Chávez denuncia plano oculto de oposição para boicotar resultados de eleições

18/06/12.- O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou, nesta segunda-feira, que tem conhecimento de um plano “oculto” da ultradireita da oposição para boicotar os resultados das eleições do próximo dia 7 de outubro.

Durante sua intervenção, via telefônica, na roda de imprensa do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), o mandatário assegurou que estão prontos para responder “vigorosamente” a qualquer ameaça à independência do país sul-americano.

“Sem que soe como ameaça: Se tomam esse rumo, vão se arrepender. Responderemos com muito vigor, aprofundando a Revolução Socialista, como fizemos em 11 de abril e depois da sabotagem petroleira. Essa seria nossa resposta (…). Sairemos às ruas, no campo, estamos dispostos a defender a democracia, a institucionalidade e a paz do país”, disse Chávez.

“Há que se neutralizar – com o menor dano possível, sem que haja uma gota de sangue, peço a Deus, com o mínimo de sofrimento e angústia, tomara que seja zero – os planos ocultos que estão por trás da candidatura a oposição”, adiantou o presidente venezuelano.

“Eles pretendem que se gerem fatos de violência maior para logo tratar de aplicar a fórmula Conselho de Segurança das Nações Unidas, intervenção da OTAN, dos EUA, das forças imperialistas na Venezuela, revelou Chávez.

Disse ainda que o candidato da oposição está “desesperado” e em campanha antes do permitido pela lei eleitoral – a diferença percentual entre ambos se mantém em 20 pontos, segundo demonstram as últimas pesquisas.

O chefe de Estado criticou novamente o plano de Governo “nada apresentável” do candidato opositor, Henrique Capriles Radonski, e reiterou que seu projeto – em marcha há 13 anos – tem claros os objetivos estratégicos e históricos para a nação.

Assegurou que não participará em debate algum com Capriles Radonski, pois considera que o representante da oposição venezuelana não tem propostas sérias para discutir.

“Um debate me daria muita vergonha porque aí o que há é o nada (…). Não há nada para debater, não há ideias, não há anda, é o chayotismo”, apontou.

Com respeito ao início formal da campanha eleitoral, no próximo dia 1° de julho, o mandatário assegurou que o que sua equipe fará “austera e seriamente”, com fundos que o PSUV “tem arrecadado”.

“Faremos nossa campanha, que terá muita força porque temos um programa que não nos envergonha, não o escondemos nem o cobrimos”, disse.

A direita alemã aumenta sua ingerência em Venezuela

Autor: Agência Venezuelana de Noticias (AVN)

18/06712.- Nesta quarta-feira, o ex-ministro de Economia e Ciência alemão, Michael Glos, se encontrará cm o candidato da oposição, Henrique Capriles Radonski, e com outros membros da denominada Mesa da Unidade Democrática na residência do embaixador alemão, George-Clemens Dick, em Caracas.

O jantar é parte de uma visita de quatro dias que este deputado do Parlamento alemão fará à Venezuela. A visita do membro da regionalista e conservadora União Social Cristiana (CSU), aliada em nível nacional à União Democrática Cristiana (CDU) da chefa de governo alemã, Angela Merkel, não prevê encontros com representantes dos partidos políticos que apoiam o governo do presidente Hugo Chávez.

A viagem do político de 68 anos, originário do Estado Federal da Baviera, acontece poucas semanas depois que a diplomacia alemã forçou a União Europeia a intervir na campanha eleitoral na Venezuela, apoiando abertamente a oposição e exigindo a presença de seus observadores nas eleições presidenciais de 7 de outubro.

Para fins de junho, está prevista a viagem do candidato da oposição à Alemanha, onde será recebido pelos dois partidos do governo, a CDU e a CSU. Segundo informou AVN, a organização da viagem ficou a cargo da embaixada alemã em Caracas.

Glos chegará nesta segunda-feira, dia 18, em vôo direto procedente de Frankfurt. O embaixador alemão Dick o esperará no aeroporto de Maiquetía. À noite, receberá informações sobre a situação na Venezuela num jantar do qual participarão representantes da Câmara do Comércio Alemã-Venezuelana e das fundações próximas dos partidos políticos alemães. Em Caracas, a CSU está representada indiretamente através da fundação Hanns Seidel Stiftung (HSS). Desde que Capriles assumiu o governo de Miranda, a HSS mantém um projeto com o Instituto Autônomo da Polícia de Miranda.

Para terça-feira, dia 19, o alemão tem previsto primeiro reunir-se com parlamentares da Assembléia Nacional, mas não se especificou quem será nem a que partidos pertencem. Depois Glos se encontrará com o ministro para Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Menendez, segundo o programa previsto. Para as três da tarde, tem prevista uma visita ao Banco Central da Venezuela. À noite, acontecerá uma recepção na residência do embaixador alemão à qual foram convidados representantes da Economia alemã, das Câmaras de Comércio e de outras instituições alemãs.

