George Habash, “Vivia para seu povo e morreu por seu povo”, Palestina
Ao Povo da Venezuela e Povos do Mundo,
Às Comunidades Organizadas e Autogovernos Populares,
Às Organizações, Movimentos e Forças Populares e Revolucionárias,
Aos Meios de Comunicação, Nacionais e Internacionais,
À Opinião Pública, Nacional e Internacional,
A todos e cada um daqueles que lutam pela Vida,
Ao Mundo inteiro,
Irmãos e Irmãs:
George Habash, “Vivia para seu povo e morreu por seu povo”, Palestina.
Reivindicando os que não desistem das lutas revolucionárias, a Coordenadoria Simón Bolívar traz à memória das novas gerações, o exemplo de um guerreiro que foi firme em suas convicções de liberdade e anti-imperialismo, como foi George Habash, um dos principais promotores da luta Palestina contra a ocupação israelense e fundador da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).
Habash nasceu em 2 de agosto de 1926 na cidade de Lydda, na Palestina sob mandato britânico (hoje a israelense Lod), onde 10.000 de seus habitantes palestinos foram obrigados a abandonar o território e despojados de seus bens quando estourou a guerra de 1948, e sua localidade foi ocupada pelos grupos sionistas, travessia posteriormente batizada como a Marcha da Morte de Lydda.
George, após formar-se médico, em 1951, montou uma clínica pediátrica em Amã, que revezava com seu trabalho nos campos de refugiados palestinos da Jordânia.
Em 1951, Habash, junto de seu amigo Haddad, fundaram o Movimento Nacionalista Árabe (MNA). Em 1957, participou de um golpe falido contra a monarquia na Jordânia e passou para a clandestinidade.
Após a Guerra dos Seis Dias, na qual os países árabes se mostraram incapazes de vencer Israel, em dezembro de 1967, Habash transformou o MNA na Frente Popular para a Libertação da Palestina, do qual foi fundador e secretário geral, e que, dois anos depois, se autoproclamou marxista-leninista.
A organização saltou à fama em finais da década de 1960 e princípios da de 1970, com vários barulhentos sequestros aéreos. Em sua ação mais importante, os milicianos da FPLP sequestraram com precisão militar quatro aviões ocidentais com mais de 500 pessoas a bordo, em setembro de 1970, como represália pelo apoio das potências ocidentais a Israel. A ação foi resolvida com a libertação de um importante número de presos e o rei da Jordânia foi ridicularizado. Três dos aparatos foram levados de um aeroporto na Jordânia, enquanto o quarto, um jumbo da PanAm estadunidense foi destruído no Cairo. Nenhum passageiro ficou ferido.
Até finais dos anos 70, a FPLP advogava pela erradicação da “entidade sionista” mediante a luta armada e, seguindo essa premissa, Habash se opôs durante décadas a qualquer negociação e ao simples reconhecimento do Estado de Israel. A FPLP se apresentou ao mundo como uma das facções palestinas mais firmes na luta contra a ocupação israelense.
Em 1972, os problemas de saúde obrigaram Habash a diminuir seu controle na organização, porém lhe deixaram forças para afastar a FPLP da Organização para a Libertação da Palestina, com quem compartilhava a causa, porém não seus métodos.
Em 1980, um ataque cardíaco diminuiu ainda mais sua influência no seio da Frente Popular, cuja liderança foi progressivamente assumida pelas novas gerações de militantes. A assinatura dos Acordos de Oslo o fez romper definitivamente com os chefes e líderes políticos da zona, a quem acusou de vender a causa Palestina.
Em 2000, Habash se estabeleceu definitivamente em Amã, morrendo ali em decorrência de um câncer, em 26 de janeiro de 2008.
Sirva seu exemplo para a formação em valores e convicções da juventude em torno do mundo, em especial as da América Latina, para enfrentar com determinação todo processo de ingerência e colonização que alguma potência pretenda contra nossa soberania.
Resgatando a Soberania Política Revolucionária do Movimento Popular e impulsionando a construção de um Novo Modelo Político Popular e Revolucionário para nossos povos, para além do Estado e do Capitalismo,
Com os Povos do Mundo, Venceremos!
Da Venezuela, Terra de Libertadores, 523 anos do início da Resistência anti-imperialista na América, e 205 anos do início de Nossa Independência,
Coordenadoria Simón Bolívar
Revolucionária, Popular, Solidária, Internacionalista, Indigenista, Ecologista e profundamente Humana.
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Agradecimentos a todos que compartilhares esta informação, em função de fortalecer a moral, a ética e o espírito da luta revolucionária, em nosso afã de justiça social, liberdade e independência a favor de todos os Povos do Mundo.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)