PCV: 1º de Maio combativo e classista

imagemTribuna Popular (Partido Comunista da Venezuela)

Declaração do Birô Político do PCV por ocasião do 1º de Maio

O Partido Comunista da Venezuela (PCV) transmite uma fraterna saudação classista aos trabalhadores no Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, num contexto de elevadas contradições intercapitalistas e na disputa pela hegemonia global e divisão imperialista do mundo, de seus recursos naturais e fontes de energia, pela monopolização dos avanços científico-técnicos e pelo controle de mercados, mão de obra qualificada e barata, rotas de comercialização e posições geoestratégicas, tendo como um dos seus epicentros a agressão multifacetada e a guerra não convencional contra nossa nação no tempo presente, como parte do plano hegemônico do imperialismo dos EUA e seus aliados europeus, no seu projeto de recomposição e dominação no mundo.

Ratificamos a decisão de promover a construção dos Comitês Patrióticos Populares, instâncias que levam a assegurar a unidade de todos os venezuelanos patriotas que combatem as políticas intervencionistas de potências estrangeiras em conluio com setores apátridas.

Neste contexto, a classe operária e o povo trabalhador da cidade e do campo – na ausência de uma política revolucionária – estão sendo severamente punidos por aumento excessivo de preços, colapso dos serviços de eletricidade, água, gás, transporte, pagamento imprudente e ilegal em dólares e outras consequências da grave crise do capitalismo dependente, do bloqueio econômico imperialista, das ações impunes de corruptos, especuladores e inescrupulosas máfias das finanças, do comércio intermediário e do contrabando de extração. A hiperinflação desencadeada destruiu os salários e não há decisões ou ações efetivas por parte do governo nacional. O povo trabalhador sofre um estado geral de desamparo e falta de proteção.

A patronal privada e pública aumenta suas ações contra os direitos dos trabalhadores: demissões ilegais e suspensões, violações das convenções coletivas, precarização e terceirização, práticas antissindicais, produções de “falsos positivos” e atos de criminalização contra líderes operários, entre outros, são as experiências diárias nas relações entre patrões e empregados. Essas práticas, cometidas em empresas privadas e públicas, não tiveram uma resposta categórica e eficaz do Ministério Público, apesar das denúncias feitas. A liberdade de associação e o direito de organização são repetidamente violados pelas autoridades do Trabalho.

Os salários foram destruídos pela hiperinflação e pelo caráter regressivo e empobrecedor da política salarial assumida pelo Governo desde o ano passado (em particular as orientações emanadas do Ministério do Trabalho e do Ministério do Planejamento), dado o caráter traiçoeiro das decisões econômicas mais importantes, que tendem a enfraquecer o trabalho e reforçar o papel do capital na sociedade, favorecendo certos grupos monopolistas e ameaçando a vigência na Venezuela do direito de pactuar coletivamente a venda da força de trabalho.

O PCV conclama a classe trabalhadora que responda com uma ofensiva combativa em unidade de ação classista, para fazer retroceder uma política tão insensata de destruição de salários e conquistas contratuais. Tal ofensiva unitária do movimento sindical requer também estabelecer o objetivo de superar a crise e o colapso atual em aliança com o movimento camponês e o movimento popular e comunitário. Nesse sentido, devemos lutar por uma mudança profunda e revolucionária na política econômica, sob a liderança da classe operária e do povo trabalhador da cidade e do campo.

O PCV reitera o seu apelo no sentido de que a produção nacional seja impulsionada através de um plano agroindustrial e da demanda do governo nacional para corrigir algumas medidas aplicadas neste setor, especificamente para deter e reverter os processos de reprivatização de empresas estratégicas para a Soberania Alimentar. É hora de modificar os parâmetros de concessão de créditos destinados ao setor agrícola, garantindo que o financiamento e a assistência técnica atinjam os pequenos e médios produtores e camponeses, e não os grandes proprietários de terra. O momento é de começar este processo como garantia de luta contra a dependência alimentar em nosso país.

O PCV, com suas frentes políticas de massas e organizações mais amplas da classe operária, do campesinato e de outros produtores da cidade e do país, promove e/ou apoia o desenvolvimento de iniciativas coletivas de solidariedade operária, camponesa, comunitária e popular, promovendo e organizando mecanismos e estruturas de intercâmbio direto de alimentos e outros itens, com o objetivo imediato de neutralizar os efeitos da crise, fortalecendo a unidade e organização dos trabalhadores da cidade e do campo.

Fazemos um chamamento geral aos trabalhadores, às organizações sindicais, aos delegados e delegadas de prevenção, conselhos de trabalhadores e outras formas organizadas do movimento operário e sindical classista a unir forças no enfrentamento à ingerência e agressão imperialista, defendendo com independência de classe nossos direitos, acumulando forças para disputar o poder frente aos representantes das várias tendências burguesa e pequeno-burguesas, com a finalidade de derrotar o domínio do capital, abrindo perspectivas certas para a conquista de uma nova sociedade, do verdadeiro Socialismo, que será o preâmbulo do Comunismo, a formação econômico-social livre de todas as formas de exploração e opressão social.

VAMOS SEGUIR LUTANDO E SEGUIR VENCENDO EM DEFESA DOS DIREITOS DO POVO E DA PÁTRIA SOBERANA!

Birô Político do Comitê Central do PCV

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

Fonte: https://prensapcv.wordpress.com/2019/04/29/1-de-mayo-2019-ofensiva-combativa-en-unidad-de-accion-clasista/#more-13560

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