Díaz-Canel destaca trabalho de médicos cubanos no Brasil

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Havana, 21 dez (Prensa Latina)

O presidente cubano Miguel Díaz-Canel destacou o trabalho dos médicos da Ilha no programa Mais Médicos do Brasil, durante um ato pelo encerramento da participação dos profissionais da saúde caribenhos nessa iniciativa.

Na Unidade Central de Cooperação Médica (UCCM), o governante da maior das Antilhas qualificou de emocionante a recepção dos regressos do gigante sul-americano e afirmou que assumiram que a dignidade não se negocia.

“Em nome do Partido e do Governo estamos profundamente orgulhosos de cada um de vocês, como estamos do restante dos colaboradores cubanos da saúde que cumprem missão em outros 66 países, bem como dos que garantem a saúde do nosso povo”, assegurou Diaz-Canel.

Ressaltou que Cuba não tinha outra opção ao se retirar do programa Mais Médicos, pois era impossível ficar de braços cruzados diante de um governo soberbo e insensível, incapaz de entender que os colaboradores chegaram ao Brasil movidos pelo impulso de servir ao povo.

“Vocês são um símbolo do país que os formou e uma mostra do tipo de homens e mulheres aos quais aspiramos na sociedade cubana, baseados na justiça e no humanismo, não na lei do mais forte”, manifestou Diaz-Canel.

Também se referiu ao impacto nas redes sociais durante o processo de retorno dos internacionalistas, no qual a hashtag Mais que Médicos se converteu em uma das mensagens mais compartilhadas e a palavra dignidade foi uma das mais utilizadas.

Acrescentou que os profissionais da maior das Antilhas chegaram em um momento importante para o país, pois falta pouco para aprovar a nova Constituição, a qual será levada a um referendo popular em 24 de fevereiro.

Durante o ato, do qual participou também o segundo secretário do Comitê Central do Partido, José Ramón Machado Ventura, entre outros altos dirigentes, a doutora Indira Arredondo fez uso da palavra em nome dos colaboradores e salientou o trabalho da brigada durante os cinco anos de missão.

“Nosso trabalho culminou com resultados que nem os próprios inimigos puderam ocultar; transformamos indicadores de saúde e melhoramos a qualidade de vida de milhões de brasileiros, com uma aceitação que superou 95 por cento de satisfação da população atendida”, destacou a especialista, que trabalhou no estado de São Paulo.

No momento da Ilha decidir retirar-se da iniciativa de saúde brasileira, encontravam-se nessa nação cerca de 8.471 mil colaboradores, entre os quais concluíram sua missão 7.635 mil, o que representa 90 por cento do total. Não regressaram 836.

A maior das Antilhas anunciou em 14 de novembro a decisão de não continuar participando na iniciativa diante da postura hostil do presidente eleito brasileiro, Jair Bolsonaro.

Cerca de 20 mil médicos cubanos levaram a assistência primária a dezenas de milhões de pessoas residentes em comunidades pobres e complexas do país sul-americano.

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Díaz-Canel defende trabalho de médicos cubanos no Brasil e pede respeito

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