MINUSTAH fora do Haiti!

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Nós do Jubileo Sur / Américas, em conjunto com diversas redes da região, estamos novamente fazendo um chamado parasomarem forças em apoio ao povo do Haiti.

Convidamos tod@s a acrescentarem a assinatura de sua organização ou a sua à nova petição clicando aqui e completando o formulário, antes do dia 10 de março. Também é possível enviar uma mensagem eletrônica para ahaiti.no.minustah@gmail.comcom o nome da organização, localidade e/ou país e qualquer outro dado que julgue conveniente.

Nas próximas semanas, os governos e o Conselho de Segurança tomarão decisões sobre a continuidade ou não da MINUSTAH, e é imprescindível que façamos ouvi-los nossa voz. Difunda entre suas redes e contatos, e organize atividades de entrega da petição em seu país durante a Semana de Solidariedade com o Haiti, de 15 a 22 de março. Nesses dias, o Conselho de Segurança receberá as recomendações do novo Secretário Geral e, antes de 15 de abril, votará.

A seguir, o texto da Carta e as primeiras assinaturas.

Aos governos e parlamentos da América Latina e do Caribe
Aos órgãos e instituições de integração regional
Aos governos dos países integrantes do Conselho de Segurança ou contribuintes de tropas
Ao Secretário Geral da ONU, Sr. António Guterres

Fora a MINUSTAH já!

Nós das organizações populares, movimentos sociais e políticos de nossa América e outras latitudes reclamamos a nossos países e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, decisões imediatas para assegurar a retirada total das tropas de ocupação da MINUSTAH, o encerramento da Missão e a reparação dos danos e crimes cometidos.
O Haiti não é uma ameaça para a segurança hemisférica e condenamos àqueles que assim vêm assegurando há 13 anos para tentar justificar a ocupação militar ilegal desse país. A presença da MINUSTAH, ao contrário, significa uma tremenda afronta à dignidade e à capacidade do povo haitiano, ao exercício de sua soberania, a respeito de seus direitos humanos e seu direito de tomar decisões sobre os bens naturais e comuns, que garantam sua sobrevivência e bem viver.

Isso sem dizer das mulheres, jovens, meninas e meninos que sofrem o abuso, violações e exploração sexual nas mãos das tropas impunes, que se dizem enviadas para cumprir uma missão de apoio e estabilização do país. Ou das e dos camponeses, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras que sofrem com a repressão das tropas para dificultar suas conquistas. Ou, sobretudo, das mais de 10.000 pessoas mortas e 800.000 infectadas em consequência do cólera, por conta da negligência, pelo menos desta Missão, agravada escandalosamente pela política de negação e impunidade mantida pela própria ONU durante 6 longos anos desde que as tropas introduziram o cólera.
É hora dos governos da América Latina, do Caribe em especial, e da comunidade internacional em geral, reconhecerem que a MINUSTAH não é a resposta que precisa o Haiti. De fato, o fracasso do processo eleitoral que acaba de se concluir com a participação de menos de 21% do eleitorado, resultados questionados e a instalação de uma grande quantidade de candidatos denunciados por sua relação com diversas atividades criminosas, evidencia a permanência de uma crise de legitimidade do Estado e seus aparatos cuja resolução se supunha ser o centro do mandato da Missão.
Reclamamos que retirem de imediato as tropas – a maioria proveniente da América Latina – e ponham fim à hipocrisia de uma Missão chamada de paz, onde não existe nem existiu guerra, descumpridora de seu mandato formal e violadora impune dos direitos da população que diz querer ajudar. Uma missão, acima de tudo, gastadora dos recursos financeiros com os quais o povo haitiano pode construir seu próprio presente e futuro. Uns poucos países já retiraram suas tropas e outros anunciaram sua disposição de fazê-lo em breve. Porém, em conjunto com nossas organizações membros e de referência no Haiti, reclamamos que todos se retirem e agora.

NÃO EM NOSSO NOME! gritamos novamente. Porém, tampouco é suficiente que a MINUSTAH se retire do Haiti. A ONU, o Conselho de Segurança, os países que contribuem com o orçamento e os que mandam suas tropas, têm a obrigação de reparar os crimes e violações de direitos humanos cometidos, incluindo a implantação de um sistema para obter o acesso universal ao direito humano à água potável. A MINUSTAH tem um orçamento aprovado este ano de USD 350 milhões, e o plano lançado com festividade para erradicar o cólera e indenizar as vítimas e suas famílias, tenta, até agora sem êxito, conseguir USD 400 milhões durante este ano e o próximo. Para nós, a matemática é muito simples; o problema são os interesses daqueles que colocam o dinheiro e se contentam com aproveitá-lo para seus próprios fins.

NÃO EM NOSSO NOME!

Reafirmamos nossa vontade de continuar defendendo os direitos do povo haitiano, apoiando-o solidariamente em sua luta cotidiana para superar o empobrecimento e a exploração ao qual é submetido, o saqueio e a continuidade de mais de 100 anos de ocupação. Exigimos que vocês, governos e parlamentos, representantes oficiais do mais alto nível, cumpram com suas obrigações e responsabilidades em respeitar sua soberania e autodeterminação e colaborar com o povo e governo do Haiti, para assegurar todas as suas necessidades e direitos.

