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A tragédia da social-democracia retardatária no Brasil
Crédito: PCB
E agora, José? A festa acabou a luz apagou a noite esfriou o povo sumiu E agora, José? Carlos Drumond de Andrad
por Edmilson Costa [*]
A crise que o País e, especialmente, o Partido dos Trabalhadores, vem enfrentando enseja um debate aprofundado sobre o papel da esquerda no século XX e nestes primeiros anos do século XXI. Se não avaliarmos as raízes mais profundas da crise, não poderemos compreendê-la em sua plenitude e, muito menos, tirar as lições necessárias para uma retomada da luta social e da esquerda classista como referência revolucionária no Brasil. Em linhas gerais, a esquerda foi protagonista de três grandes momentos importantes da história do País:
PARAGUAI, ENTRE LULA E A SOJA
Raúl Zibechi
A potente mobilização dos camponeses paraguaios está revelando sérias contradições regionais e forçando o governo de Fernando Lugo a definir-se em relação à prometida reforma agrária. Com a ascensão de Lugo à presidência, os de baixo sentiram que chegou a hora de começar a resolver injustiças históricas e decidiram começar a cobrar a fatura. Até hoje a repressão provocou um morto e dezenas de feridos e detidos.
Os camponeses estão ocupando terras dos grandes proprietários plantadores de soja, muitos deles brasileiros, os chamados brasiguaios. No Paraguai a soja tem crescido de forma exponencial, aproximando-se dos três milhões de hectares na colheita de 2007/2008, sendo o país o quarto exportador mundial. O outro lado dessa expansão da soja é a migração massiva de camponeses. Em 1989, quando caiu a ditadura de Alfredo Stroessner, 60% dos paraguaios viviam no campo. Hoje este índice não chega a 40%.
Obama foi eleito para defender os interesses dos Estados Unidos
Nota da Comissão Política Nacional do PCB
Após oito anos de domínio republicano, o povo norte-americano realizou um feito inédito: elegeu pela primeira em sua história um presidente negro, filho de pai africano e nascido fora do território continental dos Estados Unidos. Trata-se de um fato realmente histórico, levando-se em consideração que até meio século atrás o racismo era praticado nos Estados Unidos de modo muito semelhante ao que era realizado na África do Sul. Portanto, a eleição de Obama contém um simbolismo especial e representa um enorme desejo de mudanças por parte do povo dos Estados Unidos.
Vergonha e Desgraça na Agressão Estadunidense
Comunicado do Partido Comunista Sírio
O imperialismo estadunidense somou mais um crime brutal à sua já péssima ficha. Quatro helicópteros estadunidenses violaram a soberania de nosso país e atacaram cidadãos inocentes e pacíficos, tendo como resultado oito mártires e alguns feridos. Esta agressão traiçoeira não é estranha aos Estados Unidos (que têm exercido a profissão de violar e quebrar as convenções e legislações internacionais), e mostra o real teor fascista do imperialismo estadunidense, enquanto erram de forma leviana em sua política destrutiva e em meio à sua crise econômica.
O Partido Comunista Sírio condena e abomina este crime brutal e avisa ao império estadunidense que este terá de arcar com todas as conseqüências desta sua ação. O partido chama o boicote completo aos interesses estadunidenses, e convida a todos os povos do mundo e às forças nacionais e progressistas a condenarem esta agressão e a assegurar a importância e a urgência de trabalharmos na mais ampla frente internacional antiimperialista.
Declaração do Encontro de Partidos Comunistas e Operários da União Européia
Vinte e três Partidos Comunistas e Operários, de vinte estados-membros da União Européia, além de países em processo de ingresso, participaram, em Atenas, nos dias 14 e 15 de março de 2008, de um encontro com o tema, “O Novo Tratado, expansão da UE e as lutas populares”. Vários partidos, que não puderam participar, enviaram mensagens de apoio a esta iniciativa. Os participantes do encontro avaliaram positivamente as diversas iniciativas, campanhas de mobilização e comunicados conjuntos do ano passado. Foi destacada a importância de aumentar as iniciativas conjuntas e unitárias nos movimentos e instituições, e o estímulo de meios de cooperação e mais frentes amplas de luta, respeitando a autonomia e a soberania de cada partido.
