NOTA POLÍTICA DO PCB-RS SOBRE OS ATAQUES DO GOVERNADOR SARTORI (PMDB)
Não bastassem os diversos ataques que a classe trabalhadora vêm sofrendo em âmbito nacional com as políticas do governo Temer (PMDB), aqui no Rio Grande do Sul o governador Sartori – também do PMDB – tem amplificado as mesmas políticas que destroem o serviço público para beneficiar os empresários, banqueiros e latifundiários.
O chamado “pacotaço” do Sartori, já aprovado em parte pela Assembleia Legislativa, inclui a privatização de diversas empresas e fundações públicas e a demissão de mais de mil funcionários públicos. Um terrível final de ano que estas famílias passarão sabendo que suas vidas valem muito pouco para um governo que só pensa em dar alegrias para os já milionários exploradores do povo trabalhador.
As demissões são mais um capítulo da destruição das condições de vida dos servidores públicos que o governo opera, já faz mais de um ano que os salários são parcelados todos os meses, o 13º não foi pago pela segunda vez e os aposentados sofrem cada vez mais com os seus já poucos vencimentos. A barbarie é tanta que na semana que passou uma servidora aposentada tentou atear fogo em seu próprio corpo na agência do Banrisul quando soube que seu 13º salário não havia sido depositado.
Dentre estas privatizações inclui-se a Fundação Zoobotânica (que administra o Jardim Botânico em Porto Alegre, dentre outras ações); a Fundação Cultural Piratini (responsável pela emissora TVE, canal de televisão público do Estado) e a Companhia Riograndense de Artes e Gráficas. Para avançar no pacote de destruição das empresas públicas, o Governo ainda tenta aprovar uma PEC que modifica a constituição estadual que prevê a realização de plebiscito popular para privatizar a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás) e Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa).
Ainda, com requintes de crueldade, o povo trabalhador que manifestava em frente à Assembleia Legislativa durante as votações do pacote destrutivo foram cruelmente atacados pela Brigada Militar, que utilizou-se de todo aparato bélico para atacar os trabalhadores e trabalhadoras. Não poupou recursos para jogar bombas, spray de pimenta e gás lacrimogêneo, inclusive lançando de helicópteros estes artefatos que feriram brutalmente o povo indignado.
As dificuldades de reconstruir a unidade da classe trabalhadora, em meio à fragmentação da esquerda na atualidade, para enfrentar os governos e a burguesia é o maior desafio posto para as organizações que buscam mudar o quadro de barbárie. Nesse sentido, uma vez mais conclamamos os setores combativos à construção da Greve Geral e do Encontro Nacional da Classe Trabalhadora (ENCLAT) para organizar as lutas em um patamar superior e parar a produção de lucro do empresariado e a exploração do povo trabalhador.
Tal tarefa exige romper com as burocracias sindicais e a lógica eleitoreira que ainda perdura em parte de setores da classe que de forma oportunista se utilizam da desgraça da população para promover suas equivocadas ideias de retomar a institucionalidade através da conciliação de classe que já demonstrou que não é alternativa para a classe trabalhadora, tanto em âmbito federal com Lula/Dilma (PT), como no governo Estadual com Tarso Genro (PT).
Comissão Política Regional do PCB
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