Milhares de uruguaios pedem julgamento para crimes da ditadura

MONTEVIDÉO, – Dezenas de milhares de uruguaios, entre eles o presidente, José Mujica, marcharam em silêncio pelas ruas de Montevidéo para reivindicar que sejam comunicados o paradeiro dos desaparecidos durante a ditadura militar que governou o país entre 1973 e 1985, assim como exigir o direito da Justiça uruguaia de investigar os responsáveis pelos crimes de guerra perpetrados naquela época.

Familiares das vítimas do regime militar vem afirmando que não será possível uma total reconciliação nacional até que se saiba o paradeiro de mais de 200 desaparecidos e se investiguem os autores dos crimes de guerra.

“Sem a verdade e a justiça, não há reconciliação”, foi a palavra de ordem da marcha que ocorre a cada ano desde 1996, segundo Europa Press.

Esta é a primeira manifestação deste tipo em 2010. No ano passado, o protesto fracassara  no pedido de anulação da polêmica lei que limita a ação da justiça para investigar violações dos direitos humanos durante a ditadura.

A coalizão governamental Frente Ampla estuda a possibilidade de acabar no Congresso com a lei. A mesma foi questionada por órgãos internacionais e declarada inconstitucional pela Suprema Corte de Justiça uruguaia.

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