Usiminas: condições degradantes de trabalho e perseguições
Intersindical – instrumento de luta e organização da classe trabalhadora
USIMINAS IMPÕE CONDIÇÕES DE TRABALHO QUE ADOECEM E MATAM E PERSEGUE O SINDICATO QUE ESTÁ NA LUTA EM DEFESA DA VIDA E DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES
Em agosto, um trabalhador morre intoxicado por monóxido de carbono na Usiminas em Ipatinga/MG. No mesmo mês um gasômetro explode deixando 34 trabalhadores hospitalizados e, dias depois, um trabalhador tem o braço e o ombro decepados dentro da usina. Até agora nenhuma punição recaiu sobre a empresa.
No dia 24 de novembro, um trabalhador que também é diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga estava numa operação dentro da usina e fez de tudo para garantir que a operação não colocasse em risco os trabalhadores. Mas, para a Usiminas, o que vale são seus lucros e não a segurança dos trabalhadores. É por isso que o companheiro Luciano Ambrósio Poubel Souza, conhecido como Jiló, está afastado pela usina, que quer a sua demissão.
A direção da Usiminas quer a demissão para tentar enfraquecer a ação do Sindicato dentro da usina, para avançar nos ataques aos trabalhadores. Mas não vai conseguir.
No dia 24 de novembro de 2018, uma panela estava recebendo aço do convertedor na Aciaria 2. Quando a panela estava quase cheia, Luciano, responsável por acompanhar o vazamento de aço, percebeu que a panela furou e começou a vazar o aço líquido e acionou o botão de emergência, parando o vazamento do forno para a panela. Fez isso justamente para evitar um acidente que atingisse os trabalhadores.
Luciano fez as operações mais importantes e seguras: interromper o enchimento da panela e tirá-la debaixo do forno convertedor, ou seja, evitou uma tragédia.
Mas para a Usiminas, operação segura é operação que garanta seus lucros, então para tentar atacar a ação do Sindicato dentro das áreas exigindo melhores condições de trabalho. A direção da empresa afastou o companheiro Luciano com a intenção de demití-lo.
A panela furou, o aço e alguns equipamentos se perderam, mas a operação feita pelo trabalhador impediu que vidas fossem atingidas. Mas isso não importa para a Usiminas, o que importa, para os acionistas, são seus lucros.
A mesma Usiminas que até agora não fez nada para garantir condições seguras de trabalho quer demitir o trabalhador que também é diretor do Sindicato dizendo que teve prejuízos enormes por causa da operação feita por ele.
A operação feita pelo trabalhador evitou um acidente que atingisse os trabalhadores.
Isso é a Usiminas: para ela a saúde e vida dos trabalhadores não têm nenhum valor, o que vale são seus lucros.
Não vamos recuar. Mais do que defender o companheiro Luciano, vamos seguir exigindo melhores condições de trabalho e punição para a Usiminas, que ataca a saúde e a vida dos trabalhadores.
http://www.intersindical.org.br/2018/12/14/usiminas-impoe-condicoes-de-trabalho-que-adoecem-e-matam-e-persegue-o-sindicato-que-esta-na-luta-em-defesa-da-vida-e-dos-direitos-dos-trabalhadores/