Golpistas na Venezuela: a ajuda humanitária como negócio e fraude
Álvaro Verzi Rangel
Resumen Latinoamericano
Desvio de dinheiro, malversação de fundos para ajuda humanitária, inflação de cifras, fraude e ameaças foram usados pela equipe do autoproclamado presidente interino venezuelano Juan Guaidó para se cercar de luxos, com a desculpa de tentar derrubar o presidente Nicolas Maduro para tomar o poder e os recursos do país.
Mas mesmo nisso os opositores venezuelanos não são originais. O casal Clinton tem um histórico sombrio no Haiti. Bill Clinton enviou 20.000 soldados norte-americanos em uma operação ironicamente chamada de “Restauração da democracia” e cobrou a fatura: chantageou para que fosse liberado o comércio do arroz, baixando as taxas aduaneiras de 50 para 3%, a fim de que o cereal americano (que sua família produzia em Arkansas) passasse a custar 40% mais barato do que o do Haiti. Era uma nova definição de ajuda humanitária, que significou a destruição do setor camponês e desencadeou aumento das taxas de diabetes entre os haitianos. E talvez tenha servido de exemplo para a apropriação de fundos que deveriam ser destinados à alimentação, saúde, moradia, entre outros itens, dos povos em situação crítica.
Após a nomeação de Hillary Clinton como secretária de Estado em 2009, Bill foi apontado como enviado especial da ONU ao Haiti. Isso tornou mais fácil para os Clinton ampliar o espectro de influência sobre as decisões de ajuda externa no pequeno país. Após o terremoto que devastou Port-au-Prince em 2010, Bill Clinton foi nomeado “co-presidente da Comissão Interina para a Reconstrução do Haiti”. De acordo com o Wall Street Journal, “o Departamento de Estado começou a dirigir para a Fundação Clinton os interessados em competir por contratos para reconstruir o país”. Menos de 1% de “ajuda humanitária” foi administrado através do governo ou organizações haitianas. 99% foram gerenciados por empreiteiras estrangeiras e ONGs internacionais, especialmente espanhóis e estadunidenses.
Durante os meses seguintes ao terremoto, a USAID concedeu quase 200 milhões em contratos de ajuda e reconstrução, mas apenas 2,5% foram para empresas haitianas. Em 2016, uma série de documentos desclassificado mostraram que, durante a gestão de Hillary como secretária de Estado, os “amigos de Bill” receberam prioridade para executar doações e, posteriormente, os colocava à frente da lista de adjudicação de contratos para a reconstrução.
As denúncias contra o pessoal de Guaidó
A primeira denúncia foi feita por Orlando Avendaño no portal da extrema direita de Miami, Panam-Post, onde ele lembrou que a oferta feita para atrair alguns membros das forças armadas venezuelanas a abandonar o presidente constitucional Nicolas Maduro seria tratá-los como heróis, garantindo seu futuro. Os desertores militares acabaram ficando em sete hotéis em Cúcuta. Escândalos, prostitutas, álcool e violência; estadia em hotéis, manutenção deles e de sua família; medicamentos, alimentos, bebidas, hospital, proteção oficial colombiana: tudo o que eles precisavam.
O Ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Jorge Rodriguez, disse que desde 23 de março vem denunciando com provas “a rede de corrupção e conspiração internacional contra o país a partir de Cúcuta” pelo presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, com dinheiro enviado (centenas de milhares de dólares) para recrutar assassinos, sob a desculpa de distribuir ajuda humanitária à população.
Juan Guaidó, enquanto isso, tuitou: “A delegação na Colômbia tem lidado com a situação militar naquele país com austeridade e limitações econômicas. Em face de reclamações, peço ao Embaixador Calderón Berti que solicite formalmente às agências de inteligência colombianas a investigação necessária. Transparência antes de tudo!”
