Pela liberdade, justiça e dignidade dos presos políticos palestinos!

As organizações da sociedade civil brasileira abaixo assinadas solidarizam-se com os presos políticos palestinos em greve de fome desde 27 de setembro de 2011 e exigem justiça, dignidade e liberdade aos detidos.

Sua luta é contra as condições desumanas a que estão submetidos nos cárceres israelenses, as quais têm se deteriorado ainda mais nos últimos meses. A punição coletiva por parte de Israel vem se agravando, e não poupa nem mesmo os muitos que estão à espera de julgamento e os cerca de 200 em prisão administrativa.

A tortura sistemática, a humilhação cotidiana, inclusive nas inspeções, o confinamento prolongado, a negação de visitas até mesmo de advogados, a não permissão de reagrupamento familiar, a violação de direitos humanos fundamentais, como à educação, têm sido a regra.

Contra esse regime de opressão, a greve foi iniciada e conta com a adesão de diversas lideranças, de vários partidos e organizações. As mulheres também estão participando do movimento. Como punição, todos têm sofrido repressão, isolamento, transferências arbitrárias e maus tratos. Numa tentativa de desmobilização, muitos líderes têm sido deslocados para paradeiros desconhecidos. Essas práticas comuns têm sido intensificadas com o intuito de quebrar a resistência manifestada com a greve de fome.

Fazendo frente a isso, além da recusa a se alimentar, os prisioneiros anunciaram a rejeição de todas as ordens na prisão, como o uso dos uniformes, as chamadas e os horários nos centros de detenção.

As detenções ilegais são praxe por parte do Estado de Israel desde sua criação unilateral, em 1948. Segundo a Adameer – Associação de Direitos Humanos e Apoio aos Prisioneiros Palestinos divulga em seu site, somente de 1967 para cá mais de 650 mil palestinos já foram detidos – ou seja, pouco menos de 20% do total da população dos territórios ocupados naquele ano, durante a chamada Guerra dos Seis Dias.

Atualmente, calcula-se que estejam nos cárceres israelenses cerca de 7 mil cidadãos palestinos, entre os quais 340 crianças e 120 mulheres. Por volta de 115 presos encontram-se há mais de 20 anos nessas cadeias e 26, há mais de 25 anos.

Conforme a Adameer, cerca de 24 centros de detenção, cinco centros de interrogação, sete casas de detenção, três campos militares e nove outras prisões na Cisjordânia e Gaza integram o complexo do aparelho repressivo do Estado israelense. Em todos, a violação às convenções de Genebra, sobretudo quanto ao tratamento digno às pessoas nessas condições, é comum.

A solidariedade internacional é fundamental para denunciar esse estado de coisas. Exigimos respeito aos direitos humanos dos presos políticos palestinos em greve de fome e a libertação imediata de todos os detidos, bem como a intervenção da Cruz Vermelha Internacional neste momento. Esperamos que as vozes a partir do Brasil sejam ouvidas para garantir a dignidade desses cidadãos e cidadãs e impedir a contínua punição coletiva e maus tratos.

Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de janeiro

Frente em Defesa do Povo Palestino

Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino

Comitê Democrático Palestino no Brasil

Anel – Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre

Associação Islâmica de São Paulo

Centro Cultural Árabe-Palestino Brasileiro de Mato Grosso do SulCentro Cultural Árabe-Palestino do Rio Grande do Sul

Ciranda Internacional da Informação Independente

CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular-Coordenação Nacional de Lutas

CUT – Central Única dos Trabalhadores

Intersindical

MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Mopat – Movimento Palestina para Tod@s

PCB – Partido Comunista Brasileiro

PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

Sociedade Árabe-Palestina de Corumbá

Sociedade Árabe-Palestina de Brasília

Sociedade Árabe-Palestina de Chuí

Sociedade Árabe-Palestina de Santa Maria

UNI – União Nacional das Entidades Islâmicas

Unidade Classista

UJC – União da Juventude Comunista