Desafio popular em massa e organizado ao imposto de capitação

Milhares de pessoas participaram ontem nas manifestações organizadas em pelos sindicatos com orientação de classe – em Atenas, Salónica e outras cidades gregas – contra o novo roubo fiscal que leva o povo à bancarrota. Trabalhadores, desempregados, auto-empregados, estudantes, pensionistas reunidos pelos seus sindicatos, comités populares de vizinhança e organizações de massa cumpriram a recusa organizada a pagar os impostos de capitação pela queima das notificações de pagamento e exigiram que aqueles que criaram a crise fossem à bancarrota – a plutocracia e seus representantes.

Deve ser notado que na quinta-feira à tarde a nova lei para a tributação da propriedade foi aprovada no parlamento enquanto o governo está a pressionar em favor de um novo projecto de lei sobre tributação a fim de servir a plutocracia. Na verdade, este imposto será incorporado à conta da electricidade, com a ameaça de que aqueles que não a pagarem terão a sua electricidade cortada. Além disso, as novas medidas predatórias incluíram uma redução do patamar livre de imposto para 5000 euros – o que significa que o patamar é de um rendimento de 357 euros por mês, abolição de deduções fiscais (ex. despesas de arrendamento), aumentos de IVA, etc.

Na sua declaração, o Gabinete de Imprensa do Comité Central do KKE observa: “A bancarrota descontrolada da família popular é uma realidade” e acrescenta: “O comportamento fiscal violento do governo é mais uma peça de evidência de que a ofensiva anti-povo não é temporária e será escalada sem uma data de finalização. Os pensionistas pobres com 400 euros por mês estão a ser convocados a pagar impostos, pessoas que tentam sobreviver com rendimentos mais baixos do que a linha oficial de pobreza. Os trabalhadores devem possuir apenas o básico, simplesmente para serem capazes de apresentar-se outra vez ao trabalho. Todo o resto deve ser retornado aos industriais, aos banqueiros, aos proprietários de navios…

Ao mesmo tempo, o governo, após uma redução provocatória das taxas de imposto sobre os lucros do grande capital, está a estudar novos cortes na sua fiscalidade. Ele já anunciou zonas especiais – paraísos fiscais para o capital, onde a tributação de lucros será reduzida ainda mais e onde não haverá negociação de acordos colectivos de trabalho. Esta linha política é o caminho único para os monopólios. O caminho único para o povo é de a crise ser paga pelo grande capital, o qual hoje contribui com menos de 2,8 mil milhões de euros de impostos por ano, quando o imposto de rendimento geral é de mis de 50 mil milhões de euros. Os proprietários de navios, bancos e industriais devem ser tributados substancialmente e directamente.

A única obrigação que o povo tem é levantar a sua cabeça, combater pelos seus direitos. Toda pessoa consciente dos estratos populares tem a responsabilidade de se recusar a pagar os injustos impostos de capitação, impedir a implementação das medidas bárbaras. Tomar parte na luta da classe trabalhadores organizada nos lugares de trabalhos e bairros populares de modo a que uma forte aliança popular seja formada por trabalhadores, auto-empregados na cidade e zonas rurais, juventude, mulheres para o derrube do poder dos monopólios, retirada da UE com poder do povo.

A actividade para o derrube da linha política bárbara continua com a preparação da greve no sector público e antigas empresas estatais em 5 de Outubro e de uma greve geral à escala nacional em 19 de Outubro.

29/Setembro/2011 O original encontra-se em http://inter.kke.gr/News/news2011/2011-09-29-info

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