América Latina

A crise expõe todas as contradições do capitalismo

Nota política do Partido Comunista Brasileiro – PCB O Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB) avalia que a crise que se alastra pelo coração do sistema capitalista e que atingiu os principais símbolos financeiros do grande capital, como Lehman Brothers, Fredy Mac, Fannie Mae, Meryl Linch, AIG, entre outros, é a mais grave crise desde a grande depressão de 1929 e significa, ao mesmo tempo, o dobre de finados do neoliberalismo e a desmoralização ideológica do capitalismo.

SOLIDARIEDADE AO POVO E AO GOVERNO BOLIVIANO

As organizações políticas e sociais que firmam o presente manifesto dirigem-se aos povos irmãos e instituições da América Latina em geral e do Brasil e da Bolívia, em particular, no sentido de hipotecar solidariedade ao Presidente Evo Morales e ao processo de mudanças democráticas e culturais em curso na Bolívia, diante da radicalização dos conflitos políticos e sociais no país, provocada por setores oposicionistas que não respeitam a vontade majoritária do povo boliviano. É preciso lembrar que o Presidente boliviano foi eleito legítima e democraticamente, assim como a Assembléia Nacional Constituinte – que já cumpriu sua tarefa de elaborar uma proposta de nova constituição – também foi criada e eleita pela vontade soberana do voto popular. Ressalte-se que o governo boliviano se conduz estritamente nos marcos legais e democráticos e procura fazer com que os recursos naturais do país estejam a serviço do conjunto da população.

PETROBRÁS ou “Nova Estatal”?

(Editorial do jornal HORA DO POVO) Dizem os adeptos de uma “nova estatal” para gerenciar o pré-sal que a Petrobrás não pode fazê-lo porque isso iria favorecer os acionistas privados da empresa, em detrimento da União. Se o problema fosse esse, o mais lógico seria que propusessem ao governo a elevação da participação do Estado na composição acionária da Petrobrás. Como não é, propõem a criação de uma nova empresa. Mas quem entende de petróleo, no Brasil, é a Petrobrás. Quem elevou o país ao patamar da auto-suficiência foi a Petrobrás.

PARAGUAI: um país em disputa!

Ivan Pinheiro* Na abertura da cerimônia de posse de Fernando Lugo, ouviu-se duas vezes seguidas o Hino Nacional. Na primeira, cantada em espanhol, os comandantes militares encheram o peito, perfilaram-se e colocaram a mão direita em continência. Na segunda, em guarani, eles se descontraíram e arriaram os braços. Em seguida, ouviram inertes o novo Presidente anunciar, entre outras intenções, que acabará com a corrupção e que as Forças Armadas terão que passar ao povo segurança e respeito, ao invés de medo. A posse foi marcada pela esperança popular, após sessenta anos do mesmo partido conservador no poder. 96% dos paraguaios confiam que haverá mudanças positivas. Houve simbolismo até no tratamento aos chefes de Estado da América do Sul. Foram marcantes as ausências de Alan Garcia, do Peru, e Álvaro Uribe, da Colômbia. Foi impressionante o recado do povo paraguaio, ao aplaudir os presentes exatamente na proporção das mudanças que promovem em seus países, na seguinte ordem crescente: Tabaré Vasquez, Bachelet, Lula, Cristina Kirchner, Rafael Correa, Evo Morales e Hugo Chávez.

BOLÍVIA: À ESQUERDA, NÃO BASTA GANHAR ELEIÇÕES!

A difícil situação da Bolívia depois do referendo de 10 de Agosto analisada por Ivan Pinheiro tem, entre outros méritos, o de de ser feito por quem conhece directamente a situação, pois esteve na Bolívia antes, durante e depois do referendo. Ivan Pinheiro (*) – 25.08.08 Evo Morales foi consagrado em meio ao seu mandato, em referendo convocado por ele próprio, com 67% dos votos, ou seja, 14% a mais do que quando foi eleito Presidente, em 2005 (53%). Até na Meia Lua, onde viceja o separatismo, Evo dividiu o eleitorado: ganhou em Pando, empatou em Tarija e perdeu de pouco em Beni e Santa Cruz de la Sierra. Do total de nove Departamentos (Estados) da Bolívia, ganhou em sete. Mesmo nos dois em que perdeu, teve mais votos que em 2005. Em La Paz que, junto com El Alto, tem um terço do eleitorado nacional, Evo Morales teve 83% dos votos.