O Secretário Geral da OEA também tentou distanciar-se da corrupção, que todos (incluindo ele) conheciam: “Pedimos às autoridades competentes investigação esclarecedora sobre as graves acusações aqui formuladas, determinando a responsabilidade e a prestação de contas. Não há democratização possível sob a opacidade dos atos de corrupção”.
A partir do fracasso da Operação Cúcuta em 23 de fevereiro, uma rede de corrupção foi tecida. Os ex-deputados José Manuel Olivares e Gaby Arellano conduziam a parte operativa relacionada aos esforços para fazer entrar ajuda humanitária de Cúcuta e a eventual possibilidade de uma ruptura militar na fronteira, que levaria ao grande triunfo da campanha de ajuda humanitária para a Venezuela. Mas foi um fracasso.
Em 24 de fevereiro, o dia em que alguns militares cruzaram a fronteira para a Colômbia, Guaidó assinou uma carta que autorizou Rossana Barrera e Kevin Rojas, ambos militantes da Vontade Popular (VP), a atenção de comando, logística e segurança de “cidadãos venezuelanos, civis e militares que entram no território colombiano buscando ajuda e refúgio”. Barrera é a cunhada do vice-presidente Sergio Vergara, braço direito de Guaidó, desde a prisão de Roberto Marrero.
O governo da Colômbia estava cuidando do pagamento de hotéis de uns, e a ACNUR, a agência da ONU para refugiados, de outros, incluindo os hotéis Hampton Inn e Antigua Villa em Villa del Rosario. Para o pessoal de Guaidó, correspondia o pagamento dos hotéis Ácora e Vasconia.
Os alarmes se confirmaram quando Barrera e Rojas começaram a levar uma vida de milionários, desenvolvendo uma rede inteira para desviar recursos relativos à ajuda humanitária e ao apoio dos militares em Cúcuta: hotéis, clubes, bebidas, refeições e roupas caras lojas de Bogotá e Cúcuta, relatórios de locação de veículos e pagamentos em hotéis com sobretaxas, sem prestar contas a ninguém.
Outro incidente, do qual o Governo da Colômbia estava ciente, estava relacionado ao número de soldados em Cúcuta. A informação oficial, fornecida por Guaidó ao governo de Iván Duque, foi de mais de 1.450 funcionários. No entanto, uma avaliação paralela da inteligência colombiana concluiu que Barrera e Rojas inflaram o número de desertores. Realmente foi cerca de 700.
Em 15 de maio, cerca de 60 desertores das forças armadas da Venezuela e suas famílias foram despejados do hotel onde estavam abrigados na Colômbia devido a dívidas com o alojamento. Em meados de maio, os responsáveis pela operação em Cúcuta propuseram organizar um jantar de caridade no luxuoso restaurante Pajares Salina Bogotá, a fim de levantar fundos para manter os soldados e suas famílias, contra o que se opôs o “embaixador” de Guaidó, Calderón Berti. O jantar foi finalmente cancelado.
Os serviços de inteligência colombianos alertaram Caracas: “Leopoldo Lopez e Juan Guaidó se inteiraram de tudo que faziam Rossana Barrera e Kevin Rojas”, que foram separados, apesar da forte defesa da turma de Guaidó, tentando desviar a atenção contra Calderón Berti. Em uma auditoria realizada em Bogotá, Barrera reconheceu apenas ter praticado cem mil dólares de despesas durante sua estada em Cúcuta.
O roubo dos fundos da Citgo
Calcula-se em 800 milhões de dólares o roubo dos fundos pertencentes à Citgo estatal, uma subsidiária da Petróleos da Venezuela (PDVSA), planejado e executado por membros da Vontade do Povo e pela rede de corrupção criada por Guidó, seu mais visível dirigente, logo após sua autoproclamação em 23 de janeiro.
São vários os delitos cometidos pelos líderes do VP, empenhados em receber e apropriando-se de grandes somas de dinheiro que foram originalmente destinadas a facilitar, em fevereiro passado, uma intervenção militar a partir de Cúcuta, Colômbia, com a desculpa para fazer entrar suposta “ajuda humanitária” na Venezuela.
