PCV: “A ultradireita venezuelana e internacional já tem seu rosto para as eleições de 7 de outubro”

Segunda-feira, 13 de Fevereiro de 2012 15:48

Carolus Wimmer (centro), Perfecto Abreu (esquerda) e Carlos Aquino (direita) na coletiva de imprensa do Bureau Político do PCV

Caracas, 13 fev. 2012, Tribuna Popular TP.- O Bureau Político do Partido Comunista da Venezuela (PCV), ao analisar as eleições primárias da oposição, resumiu sua opinião numa frase ao assinalar que “Podemos dizer que a ultradireita venezuelana e internacional já tem seu rosto para as eleições de 7 de outubro”.

Assim, manifestou o secretário de relações internacionais e membro do Bureau Político do Galo Vermelho, Carolus Wimmer, em sua habitual coletiva de imprensa na segunda-feira.

Wimmer, ao fazer esta afirmação, destacou à imprensa: “Esse rosto apresentado ontem, representa o empresariado, o lobby sionista venezuelano; representa a ultradireita fascista”.

E acrescentou: “Esse rosto não representa, nem sequer os eleitores que foram ontem às urnas nas primárias”. Enfatizando que, tampouco, é um candidato “jovem” contra Chávez, pois “É um candidato bem conhecido da política venezuelana, um aprendiz de Copei, é uma pessoa que cumpre algumas de suas funções com uma imensa máquina midiática”.

O discurso de que na Venezuela existe uma ditadura foi desmentido

Para o Partido Comunista, no dia de ontem, pela primeira vez, ficou claro que os venezuelanos vivem numa democracia plena, participativa e protagonista, na qual foram realizadas as primárias da oposição com plena tranquilidade e com o apoio e resguardo do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), das Forças Armadas Nacional Bolivariana (FANB) e, inclusive, do próprio governo.

“Foi desmentido o discurso difundido por anos e repetido a nível internacional, de uma suposta “falta de liberdade” na Venezuela. É preciso reconhecer, queiram ou não, que existe uma democracia plena e liberdade de expressão no país”, destacou Wimmer.

As denúncias contra o CNE foram desacreditadas por si só

Frente às permanentes denúncias feitas por porta-vozes opositores de que o Poder Eleitoral venezuelano desenvolve um sistema manipulável contra a oposição, na opinião dos comunistas venezuelanos, estas afirmações foram desacreditadas por si só.

“Todas essas denúncias contínuas são desacreditadas por si só – afirmou.

Para o PCV, a oposição sempre vai desqualificar as Instituições do Estado, “Essa é sua tarefa como oposição não democrática. O povo venezuelano tem que recordar-se de que estas pessoas não surgiram este ano do nada. Todas elas estiveram presentes nos acontecimentos de 2002, 2003 e 2004. Estavam atuando no sentido de desacreditar a Constituição, desacreditar as instituições do Estado e é isso que continuarão fazendo”, afirmou.

O objetivo da ultradireita é montar um governo empresarial na Venezuela

Para o PCV, a oposição da ultradireita venezuelana tem como objetivo desqualificar as instituições do Estado, a Constituição da República Bolivariana, assim como a todas as conquistas sociais, pelas quais o povo e os (as) trabalhadores (as) lutam duramente, para desmontar os avanços alcançados e impor um governo empresarial ao estilo do Panamá e Chile.

“Através das grandes campanhas midiáticas assessoradas pelos Estados Unidos, colocam discretamente representantes do empresariado nos governos”, precisou.

O programa de governo apresentado pela MUD representa os interesses da elite empresarial, num regresso à velha política “que nenhum povo almeja”. Representa, ainda, o que já fracassou na Venezuela e nos países mais industrializados: a aplicação das privatizações e retrocesso do país às políticas neoliberais que estão se afogando com a crise capitalista existente no mundo, com o desmonte de todos os direitos dos trabalhadores.

3 milhões de votantes não são suficientes para ganhar a presidência em 7 de outubro

O Partido Comunista manifestou que, no dia de ontem, os partidos da ultradireita agrupados na MUD, não foram capazes de mobilizar a maioria de seus eleitores, já que na penúltima eleição chegaram a pouco mais de 4 milhões e na última aproximadamente aos 5 milhões.

Desafios dos (as) revolucionários (as) e setores progressistas

“Nós devemos ser muito mais exigentes e o nosso desafio, do Partido Comunista da Venezuela e dos setores progressistas e revolucionários bolivarianos, é não nos distrairmos no debate sobre a direita venezuelana. Nosso desafio é permanecer trabalhando para a transformação do país, continuar trabalhando para a conscientização dos (as) trabalhadores (as), homens, mulheres e jovens para aprofundar o processo revolucionário e alcançar uma clara e contundente vitória em 7 de outubro com nosso candidato”, disse Carolus Wimmer, também deputado do Parlamento Latino-americano.

VÍDEO:

http://www.tribuna-popular.org/index.php?option=com_content&view=article&id=931

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza (PCB)