas do Caribe uma presença naval permanente, com o pretexto da luta antidroga, enquanto em Cuba está a base naval de Guantánamo, instalada em território da ilha contra a vontade do Governo e do povo da maior das Antilhas.

Peritos estimam que todo este destacamento a nível global, em várias centenas de bases, tem como fim fazer valer os interesses de Washington e em alguns casos, como no Afeganistão cumpre missões de ocupação.

O presidente Barack Obama anunciou em 15 de Outubro passado a sua decisão de manter os nove mil e 800 militares que estão actualmente no Afeganistão e reduzir esse número para cinco mil e 500 no início de 2017, depois do fim do seu mandato como chefe da Casa Branca.

O governante indicou que algumas das unidades cumprirão missões de treino e assessoria a forças locais e outras participarão na perseguição e aniquilamento de combatentes de Al Qaeda, do Estado Islâmico e de outros grupos que operam na nação asiática.

Desde o início da guerra no Afeganistão em Outubro de 200 morreram mais de dois mil e 400 oficiais e soldados estado-unidenses, e outros 20 mil foram feridos.

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