O modus operandi de Guaidó é roubar os recursos de qualquer empresa venezuelana no exterior, em cumplicidade com os governos da Colômbia, Estados Unidos e Argentina. Depois de obter os recursos, Guaidó e seus colaboradores mais próximos, todos pertencentes ao Partido da Vontade Popular, criam ONGs fictícias para receber o dinheiro e depois transferir para contas pessoais.
Citgo, subsidiária da PDVSA, foi ilegalmente apropriada por autoridades estadunidenses em conluio com dirigentes da oposição fugitivos da justiça como Carlos Vecchio, nomeado ilegalmente membro do sua junta diretiva e “embaixador” da Venezuela em Washington, como uma condição prévia para a apropriação e desvio de fundos estatais venezuelanos. A rede de corrupção criada por Juan Guaidó e líderes de seu partido é uma das principais razões para a aparente fratura da oposição.
Toledo e a “Casa da Liberdade”
Logo após o escândalo produzido em razão do roubo de recursos e dinheiro destinados a “ajuda humanitária” em Cúcuta, Colômbia, pela liderança da oposição, o editor da PanAm Post, Orlando Avendaño, entrevistou Lester Toledo, político fugitivo da justiça venezuelana e membro da turba liderada por Juan Guaidó e o fugitivo Leopoldo López.
A Freedom House, instituição ligada ao Departamento de Estado, ajudou a preparar politica e financeiramente a oposição venezuelana e paga o escritório de advocacia Foro Penal, defendendo atores violentos que participaram em sucessivas operações perturbadoras e desestabilizadoras (entre 2014 e 2017). Além de financiar Toledo, fornece treinamento técnico a ONGs e fundações relacionadas ao antichavismo.
A Rede Atlas (Atlas Economic Research Foundation), internacional do capitalismo ultramontante que funciona através de um vasto conglomerado de fundações, institutos, ONGs, grupos de reflexão e empresas ligadas entre si por pequenos fios detectáveis, que ajudou a alterar o poder político em diferentes países, é uma extensão tácita da política externa dos EUA. Os associados a Atlas são financiados pelo Departamento de Estado e a Fundação Nacional para a Democracia (National Endowment for Democracy, NED), braço crucial do soft power estadunidense, patrocinado, entre outros, pelos irmãos Koch, poderosos bilionários ultraconservadores e várias transnacionais.
A NED e o Departamento de Estado, cujas instituições públicas funcionam como centros de operação e implantação de linhas e fundos como a Fundação Pan-Americana de Desenvolvimento (FUPAD), a Freedom House e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), são os principais atores que distribuem diretrizes e recursos, em troca de resultados concretos na guerra assimétrica de que participam.
Mas, além disso, Toledo afirma que é “muito bom organizar” campanhas eleitorais. Na entrevista assinala que aconselhou a campanha presidencial de Guillermo Lasso no Equador, ligado ao lobby político dos espanhóis Mario Vargas Llosa e Felipe Gonzalez, que também nutrem simpatia pelo governo fictício. Ele fez o mesmo com a campanha de José Antonio Meade no México, muito próxima do establishment norte-americano.
Como membro da VP, a coordenação com vários líderes políticos o ajuda a ampliar o raio de influência da agenda golpista contra a Venezuela na região, sobretudo na América Central, e o acesso a fundos que muitas vezes são recursos reservados às presidências de países aliados-cúmplices dos EUA.
A oposição recebe, desde os EUA, fundos para os planos golpistas, através de ONGs, fundações, contatos com jogadores milionários de beisebol (José Altuve) e empresários venezuelanos (Lorenzo Mendoza, Grupo Polar). Ao ser perguntado sobre como a embaixada virtual de Carlos Vecchio é mantida em Washington, ele refletiu sobre os migrantes da Venezuela e o tipo de trabalho que devem ocupar, sempre segundo sua classe ( “somos uma classe de elite”, disse ele).