América Latina e Caribe, março 2017

PRIMEIRAS ASSINATURAS:

REGIONAL/MUNDIAL Jubileo Sur/Américas (JS/A) – ALBA Movimientos – Amigos de la Tierra América latina y el Caribe (ATALC) – Confederación Sindical de las Américas (CSA) – Federacion Sindical Mundial (FSM), Região “Nuestra America”, Ramon Cardona, Secretário – Alianza Internacional de Habitantes (AIH) – Asamblea de los Pueblos del Caribe, Comitê Executivo Regional (CER-APC) – CADTM AYNA – Grito de los Excluidos Caribe – Movimiento Mesoamericano contra el Modelo extractivo Minero – Resumen Latinoamericano – School of the Americas Watch – Sociedad de Economía Política y de Pensamiento Crítico de América Latina (SEPLA) – Plataforma Interamericana de Derechos Humanos, Democracia y Desarrollo (PIDHDD Regional) – Federación Universal de Movimientos Estudiantiles Cristianos – América Latina y el Caribe – Asoc. Civil Profesionales Latinoamericanos contra el Abuso de Poder (Argentina, Uruguay, Honduras, España)

ARGENTINA Diálogo 2000 – Comité argentino de solidaridad por el retiro de las tropas y el fin de la ocupación de Haití – ATTAC – Coordinadora Resistir y Luchar – Movimiento Político y Social Marcha Patriótica-Capítulo Argentina – Acción por la Biodiversidad – Centro de Militares para la Democracia Argentina (CEMIDA) – Corriente Nacional Emancipación Sur – Proyecto Sur – Frente Popular Dario Santillan (FPDS) – Programa de extensión de cátedra Por una nueva economía, humana y sustentable, Fac. Cs. Educación (UNER), Paraná – Central de Trabajadores de la Argentina (CTA-Autónoma) – Unidad Popular – Unión Solidaria de Comunidades del Pueblo Diaguita Cacano, Santiago del Estero

BRASIL Jubileu Sul Brasil – Casa Latino Americana (CASLA), Curitiba – FASE – Solidariedade e Educação – Jornal Marcha Verde, Curitiba – Partido Comunista Brasileiro (PCB)

CHILE Observatorio por el Cierre de la Escuela de las Américas – Servicio Paz y Justicia (SERPAJ) – Casa Bolívar – Movimiento Pro Emancipación de la Mujer Chilena (MEMCH) 83, Valparaiso – Congreso de los Pueblos

COSTA RICA CEFEMINA

CUBA Organización de Solidaridad de los Pueblos de África, Asia y América Latina (OSPAAAL)

ECUADOR Centro de Documentación en Derechos Humanos “Segundo Montes Mozo S.J.” (CSMM)

ESPAÑA Psicólogas y Psicólogos sin Fronteras, Valencia

GUATEMALA Red Nacional de Justicia y Paz, Alta Verapaz

HAITÍ Mouvement de Liberte, d’Egalité des Haitiens pour la Fraternité (MOLEGHAF) – Plataforma de Incidencia para un Desarrollo Alternativo (PAPDA)

ITALIA Asociacion Lisangà culture in movimento, Bussoleno

MÉXICO Observatorio latinoamericana de Geopolítica – Procesos Integrales para la Autogestión de los Pueblos, Estado de Guerrero

PANAMÁ Colectivo Voces Ecológicas (COVEC) – Coordinadora Popular de Derechos Humanos de Panamá (COPODEHUPA)

PARAGUAY Asociación Americana de Juristas (AAJ)

PUERTO RICO Movimiento Independentista Nacional Hostosiano

REPÚBLICA DOMINICANA Asamblea de los Pueblos del Caribe, Capitulo RD – Asamblea Nacional Ambiental (ANA) – Campaña Cero Desalojos (AIH) – Club El Gran Ejemplo – Confederación de Unidad Sindical (CNUS) – Cooperativa de Vivienda (COOPHABITAT) – Corriente Magisterial Juan Pablo Duarte – Corriente Magisterial Narciso González – Corriente Sindical Juan Pablo Duarte – Federación de Transporte La Nueva Opción (FENATRANO) – Foro Renovador – Foro Social de Brisas del Este – Frente Amplio (FA) – Frente Estudiantil Flavio Suero (FEFLAS) – Frente Progresista Caletero (FRNPROCA) – Frente Universitario de Renovación (FUR) – Juventud Caribe – Movimiento Camina RD – Movimiento Campesino de Campesinos Trabajadores las Comunidades Unidas (MCCU) – Movimiento de Mujeres Trabajadoras – Movimiento de Mujeres Transportistas – Movimiento de Trabajadores Independientes – Movimiento Rebelde (MR) – Periódico Trinchera Unitaria – Partido Comunista del Trabajo (PCT) – Movimiento Patria para Todos y Todas

URUGUAY Cotidiano Mujer – Plataforma Descam – Agrupacion Nacional Pro UNIR (Unidad Popular-UY)

VENEZUELA Casa de Amistad y Solidaridad Venezuela Vietnam – Comité venezolano de solidaridad con Ecuador – Grupo de montañismo político cúspides del ALBA – Unidad de análisis Fabricio Ojeda …

Fonte: https://haitinominustah.info/2017/02/20/sume-su-apoyo-al-nuevo-petitorio-minustah-fuera-de-haiti/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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