A PETROBRÁS E AS DIFERENÇAS ENTRE PCB E PCdoB

Muita gente faz confusão entre PCB e PCdoB, pois as siglas são parecidas e ambos têm a palavra comunista no nome. Uns pensam que é um só partido; outros trocam os nomes, quando a algum deles se referem. Além do mais, apesar de ter sido criado em 1962, o PCdoB insiste em comemorar a fundação do PCB, que se deu em 1922. Temos sido bastante discretos no trato de nossas divergências, sobre o capitalismo brasileiro, a política de alianças, a prioridade de formas de luta, o tipo de partido. Nós os consideramos reformistas; mas não dizemos isso para ofender. É uma crítica. O PCB também já foi reformista, principalmente nos anos 80.

PCB SAÚDA VITÓRIA DE EVO MORALES

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) expressa publicamente seus cumprimentos ao presidente Evo Morales, a seu governo, aos partidos e movimentos que lhe dão

SOLIDARIEDAD DE PCB CON PARAGUAY

O Secretário Geral do PCB, Ivan Pinheiro, chega hoje ao Paraguai, para participar da posse do novo Presidente, Fernando Lugo. Ivan chegou da Bolívia, onde esteve fazendo contatos políticos e prestando solidariedade do PCB no referendo revogatório, que acabou por confirmar a continuidade do processo de mudanças. SOLIDARIEDAD DE PCB CON PARAGUAY Una Deuda Histórica El nuevo presidente del Paraguay, Fernando Lugo, presentó, como uno de los principales ejes de su campaña, la disposición a renegociar los termos del acuerdo que creó la binacional Itaipú, sobretodo el bajo precio que Brasil paga por los excedentes de energía generada.

REFERENDO REVOGATÓRIO NA BOLÍVIA

EVO GANHA UMA BATALHA, MAS A GUERRA CONTINUA Escrevo na manhã de segunda-feira, após o referendo, cujo resultado oficial só será conhecido dentro de uma semana. A votação e a apuração ainda são manuais por aqui. À noite, foram divulgadas algumas pesquisas de boca-de-urna e projeções, a partir de poucos votos apurados. Portanto, nada até agora é oficial. A julgar por todos os prognósticos, Evo Morales será consagrado em meio a seu mandato, com mais votos (mais de 60%) do que quando foi eleito Presidente, em 2005 (53%). Na Meia Lua, Evo ontem teve em média, 40% dos votos; nos demais departamentos, cerca de 80%.

Sobre os ombros de Kornilov

Por: Jorge Sanmartino* (especial para ARGENPRESS.info) Originalmente publicado em 06/08/2008 A Central Operária da Bolívia (Central Obrera de Bolívia, COB) iniciou no dia 21 de julho, uns quinze dias antes do referendo revogatório, uma greve geral por tempo indeterminado com bloqueio de vias e manifestações permanentes até que seu projeto de lei sobre pensões seja votado no Congresso Nacional. É o protesto mais importante que a COB realiza em anos. Jaime Solares, o mais radical dentre todas as lideranças da COB, defendeu inclusive que, no caso do projeto não ser aprovado, fariam um “voto de castigo”. O atual Secretário Executivo da Central Operária do Departamento de Oruro, foi Secretário Executivo da COB até 2006. De tom combativo, Solares parece invocar Lênin para exemplificar alguns de seus próprios atos. Poderíamos então invocar os conselhos do velho líder bolchevique para exemplificar o que hoje está fazendo a COB? Porque sua greve geral por tempo indefinido, com bloqueio da principal estrada do país, explosão de pontes com dinamite e enfrentamentos diretos, acaba de cobrar a vida de dois mineiros de Huanuni e mais de 30 feridos.