Fotogaleria: Uma “viagem” através de um posto de controle do exército israelense

imagemOren Ziv/Resumen Medio Oriente/Activestills, 2 de março de 2016 – Milhares de palestinos que têm permissão de entrada, junto com os residentes de Jerusalém Oriental separados pelo Muro do Apartheid, devem passar através do posto de controle (checkpoint) Qalandiya, do exército israelense a cada manhã e tarde com a finalidade de chegar a seus trabalhos, escolas, fazer compras, receber assistência médica ou visitar alguns membros da família. As imagens a seguir são uma pequena mostra do que isto significa para as pessoas obrigadas a suportar a humilhação em uma só manhã.

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Os trabalhadores palestinos com permissões de trabalho emitidas pelo exército israelense, assim como os deslocados residentes de Jerusalém oriental, inclusive estudantes secundaristas, esperam cruzar o posto de controle de Qalandiya, que separa a cidade de Ramallah e Jerusalém, na madrugada de 25 de fevereiro de 2016.

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Os diferentes bairros e aldeias dentro de Jerusalém oriental, uma zona que foi anexada ilegalmente por Israel depois de apoderar-se da Cisjordânia em 1967, estão separadas pelo Muro do Apartheid de 8 metros construído por Israel. Para chegar aos trabalhos, lojas, escolas, assistência médica e outras necessidades cotidianas, os residentes palestinos de Jerusalém Oriental, que são considerados residentes permanentes de Israel, devem passar pelos postos de controle como o de Qalandiya. 25 de fevereiro de 2016.

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O posto de controle de Qalandiya além de separar Israel e as zonas controladas pelos palestinos, também permite que Israel abandone os bairros de Jerusalém Oriental, como Kafr Aqab, que é uma parte de Jerusalém, porém que hoje se encontra no lado palestino do Muro do Apartheid. Bairros como Kafr Aqab se converteram em terras de ninguém, com as autoridades israelenses não proporcionando a maior parte dos serviços municipais, como vigilância da polícia ou a coleta de lixo dos edifícios. No entanto, as autoridades palestinas estão proibidas de operar dentro da zona que Israel continua insistindo ser parte de uma “Jerusalém Unida”. Qalandiya, 25 de fevereiro de 2016.

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Sem o posto de controle, uma viagem de Jerusalém a Ramallah demoraria em torno de 20 minutos. Devido ao checkpoint, infraestrutura viária descuidada e que gera grande congestionamento, a vigem entre as duas cidades pode demorar horas. 25 de fevereiro de 2016.

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O checkpoint é palco de periódicos protestos que terminam em enfrentamentos entre jovens palestinos que lançam pedras e tropas israelenses completamente armadas. Mais raramente, é alvo de ataques armados perpetrados por palestinos. Para muitos, o posto de controle é um símbolo da própria ocupação. 25 de fevereiro de 2016.

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A fim de tomar transporte público de Ramallah até Jerusalén, os passageiros devem tomar um ônibus até o posto de controle, desembarcar, passar pelo posto de controle a pé, onde são submetidos a longas esperas, muitas vezes com humilhantes ordens vindas dos comandos através de intercomunicadores, detectores de metais, máquinas de raios X, e controlada de forma remota por catracas de bloqueio antes de embarcar em um segundo ônibus, que os leva até Jerusalém. 25 de fevereiro de 2016.

Grande parte do tempo de espera no posto de controle de Qalandiya é passado em estreitos corredores, o que os fazem parecer um gado. 25 de fevereiro de 2016.

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Soldados israelenses controlam as catracas de forma remota por trás do vidro à prova de balas. São bloqueados sem aviso durante poucos minutos para controlar o fluxo de passageiros, quase inevitavelmente, prendendo um viajante no interior, sem poder se mover mais de uns poucos centímetros em cada sentido até que os soldados pressionem um botão e deixe passar outro punhado de pessoas. 25 de fevereiro de 2016.

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Milhares e milhares de pessoas passam pelo posto de controle de Qalandiya a cada dia em ambas as direções. Os colonos judeus procedentes da zona de Ramallah até Jerusalém, por outro lado, têm distintos pontos onde podem transitar livremente, ninguém os interroga para onde vão em seus veículos e os carros raramente são inspecionados. 25 de fevereiro de 2016.

Tradução para o espanhol: www.palestinalibre.org

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2016/03/02/fotogaleria-un-viaje-a-traves-de-un-checkpoint-del-ejercito-israeli/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)