Cuba assegura que o bloqueio continua sendo uma realidade asfixiante

imagemResumen Latinoamericano /Telesur/ 29 de março de 2016// Bruno Rodríguez assegurou que a regulação que permitiria aos cidadãos e bancos cubanos fazer uso do dólar em algumas transações internacionais só foi um mero anúncio e assegurou que até o momento nenhuma entidade financeira da Ilha se beneficiou com a medida.

O Chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez Parilla, afirmou que as medidas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos, entre as quais se autorizava o uso do dólar nas transações internacionais, “não passa disso, um mero anúncio”.

Durante a entrevista concedida aos meios públicos do Equador, Rodríguez assegurou que os bancos cubanos, apesar das novas regulações, continuam impedidos de abrir contas em bancos estadunidenses, “de maneira que deixará o benefício da dúvida” e acrescentou “poder afirmar que neste momento não existem transações financeiras normais”.

O bloqueio asfixiante dos EUA contra Cuba

O chanceler cubano se referiu ao bloqueio comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba por mais de meio século. Rodriguez assinalou que o mesmo continua sendo uma realidade asfixiante para o povo cubano. “Continua sendo realidade cotidiana e continua sendo depois que Obama regressou para os EUA, o principal impedimento a nosso desenvolvimento econômico e a causa essencial de privações a todas as famílias cubanas”.

O diplomata argumentou que o fim do bloqueio é um ato unilateral porque assim foi imposto e apontou que seu governo não aplica nenhuma medida discriminatória contra as companhias norte-americanas, nem contra os turistas estadunidenses. Muito pelo contrário.

“Não poderia apresentar-se a suspensão do bloqueio como fruto de uma negociação, nem como uma resposta a concessões que Cuba, de modo algum, está disposta a fazer”, sentenciou.

Medidas dos EUA fazem pouca diferença no bloqueio a Cuba

Na entrevista, o representante do Governo cubano disse que não se pode pensar em relações normais enquanto se usurpe do povo cubano o território em Guantánamo, cuja existência é ilegal e contra a vontade dos cubanos.

Bruno Rodríguez também falou sobre a persistência de transmissões de rádios e televisão a partir do território estadunidense contra Cuba, ilegais que permanecem “violando a soberania de nosso espaço radio elétrico”.

Reflexões de Fidel Castro

O chanceler Bruno Rodríguez destacou as recentes reflexões do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, sobre a recente visita de Barack Obama a Havana e destacou que as linhas do ex-presidente cubano reiteram a disposição dos cubanos em construir uma relação totalmente nova, como não existiu nunca antes com os Estados Unidos.

“Nós cubanos continuamos muito conscientes, como argumenta o comandante, de nossas enormes diferenças com o governo dos Estados Unidos e de que nós construímos um modelo que é totalmente distinto, que é alternativo ao do imperialismo norte-americano”, disse ele.

No artigo “O irmão Obama”, difundido pelo diário Granma, entre outras coisas, Fidel Castro, disse que Cuba não necessita que o império o presenteie com nada e pediu que se reflita e não tente elaborar teoria sobre a política cubana.

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2016/03/29/cuba-asegura-que-bloqueo-sigue-siendo-una-realidad-asfixiante/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)