Toledo considerou normal que todos os membros do seu partido obtiveram um trabalho “de que eles gostam”, e é uma coincidência que todos se encontrem em posições-chave relacionadas aos promotores dos mecanismos golpistas na Organização dos Estados Americanos (OEA) e na embaixada virtual nos Estados Unidos. “Alguns já tinham dinheiro e teriam como ficar muito tempo sem trabalho. Outros, eu não sei”, ele lavou as mãos. “Eu fui para o exílio sem nada, eu tinha no máximo 200 dólares, e a Freedom House me ofereceu esse apoio enquanto eu vendia minhas coisas. Montei um pequeno fundo e comecei a ver como eu continuava até conseguir um emprego.
Na entrevista, Avendaño ressalta que os empresários de Cúcuta informaram que doaram muito dinheiro para ONGs venezuelanas e não sabem onde está esse dinheiro. Toledo, coordenador internacional da Coalizão Ajuda e Liberdade, não respondeu a este ponto, mas admitiu que, em janeiro, Caroline Kennedy, filha do presidente Kennedy, viajou para Cúcuta e deu uma grande doação (100.000 dólares) a uma ONG. “Eu acho que aos venezuelanos em Cúcuta, dirigido por Eduardo Espinel “, um homem próximo a Iván Duque.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, em meio a esse escândalo, lançou um tweet dizendo que seu país havia doado 213 milhões de dólares para ajuda humanitária à Venezuela. “Todas essas doações foram feitas com os recursos que eles deram. Mas não é que eles nos dão o dinheiro, eles têm seus controles internos com suas ONGs”, disse Toledo. Acrescentou que, no dia 14 de fevereiro, na OEA, sob os auspícios de Almagro, foi montado um superevento, com mais de 60 declarações de “personalidades”. “Então os países, em uma espécie de leilão, começaram a doar. Eu coloquei vinte mil, coloquei 20 milhões”. “E, irmão, a certa altura havia mais de cem milhões de dólares”, acrescentou ele.
Toledo narra que quando terminou o evento, foi decidido com Almagro que, como o “governo interino” sequer tinha uma conta, que seria criado um fundo humanitário e esse número de conta seria divulgado em todos os países para arrecadar doações. Já o Canadá havia contribuído com 40 milhões de dólares para a mobilização na fronteira do Brasil. “Naquela conta do fundo da OEA havia, até hoje, zero. Portanto, eu ratifico: nem o que os países doaram nem os fundos do concerto foram usados para a ajuda humanitária”, concluiu.
O Governo da Colômbia não apenas se irritou e se sente traído em sua condição de “aliado” da oposição venezuelana, por causa das transações fraudulentas feitas pelo pessoal de Guaidó, mas também porque este nunca informou sobre as negociações que tiveram lugar em Oslo com os representantes do governo. Há um mês, Guaidó e López tomaram conhecimento das ações corruptas de seus emissários em Cúcuta, mas até agora não se disseram inteirados do assunto.
Barrera e Rojas foram também corresponsáveis pela gestão das toneladas de ajuda humanitária estacionadas em Cúcuta e doadas por vários países, juntamente com Miguel Sabal, designado por Guaidó para lidar com tudo relacionado à USAID: 60% de todos os alimentos doados por vários governos, como o chileno, foram perdidos, apodreceram nos galpões. A ajuda não só nunca chegou ao povo venezuelano, tampouco a algum venezuelano na Colômbia, desertor, traidor ou migrante.
Estas comprovadas denúncias despertaram alarmes e investigações em vários governos sul-americanos, que também enviaram a sua “ajuda” à oposição venezuelana, ao mesmo tempo em que financiavam os “embaixadores” e “enviados especiais” daquele que agora já não é mais apresentado como “presidente interino”, mas apenas como “Presidente da Assembleia Geral”.
