Congresso da UJC reafirma interação orgânica com o PCB


imagemCrédito: PCB

Pela primeira vez desde sua criação, ocorrida ainda na década de 1920, mais precisamente em 1927, os jovens comunistas conseguiram realizar dois congressos consecutivos – fato a ser comemorado por representar o amadurecimento da interação PCB-UJC. A comprovar isso, uma comissão representando o Comitê Central do PCB esteve presente ao evento e não apenas acompanhou os debates como participou deles através de painéis que versavam sobre as teses ao V Congresso.

No ato de abertura, que contou com a presença de representantes do PSOL, do PSTU e da Consulta Popular, destacou-se a intervenção do secretário-geral do PCB, Ivan Pinheiro, em defesa de uma frente anticapitalista e anti-imperialista permanente, para além das eleições; e em defesa da revolução cubana, violentamente atacada nas últimas semanas pelo imperialismo e a mídia internacional.

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Na mesma ocasião, a Fundação Dinarco Reis entregou à UJC a Medalha que leva o nome do “Tenente Vermelho”, em homenagem a José Montenegro de Lima, militante assassinado e desaparecido pela ditadura, em 1975, quando era o responsável nacional pelo trabalho juvenil do PCB.

Os debates do V Congresso, que se concentraram na atualização das linhas política e de organização da UJC, geraram resoluções que aprofundam a compreensão sobre as tarefas da juventude comunista em suas três frentes de atuação: Jovens Trabalhadores, Movimento Estudantil e Movimento Cultural. Por exemplo, foram aprovadas a prioridade de atuação junto à Unidade Classista, o fortalecimento do trabalho de base no ME e a realização de um seminário sobre Cultura, que será levado a cabo pela nova Coordenação Nacional.

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“Problemas existiram nesses últimos anos, e não foram poucos. Algumas debilidades também permanecem. Mas em se tratando de um processo de reorganização, que demandou a construção de políticas inteiramente novas, sobre temas para os quais não havia nenhum acúmulo, o saldo é extremamente positivo”, afirmou o ex-secretário de Organização da UJC, Heitor Oliveira.

De fato, a juventude do PCB retomou seu espaço em esferas internacionais ao estar mais presente no seio da Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD), o que permitiu ao movimento anti-imperialista juvenil dos cinco continentes um informe mais preciso sobre a conjuntura brasileira. Essa retomada explica inclusive as presenças de representantes das juventudes comunistas de Portugal e do Paraguai no V Congresso.

Agora, cabe à nova Coordenação Nacional levar adiante a tarefa de organizar os jovens comunistas. Profundamente renovada e com uma nova estrutura de funcionamento, a nova direção dos jovens comunistas foi eleita por aclamação, demonstrando a unidade da organização.

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