Olate em liberdade: o início do fim de uma montagem miserável
Como não podia ser de outra maneira, a montagem contra Manuel Olate, por seu intermédio, contra o Partido Comunista e a causa mapuche, começou a desmoronar exatamente como iniciou: de uma forma miserável.
O ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Sergio Muñoz, trocou a prisão preventiva por prisão domiciliar (sem poder sair do país) do publicitário acusado de ser a suposta ligação no Chile das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
O Ministro Muñoz cancelou a petição da procuradoria que mantinha a prisão preventiva de Olate. Segundo o magistrado, a procuradoria não acredita que o militante do PC tenha participado em atividades terroristas.
Esse argumento possui importância decisiva para a avaliação da extradição, programada para dia 13 de dezembro, porque o Ministro Munõz já recebeu o “dossiê” da procuradoria colombiana, e se as “provas” fossem “contundentes” como propagandeiam os autores da montagem e seus apoiadores, Olate deveria permanecer em prisão preventiva.
Olate poderá deixar o cárcere de Santiago, onde se encontra em prisão preventiva desde 30 de outubro de 2010, mas continuará sob prisão domiciliar e sem poder deixar o país, segundo o disposto pelo magistrado.
A decisão foi adotada por Muñoz depois de ouvir as alegações dos representantes de Olate e do Ministério Público, que atua em nome do Estado colombiano.
O magistrado estabeleceu as datas para os próximos passos do processo de extradição: no próximo dia 13 de dezembro será a audiência para a apresentação de provas e em 16 de dezembro se realizará a audiência de extradição, segundo o disposto pelo artigo 448 do Código Processual Penal.
Guillermo Teillier
Segundo o Presidente do Partido Comunista, “a detenção de Olate foi uma maquinação absurda do Governo colombiano em parceria com a direita chilena”.
O deputado Teiller se referiu à ordem que suspendeu a prisão preventiva de Manuel Olate, que permaneceu um mês na prisão, acusado de ser a ligação das FARC com o Chile:
“Ele está sob prisão domiciliar. Mesmo assim, me parece que é uma vitória da defesa de Manuel Olate muito importante e creio que além disso significa que aquelas provas que já chegaram do Governo colombiano à procuradoria devem ser muito débeis, porque do contrário continuaria em prisão preventiva, com certeza”.
O presidente do PC disse que a decisão do Ministro Muñoz valida a tese da defesa, posto que não existem provas em contrário e que sua prisão domiciliar corresponde mais a uma mera acusação.
“Começa a se desfazer toda esta fábula sobre contatos terroristas que envolvem o Partido Comunista do Chile com as FARC ou destas com a luta do povo mapuche; em meio a tudo isso colocaram Manuel Olate.”
“Tudo está caindo como uma farsa, uma invenção, uma maquinação absurda do Governo colombiano em conjunto com a direita chilena e com autoridades do Governo chileno e é por isso que esperamos que Olate obtenha sua liberdade plena muito logo”.
Fonte: www.diarioreddigital.cl
Traduzido por Dario da Silva