Venezuela celebra saída da OEA com manifestação popular

imagemResumen Latinoamericano

No último sábado, dia 27, uma grande manifestação foi realizada em todo o país para celebrar a retirada da Venezuela da Organização dos Estados Americanos (OEA), depois de descobrir que alguns países, a serviço do imperialismo e do seu secretário-geral, Luis Almagro, procuraram usar este organismo para violar a soberania venezuelana.

Em Caracas, a mobilização começou a partir da Plaza Morelos em direção à sede da Chancelaria da República Bolivariana da Venezuela, para comemorar a retirada da Venezuela, após a conclusão do período de dois anos necessário para formalizar a iniciativa.

Durante a manifestação, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, disse que esta decisão está em conformidade com a vontade do povo venezuelano, e ressaltou que durante a execução do intervalo definido para sair oficialmente da OEA, a Venezuela continuou a honrar suas obrigações na organização, apesar de não concordar com a sua gestão.

O diplomata exigiu que os EUA acabem com sua hipocrisia e levantem o bloqueio para permitir a continuidade da Revolução Bolivariana, indicando que o governo estadunidense busca apenas tomar as riquezas venezuelanas, como petróleo, minerais, entre outros.

Por sua parte, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) e primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) observou que a saída definitiva da Venezuela da OEA significa uma festa para a dignidade da nação e os povos do mundo.

A atitude intervencionista do secretário-geral da OEA contra a Venezuela “é uma cópia do que fizeram com Cuba nos anos 1960. Depois de esgotar todos os esforços para coexistir com os membros dessa organização, nos retiramos da OEA e hoje promovemos uma celebração popular pela dignidade de nosso país e pela dignidade dos povos do mundo que comemoram com a Venezuela”, disse Cabello.

Por esta razão, informou que a ANC convocará para esta terça-feira uma sessão que decretará a data de 27 de abril como Dia Nacional do Júbilo Nacional e da Pátria Bolivariana, para celebrar a saída da Venezuela da organização internacional.

“Já anunciamos que a Assembleia Nacional Constituinte se reúne na terça-feira para declarar o dia 27 de abril como o Dia Nacional do Júbilo Nacional e da Pátria Bolivariana. Estamos deixando a OEA, saímos da OEA”, afirmou o presidente da ANC durante a grande manifestação que ocorreu no sábado.

Cabello destacou que a OEA se transformou num instrumento do imperialismo para impor e reprimir países soberanos e independentes, que não estão a serviço do governo presidido por Donald Trump.

“A OEA tornou-se uma latrina do imperialismo. A OEA tornou-se o maior instrumento repressivo do imperialismo na Grande Pátria de (Simón) Bolívar. A OEA tornou-se um instrumento de repressão contra os povos. Tornou-se um instrumento de imposição de decisões imperiais sobre os pobres da América Latina e do Caribe, com a cumplicidade de governos minoritários de alguns países lacaios, subservientes e servis ao chefe do Império”, sublinhou o líder socialista.

Por sua parte, o vice-presidente de Mobilização do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Dario Vivas, disse a OEA “não serve à paz, à soberania e à liberdade, por isso o povo hoje neste ato de soberania está comemorando a decisão”.

“Nesse sentido, o povo bolivariano na rua apoia permanentemente nosso presidente Nicolás Maduro, que trabalhando pela paz e dignidade, adotou esta grande decisão que hoje as pessoas comemoram”, disse ele. Avn

Presidente Maduro: hoje nos libertamos do Ministério das Colônias dos EUA

O Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, comemorou a saída oficial da Venezuela da Organização dos Estados Americanos (OEA), que descreveu como o Ministério das Colônias dos Estados Unidos.

“Nós nos libertamos do Ministério das Colônias dos Estados Unidos, uma organização intervencionista e desrespeitosa dos princípios democráticos e do Direito Internacional. Nossa Pátria Bolivariana e Independente se despede da OEA”, escreveu o presidente em uma mensagem no Twitter.

A mensagem no Twitter é acompanhada por um vídeo que evoca a posição do comandante Hugo Chávez, quando, em 25 de maio, questionou a posição da OEA diante das agressões dos EUA contra Venezuela e Cuba.

“Quando a OEA se pronunciou sobre todas as agressões que Cuba sofreu? Quando é que a OEA se pronunciou sobre todas as agressões que a Venezuela sofreu, inclusive o golpe de Estado de 2002, e tudo o que aconteceu aqui?”, diz o comandante Chávez no material audiovisual.

Naquela época, o comandante denunciou que a Organização não serve a povos independentes, serve apenas ao Império e ao capitalismo mundial.

Em 30 de abril de 2017, o presidente Maduro anunciou a saída da Venezuela da OEA. Em 5 de junho de 2018, o Chanceler Jorge Arreaza manifestoou a decisão do Chefe de Estado ao secretário do órgão supracitado, Luis Almagro.

Neste sábado os venezuelanos comemoraram a decisão das autoridades com uma mobilização na capital. A passeata começou na Plaza Morelos e culminou na sede da Chancelaria.

avn

Chanceler Arreaza: Venezuela abandonou a OEA por vontade do povo Diante de um comício popular nas proximidades da sede do Ministério das Relações Exteriores da República, em Caracas, o Ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, comemorou no sábado a saída oficial da Venezuela da Organização dos Estados Americanos (OEA).

