Manifestantes intensificam a luta contra as reformas e o governo usurpador

Cerca de 100 mil manifestantes marcharam em Brasília pela derrubada do governo usurpador de Michel Temer, pela anulação das reformas e de todos os atos do governo usurpador. A manifestação, convocada pelas centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos de oposição, foi duramente reprimida pela Polícia Militar, tendo como resultado 49 pessoas feridas e 7 presas, inclusive um camarada do PCB. Diante da grandiosidade da manifestação e da resistência dos trabalhadores e da juventude, o presidente ilegítimo, com medo da população, decretou a intervenção das Forças Armadas em Brasília, visando intimidar os manifestantes, mas hoje, dia 25, diante da repercussão negativa da medida, revogou o decreto.

Os manifestantes, oriundos de praticamente todos os Estado País, começaram a se concentrar desde as primeiras horas da manhã no Estádio Mané Garrincha, com caravanas dos diversos sindicatos e organizações juvenis e partidárias. Entoando palavras-de-ordens e discursos nos carros de som contra o governo, os trabalhadores e a juventude começaram desde cedo “o esquenta” até o início da passeata, ao meio dia. Dezenas de milhares de trabalhadores foram formando um imenso cordão de vários quilômetros pelo eixo principal de Brasília, com milhares de bandeiras e discursos contra o governo. A marcha seguiu pacífica até próximo ao Congresso, quando a polícia começou a atirar bombas de efeito moral, de gás lacrimogêneo e spray de pimenta e balas de borracha contra os manifestantes.

A partir daí instalou-se uma batalha campal desigual entre os manifestantes e a polícia, com aumento da repressão e também da resistência dos trabalhadores e da juventude. Diante da brutalidade, as massas furaram os cordões policiais e depredaram os ministérios da Fazendo, da Cultura, da Agricultura, este incendiado, além de outros prédios públicos. Em um dos ministérios a polícia atirou com bala letal contra os manifestantes, ferindo um deles. Quando o governo percebeu o tamanho das manifestações, dispensou os funcionários públicos. A novidade desta manifestação é que a polícia não conseguiu dispersar os manifestantes, pois estes resistiram às bombas e o gás lacrimogêneo, às balas de borracha e não arredaram o pé do gramado em frente ao Congresso. Foi aí que Temer, em polvorosa, chamou as Forças Armadas, mas aí a manifestação já estava acabando, com uma nítida sensação de vitória dos manifestantes.

A grande manifestação do dia 24 de abril marca uma nova fase da luta de massas no Brasil, pois os manifestantes aprenderam a não se intimidar diante da repressão, principalmente quando estão aos milhares, lutando por uma causa justa. Novas manifestações virão, ainda muito mais massivas e combativas, inclusive com a construção de uma nova greve geral até a deposição do governo usurpador, a revogação de todos os seus atos, prisão dos corruptos e confisco de seus bens e a conquista de um novo governo que atende aos interesses populares.

O PCB, a Unidade Classista, a União da Juventude Comunista, o Coletivo Ana Montenegro e o LGBT comunista estiveram presentes na marcha, formando uma expressiva Coluna Vermelha, na sua grande maioria constituída de jovens de vários Estados do País