20 anos após a Guerra do Golfo – A importância da luta pela paz, contra a exploração e a opressão imperialistas

Por iniciativa do Partido Comunista Português, vários Partidos Comunistas e Operários de todo o Mundo emitem hoje, dia 1 de Fevereiro, uma posição comum intitulada «20 anos após a Guerra do Golfo, a importância da luta pela paz e contra a exploração e opressão imperialistas» que divulgamos e que até à data foi subscrita por 44 partidos.

«Passam 20 anos do início da Guerra do Golfo. Em 17 de Janeiro de 1991, e apesar da ampla luta contra a guerra em vários países, as forças armadas dos EUA e seus aliados desencadeiam – com a ratificação do Conselho de Segurança das Nações Unidas – uma primeira guerra em grande escala no Médio Oriente, Inseparável das profundas e negativas mudanças associadas à liquidação do socialismo na União Soviética e no Leste da Europa, esta guerra foi o prelúdio de 20 anos de agressões, invasões e ingerências imperialistas em larga escala.

Do Golfo à Jugoslávia, do Afeganistão ao Iraque, ao Líbano e Palestina, o imperialismo tentou nestas duas décadas impor a sua dominação em cada país e em todo o mundo, procurando assegurar o controlo directo dos principais recursos energéticos mundiais, aniquilar os direitos soberanos dos povos e submeter todo o planeta à exploração do grande capital. Esta ofensiva militarista e belicista tem sido desenvolvida a par dos ataques aos direitos sociais, económicos e políticos dos trabalhadores e dos povos – mesmo nos centros do imperialismo – e conduziu ao agravamento das contradições entre potências imperialistas.

Graças à resistência e luta dos povos – em primeiro lugar, dos povos vítimas das agressões – a ofensiva do imperialismo conheceu obstáculos e sofreu importantes recuos. Mas os perigos para a paz e a Humanidade não desapareceram. Pelo contrário. A profunda crise económica do capitalismo, e a incapacidade das classes dominantes em resolvê-la, está a conduzir – tal como no passado – à tentativa de assegurar o seu poder pela violência, o autoritarismo, a guerra e brutais ofensivas contra os direitos e níveis de vida dos trabalhadores e dos povos.

Os perigos de guerra e agressão são evidentes nos ataques contra os movimentos operários e populares que lutam contra o imperialismo, rotulando-os de “inimigos internos”; na recente Cimeira da NATO e no novo conceito estratégico desta organização imperialista militarista e agressiva – que o Tratado de Lisboa da União Europeia considera seu braço armado, aprofundando assim o processo de afirmação da União Europeia como um bloco económico, político e militar imperialista; nas permanentes ameaças de guerra, provocações e ingerências imperialistas em numerosos pontos do globo; no reforço das despesas militares e dos aparelhos securitários.

Os Partidos signatários apelam aos trabalhadores e povos de todo o mundo a reforçar a luta pela paz e contra os planos de guerra e agressão do imperialismo, a reforçar a luta contra a exploração capitalista e em defesa da soberania e direitos de todos os povos do planeta. Reafirmam que a luta pela paz , a cooperação e o progresso é um elemento inseparável da luta pela superação do capitalismo e a construção do socialismo.

Expressam a sua solidariedade aos povos e às forças anti imperialistas de libertação nacional, revolucionárias e progressistas que prosseguem a luta contra as agressões, ingerências e ameaças do imperialismo. Em particular expressam a sua solidariedade aos comunistas e outras forças anti imperialistas do Médio Oriente e especialmente ao povo palestiniano na sua luta pelo direito ao estabelecimento do Estado independente da Palestina nas fronteiras anteriores a 1967, com capital em Jerusalém Leste.»

Os Partidos Subscritores (até 31 de Janeiro de 2011)

Partido Comunista Alemão

Partido Comunista Sul Africano

Partido Comunista da Austrália

Partido Argelino para a Democracia e o Socialismo

Partido Comunista Brasileiro

Partido Comunista do Bangladesh

Partido Comunista do Brasil

Partido do Trabalho da Bélgica

Partido Comunista Britânico

Novo Partido Comunista Britânico

Partido Comunista do Canadá

AKEL de Chipre

Partido do Trabalho da Coreia

Partido Comunista na Dinamarca

Partido Comunista de Espanha

Partido dos Comunistas da Catalunha

Partido Comunista dos Povos de Espanha

Partido Comunista das Filipinas

Partido Comunista da Finlândia

Partido Comunista Unificado da Geórgia

Partido Comunista da Grécia

Novo Partido Comunista da Holanda

Partido Comunista dos Trabalhadores Húngaros

Partido Comunista da Índia

Partido Comunista da Índia (Marxista)

Partido Comunista da Irlanda

Partido dos Trabalhadores, Irlanda

Partido dos Comunistas Italianos

Novo Partido Comunista da Jugoslávia

Partido Comunista Libanês

Partido Comunista Luxemburguês

Partido Comunista da Macedónia

Partido Comunista da Mauritânia

Partido Comunista do México

Partido Popular Socialista do México

Partido Comunista da Noruega

Partido do Povo Palestiniano

Partido Comunista Peruano

Partido Comunista da Polónia

Partido Comunista Português

Partido Socialista Participativo da Roménia

Partido Comunista da Federação Russa

Partido Comunista dos Trabalhadores Russos

Partido Comunista da Turquia

Partido Comunista da Venezuela