Pelo direito à moradia! Lutar não é crime!

imagemUJC do Ceará

Eles não ligam para nós!

Não satisfeito em prosseguir com sua gestão ilegítima, promovendo ações contrárias à democracia universitária, o interventor Cândido Albuquerque, à frente da reitoria da UFC, agora tenta desapropriar famílias moradoras do Campus do Pici. Em meio a uma pandemia, nos deparamos com a notícia sobre o pedido de reintegração de posse feito pela Universidade Federal do Ceará em uma área que é ocupada por 58 famílias há mais de 50 anos.

Enquanto milhões de brasileiros e brasileiras estão sem casas, sem ter o que comer, sem educação e em situações de vulnerabilidade social, a UFC quer convencer a comunidade acadêmica de que precisa despejar 58 famílias de suas casas para construção de um Parque Tecnológico que visa atrair empresas de tecnologia para a universidade. Por que para a construção do Parque Tecnológico é preciso desapropriar famílias? Quem convive no Campus do Pici sabe que existem múltiplas áreas que são possíveis para a construção do “Polo Tecnológico”.

A Reitoria está seguindo à risca a cartilha cruel do governo federal. É de conhecimento que o nosso governo não liga se o povo tem fome e pessoas estão sem lugar para viver, a nossa Reitoria pelo visto também não se importa com isso, dizem que a única opção é despejar as famílias e diz essa ser a “normalidade” jurídica a ser defendida. Não tenhamos dúvida, essa ação judicial de despejo contra as moradias dessas famílias é uma política PERVERSA e CRIMINOSA.

Fortaleza hoje ocupa o lugar de 9ª maior economia do país, porém esse crescimento não veio livre de contradições, tendo o 4º maior déficit habitacional das regiões metropolitanas de capitais e, com o início da pandemia, a 5ª capital em maior desigualdade social do país. É nesse contexto que a UFC entra com pedido de reintegração de posse, ignorando o que seria a atuação da universidade em prol da comunidade.
Em nome do capital, bolam um plano de tirania contra a vida da população pobre, de despejo e destruição da vida de dezenas de famílias. Com isso, intimamos: interventor, deixem as famílias em suas casas em paz!

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