Seminário Internacional da UJC avalia luta anti-imperialista e anticapitalista na América Latina

A União da Juventude Comunista (UJC) realizou nesta semana, no Rio de Janeiro, a abertura do Seminário Internacional de Solidariedade entre os povos: Juventude e a luta anti-capitalista e anti-imperialista na América Latina.

O evento, prévio ao VI Congresso Nacional da UJC, contou com as participações de Rolando Amarilla, representante da Juventude Comunista Paraguaia (JCP); José Briceño, da Juventude Comunista Venezuelana (JCV); Hanoi Sanchéz Rodrigues, da UJC de Cuba e também secretário-geral da Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD); Juan Pablo, do movimento colombiano Marcha Patriótica; Mauro Iasi, presidente da Associação de Docentes da UFRJ e membro da Comissão Política Nacional do PCB; além de Luis Fernandes, representando a UJC-Brasil. O evento contou também com representante da Juventude Comunista da Grécia (KNE, na sigla em grego).

Amarilla destacou a conjuntura política venezuelana e as eleições presidenciais que se avizinham em seu país afirmando que as forças progressistas do continente devem expressar seu apoio à candidatura de Hugo Chavez por esta representar a possibilidade de aprofundamento da luta antiimperialista na Venezuela. Na opinião da JCV, afirmou, a eleição de Chavez possibilita às forças revolucionárias avançarem no debate sobre a construção do socialismo na Venezuela. “Temos claro que ele não é marxista, mas a transição ao socialismo, no quadro da Venezuela, passa pela continuidade de seu governo”, afirmou.

Já Briceño disseminou os fatores que levaram à existência do golpe parlamentar no Paraguai, destacando a influência do capital – através de empresas como Cargill e Monsanto – na decisão da burguesia reacionária em levar adiante o impeachment de Fernando Lugo.

Hanoi discorreu sobre a revolução cubana e as últimas medidas econômicas adotadas na ilha, além de informar aos presentes sobre as próximas campanhas internacionais da FMJD.

Juan Pablo aproveitou sua fala para criticar a decisão, do último Fórum de São Paulo, ocorrido recentemente em Caracas, na Venezuela, de impedir o uso da voz pela senadora colombiana Piedad Córdoba, e lembrou aos presentes todos os indicadores – de assassinatos, perseguições, desaparecimentos de lideranças sociais e políticas- que fazem do Estado colombiano um estado verdadeiramente terrorista.

Iasi destacou a luta por uma educação popular como instrumento de transformação da sociedade, e informopu às delegações estrangeiras sobre o quadro do ensino superior no Brasil, em greve há várias semanas.

Por último, Luis Fernandes destacou que as lutas anti-imperialista e anticapitalista devem andar lado a lado, dado o grau de aprofundamento do consenso burguês e do papel dos estados na promoção de suas burguesias locais, exemplicando sua fala com as relações entre o BNDES e o empresariado brasileiro em sua busca por novos “mercados” nos países da América Latina.

Durante o seminário ocorreu ainda o lançamento da versão impressa da Revista em Quadrinhos que conta a História do PCB.

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