“A partir de hoje a República Bolivariana da Venezuela não pertence à OEA. Estamos fora da OEA pela vontade do povo, tendo cumprido com tudo o que está estabelecido na Carta da OEA”, disse ele na transmissão do evento pela VTV.

O Chanceler deu reconhecimento ao presidente da República, Nicolás Maduro, por deixar a referida organização, usada por políticos norte-americanos como plataforma para executar um golpe contra a Venezuela.

“Devemos reconhecer nosso presidente constitucional eleito pelo povo, Nicolás Maduro, nesta batalha estratégica de anos contra o golpe de Estado”, disse ele.

Da mesma forma, Arreaza ressaltou que, enquanto o período estabelecido para a saída oficial da OEA estava sendo cumprido, a Venezuela formalizou suas obrigações na organização, apesar de não concordar com a sua administração.

O ministro das Relações Exteriores indicou que, para ser uma república, é necessário estar fora dos fóruns internacionais controlados por Washington.

A esse respeito, ele lembrou as advertências do líder cubano, Fidel Castro, chamando a instituição de ministério das colônias dos EUA. Referiu-se também ao apoio dado pela OEA à intervenção militar dos Estados Unidos contra a República Dominicana, justificada pela farsa da “ajuda humanitária”.

“Isso é o que eles queriam fazer aqui, mas não passarão, porque há um povo valente, uma milícia, um povo que defenderá a independência com suas próprias vidas”, ressaltou o chanceler venezuelano.

Da mesma forma, Arreaza evocou o trabalho do Comandante Chávez, que criou oportunidades internacionais de debate e unidade latino-americana, além de buscar provocar a saída da Venezuela de outros organismos em que as forças políticas da América do Norte exercem pressão, tais como a Convenção Internacional sobre os Direitos Humanos, o Tratado Internacional de Assistência Recíproca, entre outros.

Por isso, ele disse, o Comandante Chávez promoveu a criação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) e da Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe (CELAC).

“Hoje somos mais independentes do que nunca, estamos aprofundando nossa liberdade, como parte da batalha pela independência de Simon Bolívar que nós, no século XXI, devemos assumir como um povo”, acrescentou.

Arreaza considerou importante somar mais cidadãos à luta pela independência da Venezuela. Por isso ele mencionou os combates que ainda devem ser feitos em defesa dos bens da nação.

“Denunciamos nas Nações Unidas, na quinta-feira, o bloqueio do dinheiro dos venezuelanos para poder pagar o CDI, a escola, a faculdade, o Clap, para poder pagar os nossos direitos sociais. Esse dinheiro corresponde a mais de 5 bilhões de euros”, reclamou ele.

Na concentração, o chanceler rejeitou as sanções dos EUA contra si, depois que ele defendeu a Venezuela na Organização das Nações Unidas (ONU).

“Com essas sanções eles querem nos intimidar, eles acreditam que essas sanções nos assustam; ao contrário, nos dão mais coragem, mais força para liquidá-las na batalha política”, disse ele.

No final, ele enfatizou o dever de retomar espaços políticos internacionais. “Eles que se preparem porque mais vitórias virão. A primeira vitória é a do povo bolivariano ao deixar a OEA”.

Foto: @CancilleriaVE

ANC se reunirá nesta terça para decretar o 27 de abril como Dia de Júbilo Nacional

A Assembleia Nacional Constituinte (ANC) se reunirá nesta terça-feira em sessão convocada para declarar o dia 27 de abril como Dia Nacional de Júbilo e da Pátria Bolivariana, comemorando a retirada da Venezuela da Organização dos Estados Americanos (OEA), disse neste sábado o presidente do órgão plenipotenciário, Diosdado Cabello.

“Já anunciamos que a Assembleia Nacional Constituinte se reúne na terça-feira para declarar o dia 27 de abril como o Dia Nacional de Júbilo e da Pátria Bolivariana. Deixamos a OEA, saímos da OEA “, disse o presidente da ANC durante comício em que foi anunciada a retirada oficial da Venezuela da organização internacional.

Em declarações transmitidas pela Rede Venezuelana de Televisão a partir da sede do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, ele ressaltou que a OEA tornou-se um instrumento do imperialismo para impor e reprimir países soberanos e independentes que se recusam a servir ao governo liderado por Donald Trump .

As forças revolucionárias marcharam da Praça Morelos para a sede da Chancelaria da República Bolivariana da Venezuela, em Caracas, como parte da celebração da saída do país sul-americano da OEA. A República Bolivariana da Venezuela fez entrar em vigor, no sábado, 27 de abril, a retirada definitiva do organismo internacional, cumprida no prazo de dois anos após a denúncia apresentada à Carta da organização multilateral no artigo 143, motivada pela falta de respeito à soberania da Venezuela e pela transformação da OEA em instrumento político de interferência e intervenção nos Estados membros.

Avn

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2019/04/28/venezuela-celebran-retiro-de-la-oea-con-masiva-movilizacion-presidente-maduro-hoy-nos-liberamos-del-ministerio-de-colonias-de-eeuu-decretar-de-abril-como-dia-de-jubilo-nacional/

Categoria
Tag