O website de extrema direita PanAm Post e, em seguida, o próprio secretário da OEA Luis Almagro se encarregaram de desvendar a corrupção massiva em Cúcuta, por ocasião da divulgação do fracassado concerto Venezuela Live Aid. Chama a atenção que Almagro agora fala da corrupção na comitiva de Guaidó, praticamdnte seu afilhado político, ao passo que ele desviou o olhar para casos como os de Peña Nieto, Michel Temer, Juan Manuel Santos, vários líderes da América Central (obviamente à direita) e os últimos cinco presidentes peruanos.
Jets privados, Richard Branson (multimilionário empresário inglês, proprietário do Grupo Virgin), os artistas medíocres do miameiro Emilio Estefan, presidentes, políticos pilantras, Almagro, voos charter de Caracas cheios de burgueses ricos mas em “crise humanitária”, deputados antichavistas, o uribismo, militares estadunudenes e da CIA, paramilitares, traficantes de drogas, cana, rum e uísque, cocaína colombiana, prostitutas, e um megaconcerto com escasso público. Foi nesse mesmo dia em fevereiro, quando o deputado Freddy Superlano e seu primo, com duas prostitutas, foram drogados e roubados em um hotel, enquanto outro deputado da oposição, Lorent Saleh, foi preso com um amigo, denunciados por abuso sexual.
A farsa
Enquanto isso, Guaidó, Duke, Piñera e Almagro sacavam o saldo de um concerto que não arrecadou quase nada (era uma fraude sob todos os pontos de vista) e se prepararam para a farsa da entrada de “ajuda humanitária” na Venezuela no dia seguinte. Vilca Fernández, José Manuel Olivares e Gaby Arellano prepararam seus grupos de choque. O espetáculo mudou de um dia para outro: da festa, das selfies na folia e da euforia se passou para as tropas de choque, os coquetéis molotov, a violência, a farsa.
Nunca houve qualquer intenção de ajudar alguém: a centrífuga de recursos acabou na corrupção binacional desenvolvida sob o disfarce do presidente autoproclamado, apoiado pela Secretaria-Geral da OEA e por vários presidentes latino-americanos e europeus.
Que tipo de sentido tem a oposição venezuelana e os Estados Unidos pretenderem levar ajuda ao povo venezuelano se eles próprios foram arquitetos, planejadores e implementadores de um bloqueio econômico que está gerando sérios prejuízos à população?, se perguntam os analistas da Operação Verdade.
O roubo de milhões e milhões de dólares supostamente para fins humanitários fez parte do plano de criminosos usando máscaras de políticos, que veem a situação atual como uma carreira política a médio e longo prazo e de um bem-estar econômico para toda a vida. Os Clintons e as ONGs americanas e europeias já sabiam: a ajuda humanitária pode ser um grande negócio.
E como corolário, uma dúvida permanece: as autoridades da República Dominicana prenderam seis venezuelanos ligados ao caso da apreensão de mais de 1,3 milhões de dólares que foram sacados fora do país em um avião através do Aeroporto Internacional de La Romana (leste). As autoridades explicaram que as investigações continuam a estabelecer se é uma rede de crime organizado dedicada ao tráfico de drogas e à lavagem de ativos resultantes dessa atividade criminosa a quem ela beneficiava.
Talvez seja um caso policial. Ou talvez político-criminoso. A oposição, através das redes sociais, quis envolver (por similaridade de sobrenomes dos presos) as autoridades do governo, mas cresce a possibilidade de que sejam atividades criminosas usadas para financiar a oposição radical. Se não, por que aqueles 1,3 milhões de dólares em ingressos foram para Caracas?
*Sociólogo venezuelano, codiretor do Observatório em Comunicação e Democracia e do Centro Latinoamericano de Análise Estratégica (CLAE)
Venezuela. La ayuda humanitaria como negocio y estafa impune