COLABORADORES DE GEORGE BUSH CONSPIRAM NA COLOMBIA CONTRA A VENEZUELA
Semanas depois de Obama ter emitido um Decreto Executivo acusando a Venezuela bolivariana de ameaçar a segurança nacional dos EUA, o Noticias Uno, da rede independente, de Caracas, divulgou uma nova manobra provocatória imperialista em que estão envolvidos dois altos funcionários norte-americanos: o ex presidente da Camara de Nova York, Rudolph Giuliani, e Mary Beth Long, ex- subsecretária de Estado da Defesa de George Bush.
Ambos intervieram ativamente numa mesa redonda promovida em Bogotá pelo ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, o falcão do governo do presidente Santos.
No encontro participaram também altas patentes das Forças Armadas colombianas.
O tema da iniciativa é esclarecedor do objetivo: o papel do exército da Colômbia se os atuais Diálogos de Paz de Havana terminarem com a assinatura de um Acordo de Paz que conduza à desmobilização das FARC-EP e sua integração na vida política.
Giuliani foi particularmente agressivo. Refletindo sobre os problemas que podem surgir no «pós conflito», afirmou que o perigo maior não viria da violência, dos escândalos e roubalheiras, da delinquência em geral, mas da possibilidade de «os narcotraficantes das FARC se tornarem governo». Caberia às Forças Armadas enfrentar essa situação.
Mary Beth, que, antes de ser nomeada por Bush subsecretária da Defesa, fora agente da CIA e funcionária da NSA (o sistema de espionagem planetária dos EUA) manifestou a sua grande preocupação com as ameaças externas de «vizinhos como a Venezuela». Mas está convicta de que as Forças armadas saberão enfrentá-las com firmeza.
Na conferência de imprensa realizada após o encontro, o ministro Pinzón disse partilhar tais temores, mas afirmou estar certo de que os generais Mora (o comandante chefe das Forças Armadas) e Naranjo estão conscientes dos perigos que se esboçam no horizonte.
Essa estranha mesa redonda de Bogotá confirmou que os EUA estão empenhados em sabotar o processo de paz com as FARC e no agravamento das relações da Colômbia com o governo de Nicolas Maduro. Sabe- se que 1800 paramilitares colombianos estão acampados na fronteira da Venezuela, prontos a instalar a desordem e a violência nos estados de Zulia e Tachira.
O envolvimento direto do governo de Washington na conspiração que visa o derrubamento do governo da Venezuela bolivariana está a contribuir para o reforço da solidariedade internacionalista àquele país.
Dezenas de personalidades da América Latina e da Europa, participantes da organização Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade, exigiram já a revogação do Decreto Executivo de Obama e condenaram as ameaças à Venezuela.