Com Freixo e Luciana para barrar o retrocesso! Com o Poder Popular para avançar em novas conquistas!

imagem(Nota Política do PCB sobre o segundo turno das eleições municipais no Rio de Janeiro)

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) vem a público saudar a confirmação de Marcelo Freixo e Luciana Boiteux no segundo turno das eleições municipais na cidade do Rio de Janeiro. Tal vitória, em especial contra a máquina mafiosa do PMDB/RJ, somente foi viabilizada por uma ampla mobilização social, trabalho de base e alianças entre o PCB, PSOL e diversos movimentos e organizações populares cariocas. Também saudamos a ampliação da bancada democrática e progressista com a eleição de seis vereadores do PSOL. Infelizmente, apesar da combativa, empolgante e expressiva campanha, não conseguimos eleger o camarada Heitor do PCB.

A ida de Marcelo Freixo e Luciana Boiteux ao segundo turno passa a ser ainda mais valorizada quando acompanhamos os resultados gerais das eleições municipais pelo país. Foi visível o crescimento das forças conservadoras e reacionárias que cada vez mais dão sustentação ao programa privatista e antipopular de ataque aos direitos democráticos, trabalhistas e sociais dos trabalhadores operado pelo ilegítimo e usurpador governo Temer (PMDB), em orquestração com os meios de comunicação oligopolizados e obedecendo a interesses da grande burguesia internacionalizada. Abstenções, votos nulos e brancos foram maioria em 10 capitais do país, inclusive no Rio de Janeiro, fenômeno que precisa ser melhor analisado. A chamada crise de representatividade da democracia burguesa, a despolitização de amplos setores da sociedade e a transformação da política institucional em um mero balcão de negócios são alguns elementos que podem ajudar a explicar esse fenômeno.

O PCB reafirma seu compromisso militante em elegermos uma candidatura popular e de esquerda no Rio de Janeiro. Repudiamos a criminosa ofensiva de grupos de extrema direita, ou fundamentalistas, que promovem ataques de baixo calão e boatos contra a figura do companheiro Marcelo Freixo. Nesse segundo turno é imprescindível afirmarmos o projeto político construído por milhares de cariocas e organizações combativas como o MST, MTST, Brigadas Populares, PCR e Consulta Popular. Essa foi a aliança vitoriosa que viabilizou a derrota do PMDB nas urnas.

A nossa campanha no segundo turno dessas eleições será fundamental para a difícil rearticulação da esquerda brasileira após os governos de conciliação petistas. Se por um lado amplas forças populares e de esquerda tendem a se agrupar em torno da campanha de Freixo e Luciana, a maioria das forças conservadoras e reacionárias não terá pudor em se articular em torno da candidatura do bispo Marcelo Crivella.

Além de defender pautas extremamente atrasadas como o famigerado projeto “Escola sem Partido” e a mistura entre religião e política, Crivella e seu partido são base de sustentação da política antipopular de ajuste fiscal, cortes de investimentos em saúde e educação, privatização de recursos naturais e serviços públicos e retirada de direitos conquistados pela classe trabalhadora. Crivella e seus aliados, como a infame família Garotinho, aplicarão esse programa na cidade do Rio de Janeiro.

Eleger Marcelo Freixo e Luciana é um ato de resistência frente ao obscurantismo e à barbárie. Construir um Rio de resistência e aumentar a inserção das forças populares e revolucionárias junto à classe trabalhadora, em especial operária. Não temos ilusões. Dado o grau de desenvolvimento do Rio de Janeiro como uma cidade-mercado, qualquer perspectiva de garantia de direitos populares se choca com os interesses perversos da acumulação capitalista na cidade.

Para enfrentar os interesses de poucos em defesa da vida de milhões, apenas com muita organização e poder popular! As empresas de ônibus, os bancos, as corruptas empreiteiras e a especulação imobiliária são alguns setores que muito lucram com uma cidade mais desigual, injusta e violenta. Diante desse quadro, os comunistas do PCB jogarão todas as suas forças nessa disputa ao lado de Marcelo Freixo e Luciana Boiteux. Toda escolha tem lado, e o lado do PCB, em sua quase centenária caminhada, sempre foi e será o da classe trabalhadora.

Rio de Janeiro, 8 de outubro de 2016.

Comissão Política Regional

PCB/RJ