Evo Morales à Jornada Continental de Solidariedade com a Bolívia
Mensagem do Presidente Evo Morales à Jornada Continental de Solidariedade com a Bolívia, Cidade de Guatemala, Outubro de 2008
Irmãos e irmãs, em nome do povo da Bolívia, saudações aos movimentos sociais do continente, presentes neste ato da Jornada Continental de Solidariedade com a Bolívia.
Acabamos de sofrer a violência da oligarquia, que teve a sua mais brutal expressão no massacre de Pando, acontecimento que nos ensinou que ostentar o poder na base da prata e das armas para oprimir o povo é insustentável. Facilmente é derrubado, se não for baseado num programa e na consciência do povo.
Estamos vendo que a nova conjuntura da Bolívia afeta os mesquinhos interesses de algumas famílias de grandes fazendeiros, que rejeitam, através da agressão, as medidas a favor do povo, como a distribuição mais equilibrada dos recursos do gás para nossos avôs e avós, assim como a distribuição de terras, as campanhas de saúde e alfabetização, entre outras.
Pela 17ª vez, ONU condena bloqueio dos EUA a Cuba
A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, pela 17ª vez consecutiva, uma resolução que condena os Estados Unidos pelo bloqueio imposto contra Cuba há 47 anos. A resolução foi votada por 192 países, com 185 condenando o embargo e pedindo seu fim, três votos a favor (EUA, Israel e Palau) e duas abstenções (Micronésia e Ilhas Marshal). No ano passado, o bloqueio americano foi condenado por 184 votos a quatro, com uma abstenção.
O ministro do exterior de Cuba, Felipe Pérez Roque, afirmou antes da votação que será uma tarefa para o próximo presidente dos Estados Unidos decidir se o bloqueio é uma política fracassada.
O projeto de resolução, intitulado ”Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba” foi apresentado pelo ministro cubano de Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque.
AS ELEIÇÕES DE 2008 E AS ALTERNATIVAS DA ESQUERDA SOCIALISTA NO BRASIL
Por Ivan Pinheiro*
As eleições municipais deste ano, apesar de absolutamente despolitizadas, acabaram por armar o cenário em que se dará a batalha eleitoral de 2010. Se a esquerda socialista não aprender com os resultados de 2008, vai continuar assistindo o jogo institucional de fora do campo, pela televisão, uma briga de cachorro grande entre dois projetos, cada vez mais parecidos, ambos se apresentando como a melhor alternativa para destravar e alavancar o capitalismo: o campo majoritário do PT e o PSDB. O centro do debate serão números macro-econômicos, ou seja, a comparação entre os governos FHC e Lula do ponto de vista do “risco Brasil”, do preço do dólar, da balança comercial, das reservas internacionais, de quem criou mais (e piores) empregos e captou mais investimentos estrangeiros. Para usar uma expressão dos comentaristas econômicos burgueses, “quem fez melhor o dever de casa”, leia-se, quem mais favoreceu o capital, que continua, no governo Lula, a aumentar sua participação na riqueza nacional, em detrimento do trabalho.
PCB SOLIDÁRIO COM A REVOLUÇÃO BOLIVARIANA E O PARTIDO COMUNISTA DA VENEZUELA
O PCB (Partido Comunista Brasileiro) considera que a revolução antiimperialista que se desenvolve na Venezuela, que conta com nossa solidariedade, não seria possível sem a liderança do Comandante Chávez, que extrapola as fronteiras de seu país.
Provavelmente, os positivos processos de mudanças sociais que se desenvolvem na Bolívia e no Equador, e talvez no Paraguai, teriam dificuldade de vicejar, não fora o pioneirismo da “revolução bolivariana”, que também tem contribuído para ajudar Cuba a romper o famigerado bloqueio que lhe impõe o imperialismo norte-americano.
Mas, se é verdade que a revolução venezuelana não se faria sem Chávez, é também verdade que ela não se faz apenas com Chávez nem apenas com seu partido, o PSUV.