Vídeo: Soldado israelense saúda um ativista de extrema direita após executar um palestino ferido
Resumen Latinoamericano / RT / 28 de março de 2016 – Saem à luz novos detalhes do polêmico caso do israelense gravado em um vídeo, no qual aparece disparando na cabeça de um palestino imóvel sobre o solo.
Na semana passada, o soldado israelense que, com um disparo na cabeça, acabou com a vida de um assaltante palestino ferido, foi gravado estendendo a mão a um ativista judeu de extrema direita enquanto o corpo da vítima ainda estava sendo retirado.
O novo vídeo, publicado pela ONG de direitos humanos B’Tselem, mostra o soldado atrás de seu comandante e a um par de metros de distância do corpo de Abdel-Fattah al-Sharif, ao qual matou disparando-lhe na cabeça na quinta-feira passada.
Posteriormente, o soldado estende a mão e dá palmadinhas nas costas do ativista de extrema direita Baruch Marzel, ex-líder do partido Kach, classificado como um grupo terrorista pelos EUA, UE e Israel.
“Um excelente lutador das FDI”
Em resposta aos informes sobre uma possível relação amistosa entre o soldado e Marzel, a família do soldado afirmou que não comenta “rumores de todo tipo que estão destinados a seguir manchando a imagem de um excelente lutador das Forças de Defesa de Israel (FDI)”, segundo afirma o periódico israelense ‘Haaretz’.
O soldado se converteu em objeto das críticas ao saírem à luz algumas imagens nas quais é visto disparando na cabeça de um palestino imóvel, que jazia no chão de Hebrom. Segundo a ONG, citada por Ynetnews, o palestino Abed al Fatah a-Shariff, um dos dois assaltantes que minutos antes apunhalaram e feriram outro soldado israelense, estava vivo e ferido quando foi alvejado.
“Chegou uma ambulância israelense, porém os médicos não proporcionaram os primeiros socorros ao palestino, que estava gravemente ferido”, comentou à RT o defensor dos direitos humanos Emad Abu Shamsia, que filmo o vídeo. “Levaram o soldado ferido na ambulância e, depois, ouvi o som de outro soldado que se preparava para disparar. Aproximou-se do ferido e disparou em sua cabeça”, acrescentou o autor da gravação.
“Fiz o correto no momento adequado”
Segundo ‘The Jerusalem Post’, o soldado, que foi suspenso de suas funções e está atualmente sob investigação por assassinato, disse em uma conversa privada com seus familiares que tinha disparado no palestino porque sentia que estava correndo “perigo de vida”, e temia que o homem pudesse matá-lo.
“Fiz o correto no momento adequado com a finalidade de evitar que qualquer coisa ruim acontecesse”, se defendeu o soldado.
Paul Larudee, cofundador do Movimento Palestina Livre, opina que não era necessário empregar força letal.
“A maioria das feridas destas facadas, nos poucos casos em que se produzem, são leves e não requerem força letal para detê-las. A razão é provocar os palestinos. Quanto mais reagem os palestinos, mais israelenses sentem que possuem uma justificativa para adotar medidas extremamente repressivas”, comentou o ativista à RT.
Vídeo 1: https://www.youtube.com/watch?v=pX7CFacOPdc
Vídeo 2: https://www.youtube.com/watch?v=ydYut-FKEBs
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)