HONDURAS: FRENTE NACIONAL DE RESISTÊNCIA POPULAR

1. Reiteramos nosso compromisso com os cinco eixos de articulação da luta social traçados pela Frente Nacional de Resistência Popular, em sua Assembleia intermediária realizada no dia 16 de agosto de 2011, que incluem:

    a. Luta contra as privatizações dos serviços públicos e contra os atentados aos direitos sociais, políticos e suas instituições conquistadas.

    b. Luta contra a entrega de nossa soberania e os recursos naturais a interesses privados e transnacionais.

    c. Luta pela transformação agrária e o fortalecimento do setor social da economia.

    d. Luta pela defesa das organizações populares.

    e. Luta pela justiça, o respeito à vida e aos direitos humanos.

2. Pronunciamo-nos por dar um novo impulso à mobilização popular, com a qual resistimos e contemos o modelo neoliberal, defendemos as conquistas da classe trabalhadora e vamos construindo o poder popular desde a base.

3. Convocamos um encontro amplo da Frente Nacional de Resistência Popular, nos marcos de uma Assembleia Intermediária, com a participação de 17 mesas dos setores populares e representantes territoriais, para desenvolver uma agenda unitária de luta social.

4. Declaramos nossa vontade de combinar os distintos métodos de luta política e social, como são a luta nas ruas e a luta eleitoral, com as quais propomos construir, tomar e exercer o poder em favor do povo pobre.

5. Condenamos a continuação da repressão no vale do Aguán, especialmente o assassinato de nosso companheiro Matías Valle, assassinado pelas forças repressivas do Estado no dia 20 de janeiro.

6. Assumimos a luta pela educação pública e gratuita em todos os níveis, em respeito ao estatuto do docente, a solidariedade com as organizações dos trabalhadores em educação e a defesa das conquistas populares. Em tal sentido, chamamos os pais e mães do país a matricular seus filhos no sistema público de educação.

7. Condenamos os intentos do Estado por destruir sindicatos e outras organizações populares como o Sindicato de Trabalhadores da UNAH (SITRAUNAH) e o Sindicato de Trabalhadores do Instituto de Conservação Florestal (SITRAICF), que abriria um precedente para desmontar todos os sindicatos públicos.

8. Repudiamos as novas agressões contra as organizações e assentamentos rurais, especialmente com os companheiros de Naco Cortés, brutalmente desalojados pela força policial.

9. Exigimos que cumpram os compromissos subscritos pelo Estado com o Movimento Unificado de Camponeses de Aguán (MUCA), e rechaçamos a proposta que tentam impor em benefício dos bancos privados (FICOHSA).

10. Exigimos a libertação imediata do companheiro Humberto Castillo, preso político do estado.

Resistimos e Venceremos!

21 de janeiro de 2012

Central Geral dos Trabalhadores de Honduras

Confederação Unitária dos Trabalhadores de Honduras

Frente Nacional de Resistência Popular

Tradução: Daniel Oliveira – PCB Partido Comunista Brasileiro

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