Travestido de “bom moço”, o bispo Crivella aprofunda a propaganda de extrema direita no Rio de Janeiro

imagem(Nota Política do PCB-RJ)

Na última semana, a inserção de propaganda eleitoral do candidato a prefeito do Rio de Janeiro, bispo Crivella, atacou diretamente o apoio dos comunistas brasileiros à candidatura de Marcelo Freixo (PSOL). Na referida propaganda, Crivella se utiliza de um pequeno trecho, fora de contexto, de uma intervenção do membro do comitê central do PCB, Mauro Iasi, durante um congresso sindical anos atrás. O trecho selecionado pela propaganda é parte de uma declamação de uma poesia antifascista de Bertolt Brecht, utilizada pelo camarada Iasi para criticar a política de conciliação de classes como estratégia de parte da esquerda brasileira.

Crivella se utiliza da mesma tática e propaganda anticomunista de grupos de extrema-direita que o apóiam nessa eleição. Quer passar uma imagem do partido histórico dos comunistas brasileiros, o PCB, como se fosse um partido “intolerante” e “totalitário” para a população, em especial para as classes populares.

Enquanto Crivella recebe apoio de milicianos e políticos corruptos e dá sustentação a todas as medidas antipopulares do governo golpista do PMDB, o PCB lutou contra duas ditaduras, teve a maior parte dos seus quase 100 anos de história vividos na clandestinidade, e mesmo assim isso não impediu os comunistas brasileiros de sempre estarem na vanguarda das lutas por direitos, melhores condições de vida e democracia para a classe trabalhadora. Não somos apenas o partido do passado. Mas reafirmamos nossa história e dignidade no presente.  Jamais nos envolvemos na lama da corrupção capitalista, não fomos cooptados pelo “canto” da conciliação de classes dos governos petistas. Embora sempre tivéssemos feito oposição pela esquerda a esses governos, isso não nos impediu de denunciarmos e marcharmos contra o golpe institucional antipopular em curso no país.

Enquanto Crivella representa os interesses mais obscuros e reacionários daqueles que se utilizam da fé das camadas populares para enriquecer, fazer negócios e acumular forças no cenário político, o PCB foi o primeiro partido na História do Brasil a propor e aprovar no Congresso Nacional a defesa constitucional das liberdades religiosas. Assim como hoje continuamos a apoiar a luta por mais direitos para a população negra, as mulheres e LGBT´s. Se hoje temos direitos mínimos democráticos assegurados, muito se deve à luta dos comunistas, em especial do PCB. Não nos intimidaremos com essa provocação. Seguiremos falando alto e bom som: o PCB tem lado e o nosso lado é o da classe trabalhadora.
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2016

Partido Comunista Brasileiro

Comissão Política Regional – Rio de Janeiro