Venezuela – Um Bloco Popular para derrotar o fascismo e o entreguismo na Venezuela

imagemPor Neirlay Andrade /Resumen Latinoamericano / 27 de abril de 2016 – No passado 23 de abril, em um comício na Praça Bolívar de Caracas, mais de 25 organizações do movimento operário e popular anunciaram publicamente o início do processo de construção de um Bloco Revolucionário que aglutine as forças consequentes com a luta anti-imperialista e a construção do Socialismo na Venezuela.

Centenas de pessoas marcharam pelo centro da cidade sob uma consigna comum: unidos nos mobilizamos contra o fascismo, o entreguismo e a corrupção: todo o poder para o povo!

O Secretário Geral do Partido Comunista da Venezuela (PCV), Oscar Figuera, esclareceu que esta grande assembleia popular não era para apresentar “uma plataforma criada, pronta, com programa”, mas o início de um processo de construção a partir das bases.

Explicou que neste contexto marcado pelo avanço dos setores mais reacionários da direita e o posicionamento de setores entreguistas no seio do Governo Nacional é imperativo um reagrupamento de forças, porém não a partir das cúpulas.

“Esse reagrupamento deve surgir das profundidades do povo; de suas lutas, de suas próprias experiências, de suas próprias construções”, declarou o dirigente comunista.

Figuera insistiu que esta mobilização era uma ação inaugural e não descartou a confluência com outros processos de unidade popular que vem se desenvolvendo no país.

“Hoje estamos colocando a pedra angular deste esforço que deve se encontrar com outros que já estão em desenvolvimento”, disse.

Em nome de centenas de membros da Comuna El Panal 2021, da emblemática freguesia 23 de Enero, Ofman Bolívar, da Fundação Alexis Vive, advertiu que existe em curso “um processo de conciliação de classe” e apontou como tarefa principal do movimento popular “sair às ruas para dar orientação política a este processo de mudanças”.

Bolívar somou duas linhas de trabalho mais: “a comuna produtiva como raiz do Poder Popular e a defesa da Pátria”.

Mais uma vez… o Golpe de Timón

Rubiel Romero, do Sindicato dos Trabalhadores Socialistas de Empresas Polar, advertiu que o Poder na Venezuela está em disputa e “necessita-se a participação de todo o movimento popular revolucionário que, a partir de diferentes iniciativas e formas de luta, constroem esta pátria soberana e independente”.

“Devemos superar os obstáculos e insistir nos processos de construção do poder popular a partir das bases, materializar o Golpe de Timón assinalado pelo comandante Chávez, tornando realidade a comuna como semente da nova sociedade”, acrescentou.

Para Leonardo Molina, do Comando Bolivariano de Telecomunicações, “o aprofundamento da crise alimentar tem relação evidente com um plano continental da direita e, nesse sentido, é fundamental denunciar que as manobras que vem desenvolvendo Empresas Polar, ponta de lança da oligarquia venezuelana”.

Eduardo Sánchez, Presidente do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Universidade Central da Venezuela, advertiu que “as forças da revolução estão presas entre uma ofensiva do imperialismo e o retrocesso do reformismo”.

“Este povo quer avançar para construir uma sociedade diferente e não um capitalismo de Estado. O povo trabalhador está observando com preocupação como aqueles que se fizeram com o Poder em nome do povo trabalhador, hoje estão negociando com o império, buscando acordos para manter-se”.

Sánchez insistiu que “a crise seja paga por aqueles que a ocasionaram” e qualificou esta mobilização como o ponto de partida para a construção de “uma referência política, ideológica, social, cultural e intelectual”.

A próxima reunião será no sábado, 07 de maio, quando as organizações se reunirão para preparar o grande encontro nacional, previsto para realizar-se em 28 deste mesmo mês.

O manifesto de 23 de abril já traça o roteiro desta plataforma. Trata-se de “debater e construir a partir das bases populares um grande movimento de movimentos comprometido com os interesses majoritários dos venezuelanos, que agrupe as forças populares revolucionárias e se converta em vanguarda coletiva para o aprofundamento da Revolução Bolivariana e a construção de uma nova sociedade: a socialista”.

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2016/04/28/venezuela-un-bloque-popular-para-derrotar-al-fascismo-y-el-entreguismo-en-venezuela/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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