Não seremos cúmplices, não jogaremos este jogo, denunciamos a sistemática violação dos direitos individuais do cantor revolucionário Guillermo Enrique Torres Cuéter (Julián Conrado)

Como defensores dos direitos humanos das pessoas privadas de sua liberdade por razões políticas, a Associação de Assuntos Humanitários PÁTRIA É SOLIDARIEDADE, apela ao executivo nacional, autoridades judiciais, policiais e todas as autoridades competentes a respeitar os direitos humanos e o devido processo a que tem direito o Guerrilheiro das FARC-EP e artista revolucionário Guillermo Enrique Torres Cuéter (Julián Conrado), agora um prisioneiro de guerra capturado pelo Estado venezuelano.

Exigimos informações claras e precisas sobre os acontecimentos que envolveram a sua captura, as condições em que ele se encontra e todos os direitos relativos à assistência jurídica e visitas de familiares, conforme garantido no artigo 44 e 49 da nossa Constituição.

Lembramos às autoridades venezuelanas que sempre pregaram a defesa dos Direitos Humanos e e Solidariedade Internacionalista, que a garantia universal e indivisível dos Direitos Humanos está inscrita no preâmbulo e no artigo 2º da nossa Constituição Bolivariana como princípio inviolável do Estado de Direito.

Até agora o que demonstram os fatos é que se repete a triste experiência de algumas semanas atrás quando o comunicador social Joaquín Pérez Becerra foi vítima de violações de todos os seus direitos garantidos na legislação nacional e internacional.

Alertamos todo o movimento social e revolucionário da Venezuela e do mundo que no momento há um novo assalto aos princípios humanitários e de toda a legalidade. É um mistério o paradeiro, a saúde e a situação jurídica do cidadão Guillermo Enrique Torres.

PÁTRIA É SOLIDARIEDADE sempre esteve na linha de frente em defesa deste processo revolucionário, diante dos agressões políticas da Colômbia orquestradas para desestabilizar e jogar fora todas as conquistas da revolução, que até recentemente estava emergindo como uma vanguarda na construção da pátria grande e do socialismo, no entanto, não se pode ignorar estas evidências de alinhamento às políticas de governos como Juan Manuel Santos, que representa o terror paramilitar, os falsos positivos, desaparecimentos forçados, deslocamento, valas comuns, fornos e outros crimes contra a humanidade neste continente.

Não se intrometer na política interna do governo terrorista colombiano é muito deferente de concordar com ele para perseguir e criminalizar a oposição política ao Estado mais questionado de toda a América por sua conduta política e criminal.

Embora tenhamos tomado partido pela defesa da admirável revolução bolivariana, não podemos ser cúmplice do que definitivamente se tornou uma política de Estado contra-revolucionária. Esse jogo não jogaremos.

Como várias organizações e movimentos sociais, estamos à espera de uma correção no caso Joaquín Becerra e ao mesmo tempo fazemos um segundo chamado: não entreguem “Julian Conrado”, todos sabemos o que o aguarda na Colômbia, é a tortura e depois a extradição para os Estados Unidos, para tentar destruir sua moral de combatente revolucionário.

A guerra do Estado colombiano contra seu povo é real, existem 6.000 militantes assassinados só da União Patriótica e conta ainda não está fechada, não ajudemos a perpetuar o massacre contra esse povo, não sejamos assassinos de nossos próprios irmãos.

Podem prender nossas mãos, mas nunca os nossos sonhos de justiça e liberdade.

Colômbia, mais de 7.500 prisioneiras e prisioneiros políticos, prova objetiva de um conflito social, político e militar.

Caracas, 04 de junho de 2011

Associação de Assuntos Humanitários PÁTRIA É SOLIDARIEDADE

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Traduzido por Dario da Silva