COMBATENDO A FALÁCIA DA LIBERDADE DOS CAPITALISTAS

Palavra de ordem gritada pelos militantes comunistas.

Sem serem convidados, vinte militantes comunistas “à paisana” promoveram um ato-relâmpago na noite desta segunda-feira, dia 12 de abril de 2010, no centro de eventos da PUC-RS, em Porto Alegre. Uma faixa com o dizer “A liberdade para os patrões é a opressão para os trabalhadores” foi aberta em meio ao salão montado para o XXIII Fórum da Liberdade, evento que reúne anualmente a nata do pensamento liberal na cidade de Porto Alegre/RS.

Henrique Meirelles, FHC, Armínio Fraga, presidentes de empresas como a Gerdau, a Renault-Nissan, o Itaú-Unibanco e a RCTV da Venezuela, foram alguns dos palestrantes escalados deste ano. Além do dono da RCTV, Marcel Granier (ganhador do prêmio “liberdade de imprensa” na noite de abertura do evento), outra estrela internacional do evento é o economista David Friedman, que se apresenta como “anarcocapitalista” e defende um ultraliberalismo, com a privatização de todas as instâncias do Estado, como as polícias e a justiça – ele diz que os “cidadãos” se organizariam como clientes de empresas de segurança para se defenderem das ameaças que sofressem, e estas empresas, por sua vez, contratariam tribunais para resolver os litígios, que por sua vez contratariam outras empresas e etc, etc. Muito diferente do que já vivemos?

Em meio ao protesto, que contou com panfletagem e foi puxado pelo Partido Comunista Brasileiro com apoio do PCML, da APS-PSOL e do PCR, o economista David Friedman apareceu com uma comitiva de jovens engravatados do movimento “Endireita Brasil!”, que sem sucesso tentou provocar alguns manifestantes. A governadora Yeda Crusius, muito esperada por todos neste primeiro dia do evento, por fim não apareceu e o ato terminou com nova panfletagem numa das entradas da universidade.

Rodrigo Fonseca, PCB-RS.