Lutar Não é Crime! Liberdade para Guilhermes Boulos!

imagemNa manhã desta terça-feira, 17 de janeiro, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o ativista Guilherme Boulos, foi preso em São Paulo, quando negociava com a Polícia Militar o não desalojamento da Ocupação Colonial, que já vem sofrendo constantes agressões do Poder Público e da PM nos últimos dias.

Estamos assistindo em todo o país a uma escalada de violência e disseminação do ódio e do preconceito de classe contra ativistas, militantes sociais e políticos, organizações e movimentos populares, que têm ousado lutar por melhores condições de vida e resistir aos ataques promovidos pelos governos e capitalistas aos direitos sociais e civis, às conquistas democráticas e ao patrimônio público.

A era de trevas reacionária, no qual o Brasil caminha a passos largos e que se intensificou no Governo Temer, tem apontando o recrudescimento da repressão e da perseguição como política pública de um Estado cada vez mais autocrático e disposto a manter, sob todas os meios possíveis, a “Lei e a Ordem” do status quo da burguesia.
Lamentavelmente, esse estado de coisas contou com a colaboração do Partido dos Trabalhadores, que, enquanto esteve no Poder, pavimentou esse percurso com a aprovação de medidas de repressão e austeridade da ordem, tais como a Portaria da Lei e da Ordem (2013) e, recentemente, a Lei Anti-Terror, as quais têm sido utilizadas como instrumentos jurídicos a serviço da criminalização dos movimentos sociais.

O PCB vem a público manifestar sua total e irrestrita solidariedade ao companheiro Guilherme Boulos e ao MTST, que lutam dignamente contra o latifúndio imobiliário, por uma necessária reforma urbana que contemple as necessidades dos trabalhadores e das camadas populares e contra o ilegítimo governo TEMER.

A judicialização das causas sociais, as medidas conservadoras e antipopulares, as provocações provenientes de grupos fascistas são formas de tentar coagir e paralisar os movimentos contrários à ordem capitalista, mas não irão nos intimidar, tampouco nos desviar do foco central que é a retomada da organização da classe trabalhadora e da necessária unidade em uma Frente Política que impulsione a resistência e a luta por nossos direitos, contra o poder do capital e seus lacaios de plantão, no rumo do Poder Popular e do Socialismo.

PELA IMEDIATA LIBERDADE DE GUILHERME BOULOS!
PELO FIM DA REPRESSÃO ÀS OCUPAÇÕES!

17 de Janeiro de 2017

Comitê Central do PCB