Rosa Luxemburgo e a luta revolucionária

PCB de Santos – SP

Nascida em 1871 em uma família judaica na Polônia ainda ocupada pelo Império Russo, Rosa começou a militar em um movimento operário ilegal em Varsóvia e, antes que fosse detida pela polícia imperial russa, foge para Zurique, na Suíça. Lá ela ingressa na universidade, onde estuda Ciências Naturais, Economia, Filosofia e Direito e, em 1893, aos 22 anos, a jovem revolucionária funda a Socialdemocracia do Reino da Polônia (SDKP), junto a outros socialistas.

Em 1897, Rosa defende seu doutorado com uma tese sobre o desenvolvimento industrial na Polônia e, no ano seguinte, inicia sua militância na Social-Democracia Alemã (SPD), aproximando-se de figuras como August Bebel, Paul Singer, Wilhelm Liebknecht, Karl Kautsky e construindo uma importante amizade com Clara Zetkin, destacada revolucionária marxista e feminista.

Com a obra “Reforma ou Revolução” (1899), Rosa passa a ter maior projeção nos meios marxistas, já que o escrito se trata de um acerto de contas com Eduard Bernstein, teórico alemão revisionista que, representando uma parcela da posição da direção do partido, havia publicado alguns artigos desconsiderando a necessidade da revolução e pautando reformas graduais e institucionais para se chegar ao Socialismo, ou seja, cedendo a orientação política e teórica do partido à ordem capitalista.

Presa diversas vezes por causa de suas intervenções públicas, a militante polonesa agitava as massas criticando duramente os conflitos de interesses entre as potências imperialistas. Atenta ao processo revolucionário na Rússia, Rosa escreveu na prisão em 1918 algumas notas intituladas “A Revolução Russa”, onde aponta algumas questões sobre reforma agrária, democracia, poder do Estado, etc.

Após ser libertada, Rosa passa a viver clandestinamente em Berlim e dirige o jornal “A Bandeira Vermelha”, órgão oficial da Liga Espartaquista, grupo à esquerda do partido e contrário às orientações de alguns votos no parlamento alemão, como o apoio à concessão de créditos para financiar a participação da Alemanha na guerra. Entre 1918 e 1919, Rosa participa da fundação do Partido Comunista Alemão, junto com Karl Liebknecht.

Com a queda do imperador e a proclamação da República de Berlim, o governo provisório é liderado pelo social-democrata Friedrich Ebert, que reprime brutalmente a insurreição espartaquista logo depois, utilizando-se de grupos paramilitares para acabar com o levante revolucionário.

Em 15 de janeiro de 1919, aos 48 anos, Rosa Luxemburgo é capturada e brutalmente assassinada por um destes grupos, a mando do governo social-democrata.

A vida e obra de Rosa Luxemburgo nos deixaram lições fundamentais, não apenas sobre a ameaça dos nossos inimigos de classe, mas também sobre o violento oportunismo daqueles que muitas vezes marcham conosco.

ROSA LUXEMBURGO, PRESENTE!