Na quarta-feira pela manhã, Glos fará uma conferência na Universidade Metropolitana, organizada pela HSS. Para as 11 horas, o ex-membro do gabinete de Merkel se dirigirá primeiro à PDVSA e, depois do almoço, a outro encontro que terá com o Ministério do Poder Popular da Energia Elétrica.

Ao jantar com o candidato da oposição na residência do embaixador também estão convidados os dirigentes da MUD, o copeyano Guilherme Aveledo e o membro fundador do Primero Justicia, Armando Briquet.

Na quinta-feira, Glos terminará sua visita à Venezuela reunindo-se primeiro com Jorge Botti, de Fedecameras, e Vitor Maldonato, da Câmara de Caracas, e mais tarde com integrantes de Empreven.

Em seus “informes trimestrais”, que a HSS costuma publicar em sua página na web, a fundação não oculta sua rejeição ao processo bolivariano. Os artigos são escritos como notas de imprensa da oposição: “Chávez poderia ter contratado hackers” (contra a MUD); “Na Venezuela, a violência está fora de controle” e “Chávez se considera curado e se apresentará novamente para 2012” são alguns dos títulos que foram aparecendo no informe conjunto para os últimos dois trimestres de 2011.

A HSS está presente em Venezuela desde 1984. No continente de Bolívar, sua sede está em Bogotá e o seu responsável é Klaus G. Binder, com sede em Bogotá, tanto pelos seus projetos relacionados com a Colômbia quanto pelos com Cuba e Venezuela.

Entre maio e junho de 2011, o chefe do “Instituto para a Colaboração Internacional”, Christian J. Hegemer, esteve na Venezuela para adaptar o trabalho da HSS à “Lei de defesa da soberania política e autodeterminação nacional”. Depois foi à Colômbia, onde ele e Binder receberam a “Ordem do Congresso da República da Colômbia no Grau de Cruz de Cavaleiro”.

Em 2010, o número dois da HSS, o diretor-geral Peter Witterauf esteve na Venezuela porque considerava “imprescindível” o trabalho de sua fundação na República Bolivariana. Sublinhou a importância de “mostrar à população as alternativas ao governo Chávez e de apoiar da melhor maneira possível as forças conservadoras no país”.

A HSS afirmou que aposta em seminários em universidades privadas e públicas nas quais apresenta alternativas ao “Socialismo do século XXI”, como, por exemplo, a denominada “Economia Social de Mercado”, o modelo do capitalismo da Alemanha federal que, entre 1949 e 1990, competiu contra o socialismo alemão oriental e que mais tarde desembocou no neoliberalismo.

Há 40 anos, tanto a CDU quanto a CSU respaldaram as forças contrárias ao presidente chileno Salvador Allende quando seletos deputados lhes levaram dinheiro em espécie fazendo uso de sua imunidade diplomática. Depois do golpe de Estado de 1973, ambas as organizações apoiaram o ditador Augusto Pinochet. Além da ajuda econômica, ofereceram apoio político minimizando as violações dos Direitos Humanos. “Com o tempo ensolarado a vida no estádio é bastante agradável” disse o então secretário-geral da CDU, Bruno Heck.

O então ministro-presidente da Baviera, Franz-Josef Strauss, com apoio do presidente da CSU, visitou também a denominada Colônia Dignidade, de seu amigo, o convicto pederasta Paul Schäfer, a qual serviu à ditadura como centro de detenção e tortura. Até hoje em dia, o Estado alemão e seus partidos políticos mantém um silêncio absoluto em torno da preparação e da consolidação da ditadura de Pinochet.

A Missão é assolar os Governos revolucionários da América Latina

Capa da USAID confessa financiar opositores em Cuba e Venezuela

Autor: aucalatinoamericano

Junho 18 de 2012 .- Cuba e Venezuela “são países em que continuamos dando um aporte muito importante a grupos civis, que estão lutando pelos direitos humanos e pela democracia”, confessou ontem o administrador adjunto para América Latina e Caribe da USAID, Mark Feierstein.

A agência para o desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) mantém um apoio “importante” à democracia na região, disse o funcionário.

“Colocamos muita ênfase nos temas da democracia”, disse Feierstein aos jornalistas.

No ano 2002, esse chefe regional da USAID, especialista da ingerência, trabalhou como estrategista na campanha eleitoral do ex-presidente boliviano Gonzalo Goni Sanchez de Lozada e seu Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR). “Goni” foi quem ordenou o massacre sanguinário que causou a morte de 67 pessoas, com 400 feridos todos civis, durante a denominada “guerra do gás”, em outubro de 2003. Fugitivo da Justiça boliviana, mora atualmente nos EUA.

Tão humanitários são os ideais de Feierstein que foi sucessivamente nomeado nos anos de 1990 como gerente de projeto na Nicarágua, na operação suja realizada pela National Endowement for Democracy (NED), subsidiária da USAID; diretor para a América latina e Caribe do Instituto Democrático Nacional, outro instrumento de intervenção imperialista subsidiado pela USAID; e Assessor Especial do Embaixador dos Estados Unidos na OEA.

Categoria